Os hebreus andavam por todo o Mediterrâneo e
redondezas e procuravam disseminar o conteúdo de seus livros sagrados. Aquelas
populações, ao ouvirem relatos tão fantásticos, mas não aceitando a revelação
divina porque eram pagãos e adoravam a animais e seres inferiores, começaram a
copiar tais relatos inventando coisas fabulosas com seres semelhantes. Os gregos, mais cultos, passaram a documentar
tais relatos em escritos. Diz-se que só há um manual mitológico da Grécia
antiga, chamado de “Biblioteca Mitológica”, escrito por um tal de
“Pseudo-Apolodoro”, que tentou conciliar os contos e poesias fazendo um resumo
das lendas. Nada se sabe sobre este autor, a não ser que viveu entre o século I
ou II antes de Cristo. Fala-se de um outro Apolodoro, o verdadeiro, que viveu
por volta de 160 a 120 a.C. Apesar de ser algo assim tão obscuro e sem muita
comprovação histórica, os estudiosos, a partir da Renascença, começaram a lhes
dar crédito e divulgar seus contos
míticos e fabulosos.
Quando os Santos Anjos apareciam aos
Profetas, em geral, tomavam diversas formas, sendo a mais comum a humana e
muitas vezes a de animais.
(v. Ez 1, 5-28). Tais relatos eram
repetidos em todas as populações do Mediterrâneo pelos hebreus.
A lenda de Hércules
teria sido inventada ao ouvirem as histórias fantásticas de Sansão?
É
possível. Hércules é o nome
em latim dado pelos antigos
romanos ao heroi da mitologia Héracles, filho de Zeus (Júpiter para os romanos) e de Alcmena. As antigas fontes romanas indicam que
o herói grego "importado" veio substituir um antigo pastor mitológico chamado pelos povos
da Itália de Recaranus ou Garanus,
e que é famoso por sua força física e bravura. Enquanto o mito de Hércules
incorporou muito da iconografia e da própria mitologia do
personagem grego, ele também tinha um número de características e lendas que
eram marcadamente romanas. Este tipo de lendas era comum na região do
Mediterrâneo e aqueles povos facilmente copiavam-nas uns dos outros, dando aos
personagens novos nomes e um legendário local.
Na cultura
popular, os europeus adotaram
o Hercle etrusco, uma figura heroica que já havia sido influenciada
pela cultura grega - especialmente nas
convenções acerca de sua representação - mas que havia, no entanto,
experimentado um desenvolvimento autônomo. O Hercle etrusco
aparece nos desenhos elaboradamente entalhados nos versos dos espelhos de
bronze etruscos feitos no século IV a.C.
As versões
literárias gregas de sua vida e feitos foram apropriadas pelos romanos a partir
do século II a.C., essencialmente inalteradas, porém a literatura latina
sobre Hércules adicionou certos detalhes anedóticos próprios, alguns deles
ligando o herói à geografia do Mediterrâneo Ocidental.
As
façanhas imaginadas pela mitologia em torno de Hércules são muito exageradas,
envolvendo seres mitológicos, isto é,
entidades que nunca existiram, mas tidos como divinos, e que povoavam a
mente dos autores de tais relatos. São comumente chamadas de “12 trabalhos de
Hércules”:
Ei-las: matou o leão da Neméia ; matou a Hidra de Lerna; capturou o javali de Erimanto; capturou a corça de Cerinia; expulsou as aves do lago Estinfalis; limpou as estrebarias de Aúgias;
capturou
o touro de Creta; capturou os cavalos de Diómedes;
obteve
o cinturão de Hipólita, rainha das Amazonas; buscou os bois de Gerião; buscou os pomos de ouro do jardim das Hespérides; capturou o cão Cérbero.
SANSÃO - Quando a lenda de Hércules espalhou-se pela
Mediterrâneo e adjacências, a história de Sansão já corria a região há séculos.
E, apesar de certa semelhança no tocante à força descomunal de um mortal, o
personagem mitológico transformou completamente a história bíblica para adaptá-la
aos costumes pagãos daqueles tempos. As lendas
sobre Hércules surgiram no Mediterrâneo muitos séculos depois de Sansão (entre
5 a 6 séculos, mais ou menos), isto é, esta
foi a época em que foram passadas para documentos escritos, porque,
provavelmente, já corriam pelos povos de forma oral.
Sansão, quer dizer “filho do sol” ou “pequeno
sol” em hebraico. Um dos juízes de Israel, filho de um varão da tribo de Dan,
chamado Manué. Era nazireu ou nazireno, isto é, consagrado a Deus antes do
nascimento, ainda no ventre da mãe. Nasceu dotado de força prodigiosa,
simbolizada esta por sua enorme cabeleira. Sua história e suas façanhas estão narradas
no livro Juízes (Jz 13 a 16). Foi juiz do povo
de Israel por vinte anos (Juízes 16:31), aproximadamente de 1157 a.C. a 1177 a.C.,sendo o sucessor de Abdon e o antecessor de Eli. Não era um líder de
todos os israelitas, mas foi suscitado por Deus para lutar contra os filisteus,
que tinham bastante força guerreira. Sansão causou maior dano aos inimigos
fomentando com seus exemplos a resistência nacional, embora fosse apenas um
herói local. Sua força prodigiosa, vinda de Deus, o fazia realizar proezas
heróicas e fantásticas. Deixou-se dominar pela paixão humana e aceitou de boa
vontade o convívio com Dalila, que o traiu, cortando sua vasta cabeleira, onde
dizia estar sua força. Dentre suas extraordinárias façanhas a Sagrada Escritura
narra as seguintes:
“...E quando tinham chegado às vinhas da
cidade, apareceu um leão novo, feroz, e que rugia, e se pôs diante de Sansão.
Mas o espírito do Senhor se apossou de Sansão, que despedaçou o leão, fazendo-o
em quartos como se fora um cabrito sem ter coisa alguma na mão.” (Jz 14, 5-6).
Curioso é que esta demonstração de força ele o fez no momento de se casar, fato
que se deu algum tempo após a morte deste leão, pois houve tempo de abelhas
produzirem mel em seu cadáver (Jz 14, 8-9)
“E partiu, e tomou trezentas raposas, e
ajuntou-as umas às outras pelas caudas, e no meio atou uns fachos: e tendo-lhes
chegado fogo, largou-as, para irem cada uma para seu cabo. Elas partiram logo a
correr pelo meio das searas dos filisteus. E incendiadas estas, tanto os trigos
enfeixados, como os que ainda estavam por segar, se queimaram de tal modo que o
mesmo fogo consumiu também as vinhas e olivais”
(Jz 15, 4-5).
“E chegando ao lugar da queixada, e
saindo-lhe ao encontro os filisteus com apupadas, caiu sobre ele o espírito do
Senhor: e como o linho costuma consumir-se ao cheiro do fogo, assim quebrou
ele, e desfez as cordas, com que estava ligado. E pegando na queixada de um
jumento, que achou à mão, e que jazia ali, matou com ela mil homens, e disse:
Eu com a queixada de um jumento, com a queixada de um potro de um jumento os
derrotei, e matei mil homens” (Jz 15,
13-16).
Suas façanhas fantásticas incluíam,
inclusive, milagres como este: “Abriu pois o Senhor um dos dentes molares na
queixada do jumento, e saíram dele águas. E bebendo delas Sansão recobrou
alento e recuperou as forças” (OJz 15,
19).
Carregou as portas da cidade às costas.
Quando se diz “portas da cidade” são aquelas enormes portas que os soldados,
para entrar nas cidades, têm que derrubar com instrumentos pesados, tipo
aríetes. Mas, para Sansão, tudo era fácil: “Sansão porém dormiu ate a
meia-noite: levantando-se depois pegou em ambas as portas com os seus postes e
fechaduras, e pondo às costas, as levou até o alto do monte, que olha para
Hebron” (Jc 16, 3).
Na hora da morte, obtém de Deus força para
destruir todos os inimigos: “E abraçando-se com as duas colunas, em que a casa
se sustinha, e pegando numa com a mão direita e na outra com a esquerda, disse:
Morra Sansão com os filisteus: e sacudindo com grande força as colunas, caiu a
casa sobre todos os príncipes, e sobre todo o povo que ali estava: e foram
muitos mais os que matou morrendo, do que os que matara antes quando vivo” (Jz 16, 29-30)
“
Um comentário:
There are actually a number of details like that to take into consideration. That may be a great point to convey up. I offer the thoughts above as normal inspiration but clearly there are questions just like the one you convey up where an important factor will likely be working in sincere good faith. I don?t know if finest practices have emerged around issues like that, but I am certain that your job is clearly recognized as a fair game. Each boys and girls really feel the impact of only a second’s pleasure, for the rest of their lives. free online casino slots
Postar um comentário