A respeito do massacre de
Orlando, observamos que, deliberadamente, houve intervenção demoníaca com
vistas a provocar uma comoção social e com isso levar a opinião pública mundial
a aderir à causa homossexual. E isso ocorreria ao promover os chamados “mártires
do mal”, isto é, aqueles que morrem pela causa diabólica. Há exemplos
históricos.
Deus permite a ação diabólica para enganar os homens?
No
Antigo Testamento há uma referência sobre a ação diabólica para enganar os
homens:
“Eu vi o Senhor sentado sobre o seu
trono e todo o exército do céu ao redor dele, à direita e à esquerda. O Senhor
disse: Quem enganará Acab, rei de Israel, para que ele marche e pereça em Ramot
de Galaad? Um disse uma coisa, outro outra. Mas um espírito maligno
adiantou-se, apresentou-se diante do Senhor e disse: Eu o enganarei. O Senhor
disse-lhe: de que modo? Ele respondeu: Irei e serei um espírito mentiroso na
boca de todos os seus profetas. O Senhor
disse: Tu o enganarás e prevalecerás; sai e faze assim” (I Reis 22, 19-23).
Esta
passagem na Escritura serve para comprovar como se daria no plano espiritual a
atuação dos profetas do mau, que estariam agindo por permissão divina e sob
influência diabólica. Quanto a esta, também teria permissão divina para agir
sem intermediários e com intuito, não de enganar, mas de provar os justos como ocorreu com Jó: “Porém, certo dia,
tendo-se os filhos de Deus (isto é, os anjos) apresentado diante do Senhor,
encontrou-se também Satanás entre eles”
(Jo 1, 6). Assim, os demônios só conseguem agir mediante permissão
divina, “apresentando-se” perante Ele para reclamar certas liberdades de ação.
Este
poder angélico aumenta ou diminui conforme a ação humana, pois quando os homens
pecam e se afastam de Deus, os Anjos se afastam não só dos mesmos homens que
pecaram mas daquilo que gira em torno deles: dos objetos, das casas, de tudo
que os cerca, e até de seus órgãos e células corporais. Ao se afastar dos
homens, os anjos deixam um “espaço” vazio, já que tudo o que é material deve
ser dirigido pelo espiritual, e os demônios vêm ocupar este “espaço”, influenciando
tanto na alma humana quanto naquilo que o cerca. De outro lado, quando os homens praticam as
virtudes e se aproximam mais de Deus, os Anjos se acercam deles, fazendo tudo
para seu bem. Já no batizado de uma criança o demônio é expulso e o Anjo assume
seu lugar.
Tudo
isso nos leva a considerar, por exemplo, o universo dos imponderáveis, bons ou
maus, que impregnam ou infestam certos ambientes que foram marcados por atos
humanos no decorrer da História, relacionando-se tais imponderáveis com a
guerra entre anjos e demônios, o bom e o mau espírito, a bondade e a maldade.
Assim,
tornaram-se abençoados todos os objetos, todas as coisas materiais, as pedras,
os grãos de areia, as gotas d'água, enfim, tudo aquilo em que Nosso Senhor
Jesus Cristo tocou ao executar um ato de Sua Bondade. Tudo aquilo que foi
tocado pelo seu sacratíssimo sangue que brotou de seu Sagrado Corpo ficou
abençoado por toda a eternidade, sendo guardado pelos Santos Anjos. Estas
bênçãos se perpetuam pela presença dos anjos nestes locais, nestes objetos materiais,
que ali ficam guardando-os como memória
de tudo o que ocorreu. Seria o que na Igreja se chama de
"sacramentais".
O
contrário ocorreu em lugares em que tenha havido episódios revolucionários e
que tenha sido manifesto um fato da conjuração dos demônios com certos
homens. Naqueles lugares ficariam
marcados nas pedras, nas plantas, no chão, nos objetos os “sinais” malditos
daquelas ações por intermédio de substâncias infernais que os contaminariam.
Isto sem falarmos nas pessoas que ficariam como que “infectadas” pela
influência, direta ou indireta, dos demônios, causando-lhes até mesmo possessões.
Um
exemplo histórico foi relatado por Mons. Henri Delassus em sua obra “La Conjuration
Antichrétienne ”. No dia 23 de novembro de 1825 foram executados
dois revolucionários de pouca expressão, Targhini e Montanari. Ambos foram
tidos pelos próprios revolucionários como loucos pelo que temerariamente
faziam, mas elogiados pelo fato de haverem enfrentado a morte com constância e
orgulho. A própria maçonaria reconhecia que aquilo representava uma proclamação
das sociedades secretas e uma tomada de posse das almas. Pois ali haviam dois
mártires, mártires das forças secretas, mártires de satanás. Comentário das
forças secretas:
“No entanto, é realmente uma obra
muito má fazer assim heróis e mártires. A multidão é tão impressionável diante
do cutelo que corta a vida; essa multidão passa tão rapidamente de uma emoção à
outra; ela se prende tão rapidamente a admirar os que afronta com denodo o
supremo instante, que, depois daquele espetáculo, sinto-me eu mesmo
completamente desconcertado e pronto a fazer como a multidão...
Mais
adiante:
“Um dia, se triunfarmos, e para
eternizar nossa vitória for preciso gotas de sangue, não se deve conceder ás
vítimas o direito de morrer com dignidade e firmeza. Tais mortos não são bons
senão para manter o espírito de contrariedade e para dar mártires ao povo...”.
Quer dizer, houve uma conjuração entre os demônios e aqueles malditos
“mártires” para desdenhar da Ordem e do Bem, resignar-se na hora da morte com
constância através de alguma força preternatural, e com isso se criar uma mística
de apreço pelos ideais que eles defendiam. Naquele momento, naquele dia, e
naqueles lugares e nas pessoas, houve uma ação diabólica que ficou para sempre
marcada. Algum dia esta ação será
anulada por outra ação oposta, com a ajuda dos Santos Anjos e o holocausto de
um contra-revolucionário.
Os
anjos maus também regem as coisas materiais
A
Doutrina Cristã nos ensina que, quando os homens cometem pecados os anjos bons
se afastam deles de tudo o que os cercam, os quais passam a ser regidos pelos
demônios. Como afirma São Francisco de Assis: "Se o diabo consegue com sua
habilidade apossar-se de um cabelo do homem, o transforma com presteza em viga. Nem desiste
enquanto não tenha podido por muitos anos derrubar ao que tentou, esperando
ceda no final. Este é seu ofício; dia e noite não tem outra preocupação".
Ocorre também o que Nosso Senhor disse no Evangelho: “Quando o espírito
impuro sai do homem, perambula por lugares áridos, procurando repouso, mas não
o encontra. Então diz: Voltarei para a minha casa, de onde saí. Chegando lá,
encontra-a desocupada, varrida e arrumada. Diante disso, vai e toma consigo
outros sete espíritos piores do que ele, e vêm habitar aí. E, com isso, a
condição final daquele homem torna-se pior do que antes. Eis o que vai acontecer
com esta geração má” (Mt 12, 43-45)
Ao
afirmar que o espírito imundo saiu do homem, Nosso Senhor quis dizer que o
demônio resolve por sua livre vontade abandonar aquela pessoa em busca de outro
lugar. Pois de outra forma Ele diria que o espírito imundo teria sido expulso
do homem. Então, isto quer dizer que aquela pessoa não está na posse da amizade
e da regência divinas. A prova é que o espírito imundo ao voltar encontra aquela
alma como se fosse uma casa desocupada, varrida e arrumada. “Desocupada”, quer
dizer, a Santíssima Trindade não a possui, não a rege, a alma ainda está em
estado de pecado e predisposta a receber o demônio como hóspede e regente.
O
mesmo ocorre com as sociedades humanas, as cidades, os estados, as nações, os
povos em geral. Quando estes se distanciam
de Deus através de pecados coletivos, todos os anjos bons que estão lhes
protegendo se afastam, pois o espírito angélico abomina o pecado. “Miseros
facit populos peccatum” – O pecado torna os povos miseráveis (Prov
14, 34). Este “afastar-se” não é total e definitivo, pois os seres
angélicos ficam sempre fazendo algo para que os homens retornem à amizade
divina e deixem o pecado. Mas, ao afastar-se, deixam vazios os
"lugares" que ocupavam na direção das almas, das cidades, dos prédios,
das praças, das instituições, etc. Aí então os demônios passam a ocupar tais
lugares e inspirar, influenciar, a propagação de sua nefasta ação.
Quando
a sociedade humana peca sucessivamente durante um longo período de tempo, os
demônios que se locupletam de tais homens e coisas vão cada vez mais crescendo
em poder de influência, enquanto que os Santos Anjos vão cada vez menos tendo
tal poder e influência. Assim, conseguem
os anjos malditos ditar (por inspiração e direção em sociedades secretas) as
ciências, as artes, a cultura, fazendo com que tudo se inverta na sociedade
para a construção de um reino contrário ao de Deus e convergente para a
adoração de Lúcifer. A tentativa de impor uma filosofia de cunho abertamente
homossexual faz parte hoje de tais planos contrários a Deus.
Neste
sentido, constituem-se em postos chaves alguns demônios, com a missão
específica de fazer com que os homens acreditem especialmente num reino de
felicidade plena e de prazeres aqui na terra. Assim, poderão mais facilmente se
esquecer da vida eterna e continuar na vida de pecados. Tais demônios poderão
ser chamados de “mantenedores”, isto é, anjos maus encarregados especificamente
de “manter” o “status quo” de uma
aparente paz e tranqüilidade, fazendo com que os homens acreditem que caminham
para a paz e felicidade perfeitas. Expressão semelhante os demônios se
utilizaram no Antigo Testamento, em Zacarias 1, 10-12 e Job 2, 2, dizendo que
“percorreram a terra” e a encontraram “em repouso”, quer dizer, com tudo em
ordem, quando, na realidade, imperava o mal.
Tentam
controlar a ciência humana, a tecnologia, o progresso, a riqueza econômica e
financeiras, fazem com que funcione perfeitamente os mecanismos tecnológicos
que alimentam a vida humana baseada no gozo da vida. Os anjos bons nada podem
fazer porque tudo está a depender dos próprios homens que aceitam a regência
diabólica. A não ser que recebam de Deus uma ordem para “correção de rumos”. Neste
caso, começarão a funcionar errados todos os dispositivos sociais que levam ao
prazer e à felicidade terrena, através de desastres, de defeitos, de panes nos
diversos sistemas, nos governos, no comércio, etc. E os homens nada fazem? Cada um continuará
cumprindo o seu papel, exercendo sua atividade, seja de comerciante, de
banqueiro, de piloto de avião, mas de repente a sociedade sentirá que as coisas
não funcionam mais como antes, os aviões caem, o dinheiro some, a pobreza
começa a causar desespero... é a hora dos anjos. Eles descem e começam a
inspirar os homens para que busquem a Deus.
Como
se aplicam os princípios acima ao massacre de Orlando
Primeiramente, se houve uma intervenção diabólica de
grande vulto houve, antes de tudo, a permissão divina. É como se repetisse hoje aquela “reunião” de
anjos ao redor de Deus, tanto à direita quanto à esquerda, descrita na Sagrada
Escritura (I Reis 22,
19-23). O plano diabólico seria causar uma quantidade de mártires
homossexuais que causasse impacto no mundo e assim, através de uma grande comoção
social, movesse muitas pessoas a apoiar o movimento. Mas, os demônios não
conseguem fazer nada sem o concurso dos homens. E que tipo de homem poderia
realizar tal trabalho? Teria que ser alguém possuído por uma filosofia
diabólica, como o são os muçulmanos. E
para realizar seu intento, o sujeito ou era ou simulou ser homossexual a fim de
sondar o local do crime. Assim, o indivíduo estava possuído de duas filosofias
que não encontram apoio na maioria da população, mas, pelo contrário, muita
rejeição.
O resultado é que o ato promoveu uma
comoção em seu primeiro impacto, despertando elementos já preparados para atuar
e conquistar adeptos para a causa deles; mas quando a opinião pública ficou
sabendo que o bandido era muçulmano e também homossexual ficou arrefecida em
muitos a adesão à causa gay. Assim, os planos diabólicos de conquistar a
opinião pública para a causa homossexual se vê frustrada e não consegue atingir
seu objetivo.
Então, se Deus permitiu a possessão
diabólica em um homem para a prática de tal barbaridade é porque Ele também tem
seus planos. E um deles, com certeza, é fazer ver aos adeptos do
homossexualismo militante que os castigos divinos estão começando a ser mais
trágicos e terríveis. Muitos daqueles que escaparam do massacre podem hoje
estar pensando nisso. E nunca chegariam a imaginar tal coisa se a vidinha
gozosa e pecaminosa continuasse sem sobressaltos.
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