sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Sínodo anglicano mostra divisão sobre questões morais e de disciplina

Após o fracasso do sínodo anglicano, o qual, dentre outras questões, discutiu sobre a ordenação de mulheres e de homossexuais, a mídia volta a jogar lama sobre o líder daquela religião, o arcebispo da Cantuária Sir Rowan Williams. Segundo o jornal "The Times", Rowan Williams, quando era arcebispo de Gales afirmou, em carta dirigida a um psiquiatra, que os "relacionamentos homossexuais podem refletir o amor de Deus". Esta afirmaçao confirma os mesmos princípios que nortearam os anglicanos a aceitar a ordenação de homossexuais em sua igreja. Mais adiante, a notícia dá conta de um sofisma defendido pelo bispo anglicano: "...as proibições bíblicas referem-se apenas a heterossexuais que buscam uma "diversidade de experiências eróticas" e não às "pessoas homossexuais por natureza". "Homossexuais por natureza?" Que é isso, gente, alguém já nasceu homossexual? Esta estúpida afirmação parece indicar que Deus tolera o hossexualismo como fato consumado, se o vício vem desde a hora do nascimento de uma pessoa (um absurdo contrário às leis da Criação). A fim de tirar dúvidas de quem pensa assim, transcrevo abaixo alguns textos bíblicos que condenam o homossexualismo:
“Não usarás de macho como se fosse fêmea, porque isto é uma abominação. Não te ajuntarás com besta alguma, nem te mancharás com ela. A mulher não se prostituirá deste modo a algum animal, porque isto é um crime da última fealdade". (Levítico 18, 22-23).
"Aquele que dormir com macho, abusando dele como se fosse fêmea, morram ambos de morte, como quem cometeu um crime execrável: o seu sangue recaia sobre eles”. (Levítico 20, 13).
O Apóstolo São Paulo também os execra: “Nem os fornicadores, nem os adúlteros, nem os efeminados possuirão o Reino de Deus”. (1 Cor 6, 9-10). A linguagem bíblica está abrandada pelo termo "afeminado", talvez por não querer ferir os ouvidos pios dos bons leitores cristãos. Em outra oportunidade, São Paulo foi mais além e mostrou que Deus condena até mesmo o que ele chamou "inversão sexual" nas mulheres: “Pelo que Deus os abandonou aos desejos do seu coração, à imundície; de modo que desonraram os seus corpos em si mesmos; eles que trocaram a verdade de Deus pela mentira e que adoraram e serviram a criaturas de preferência ao Criador, que é bendito por todos os séculos, Amém.
“Por isto Deus entregou-os a paixões de ignomínia. Efetivamente, as suas próprias mulheres mudaram o uso natural em outro uso, que é contra a natureza, e, do mesmo modo, também os homens, deixando o uso natural da mulher, arderam nos seus desejos mutuamente, cometendo homem com homem a torpeza e recebendo em si mesmos a paga que era devida ao seu desregramento. Como não procuraram conhecer a Deus, Deus abandonou-os a um sentimento depravado, para que fizessem o que não convém, cheios de toda iniqüidade, de malícia, de fornicação, de avareza, de maldade, cheios de inveja, de homicídios, de contendas, de engano, de malignidade, mexeriqueiros, detratores, odiados por Deus, injuriadores, soberbos, altivos, inventores de maldades, desobedientes aos pais, insensatos, sem lealdade, sem afeto, sem lei, sem misericórdia. Os quais, tendo conhecido a justiça de Deus, não compreenderam que os que fazem tais coisas são dignos de morte; e não somente quem as faz, mas também quem aprova aqueles que as fazem” (Rom. 1, 24-32).
Da mesma forma, São Judas: “Assim como Sodoma, Gomorra e as cidades circunvizinhas, que fornicaram com elas e se abandonaram ao prazer infame, foram postas por escarmento, sofrendo a pena do fogo eterno, da mesma maneira também estes contaminam a sua carne, desprezam a dominação (de Cristo) e blasfemam da majestade” (Epístola de São Judas 7-8). Santo Agostinho assim se refere a tais pecados em sua obra “Confissões”: “As devassidões contrárias à natureza, sempre e em toda parte se devem detestar e punir, como o foram os pecados de Sodoma. Ainda que todos os povos os cometessem, cairiam na mesma culpabilidade de pecado, pela lei de Deus, que não fez os homens para assim procederem. Efetivamente, viola-se a própria união que deve existir entre Deus e nós, quando a natureza, e quem Ele é autor, se mancha pelas paixões depravadas”.
Todas as afirmações acima se referem a alguém que pratica tais atos, tenha nascido ou não com tais tendências, pois se as teve deve combatê-las e evitá-las. E depois, quem garante que o homossexualismo não desvia o homem do verdadeiro amor a Deus? Vejam o exemplo de um tirano africano, o rei de Uganda Mwanga I. A 31 de janeiro de 1885, Makko Kakumba, Yusuf Rugarama e Nuwa Serwanga, todos três anglicanos, foram martirizados, desmembrados e queimados, na localidade ugandesa de Busega Natete, por ordem do rei Mwanga I. Isto foi apenas o início de uma perseguição contra católicos e anglicanos, a qual durou dois anos e provocou o martírio de quarenta e cinco deles. Dos mártires católicos sabemos que foram canonizados. Porém, quanto aos anglicanos não sabemos qual o reconhecimento que lhes deu sua religião pelo seu martírio. Mas quem foi este rei tão cruel? No início de seu reinado, Mwanga demonstrou certa simpatia pelos cristãos, mas de uma hora para outra mudou de atitude tão logo começou a praticar o homossexualismo, vício que não era bem visto de modo geral na África. Pelo fato dos cristãos condenarem o homossexualismo e também a escravidão, Mwanga decidiu que devia eliminá-los. Pergunto a sir Rowan: onde está o amor divino neste tirano? Dizem que Nero era também homossexual, e como era desumano e cruel.

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