terça-feira, 12 de agosto de 2008
O direito de nascer não faz parte dos direitos defendidos pela ONU e pela Anistia Internacional
A Anistia Internacional, em seu informe de 2008 denominado “O estado dos direitos humanos no mundo”, rememora 1252 pessoas executadas em 24 países no ano passado, mas ignora completamente os milhões de abortos (calculam em mais de 15 milhões no mundo!) havidos no mesmo período. Cita 13 artigos da famosa “Declaração Universal dos Direitos Humanos” que estão sendo violados e pede dos governos ação concreta para que os mesmos sejam respeitados. Nunca se viu tanta hipocrisia: falam em “dignidade da pessoa humana e respeito à vida”, mas o essencial direito à vida, que é o direito de nascer, não é sequer lembrado. Segundo dados divulgados pela organização americana Abortion Statistics são efetuados anualmente mais de 15 milhões de abortos no mundo. Note-se que nessas estatísticas o quadro referente ao Brasil encontra-se em branco como se aqui a prática do aborto fosse quase igual a zero. Isto significa que a estatística é falha, devendo ser muito maior a quantidade de abortos do que o número divulgado. O próprio fundador da Anistia Internacional, o católico (convertido) inglês Peter Benenson defendia o direito à vista, hoje menosprezado pela Anistia, pois já incluiu o aborto como meta de suas campanhas (quer dizer, estão agora sendo favoráveis a um crime que lesa o mais primordial de todos o direito, que é o direito à vida). O Alto Comissariado das Nações Unidas pelos Direitos Humanos aprovou também a “Declaração dos Direitos da Criança”, conforme resolução 1386, de 20 de novembro de 1959, a qual, em seu quarto artigo declara que deve ser proporcionado às crianças toda atenção pré-natal e cuidados especiais a fim de que lhes seja facultado e protegido o direito de nascer, crescer e desenvolver-se com boa saúde. Bispos do Canadá e da Inglaterra chegaram a protestar contra esta mudança nos rumos da Anistia Internacional, pois muitas vezes autoridades religiosas chegaram a colaborar com aquela organização na suposição de que ajudavam a defender realmnte os direitos humanos. Trabalharam juntos, por exemplo, contra a execução do australiano Van Tuong Nguyen em Singapura, no ano de 2005. A Anistia também lutou pela libertação do sacerdote australiano Brian Gore, preso nas Filipinas em 1983. No entanto, é bom que se note: a maioria das personalidades defendidas pela Anistia eram notórios esquerdistas. Nunca se viu ela fazer uma intensa campanha para defender os povos opressos pelo comunismo, como na China ocorre ainda nos dias atuais. Até há pouco tempo, a AI era neutra na questão do aborto, mas a partir de maio último a coisa começou a mudar. A seção da AI do Canadá, em reunião sobre o assunto, resolveu defender a postura daqueles que dizem que “as mulheres têm o direito a um aborto legal, seguro e acessível se quiserem abortar”. Esta posição foi também assumida pelas seções da Inglaterra e da Nova Zelândia. No México, chegaram a defender “o direito da mulher interromper a gravidez”. Enfim, várias tomadas de atitude em diversos países estão demonstrando que a AI começa a defender claramente o aborto. Daí a razão de ter havido completa omissão sobre os crimes de aborto praticados no mundo em seu relatório anual sobre a situação dos direitos humanos no ano passado.
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