sexta-feira, 8 de agosto de 2008
A Igreja e o meio ambiente
De várias formas e através de todos os tempos, a Igreja sempre foi pioneira na defesa do meio ambiente. Em primeiro lugar em sua teologia, pois teólogos famosos como Santo Agostinho e São Boaventura já afirmavam que a natureza nada mais é do que “vestígios de Deus”, isto é, a marca divina no Universo. Tais vestígios são necessários para que o homem chegue até Ele. De tal forma que se o homem não se utilizar da natureza para chegar a Deus de nada adianta sua incorporação ao meio ambiente natural. Assim, para que a defesa do meio ambiente seja completa ela tem que vir acompanhada de uma transformação moral do homem. Num encontro com cerca de 400 padres da região do Tirol italiano, nesta quarta feira (dia 6), na festa da Transfiguração do Senhor, o Papa Bento XVI afirmou que “o cristianismo tem defendido o cuidado do meio ambiente baseado na conversão do ser humano”. Ao responder uma pergunta de um dos sacerdotes, disse o Sumo Pontífice: “Deus, como Criador, não pode ser deixado fora da história”. Em seguida assinalou que nem sempre se há ressaltado suficientemente a relação entre o ensinamento da Igreja sobre a redenção e a criação. “Este é um tema no qual os cristãos podem praticar sua fé, dando exemplos com estilos de vida respeitosos do meio ambiente”. Não ficou apenas nisto o Santo Padre, concluindo: “...o homem que é consciente de que a criação lhe foi confiada por Deus tem um sólido fundamento para respeitar o meio ambiente; porém, se nega a Deus, o mundo se vê reduzido a mera matéria e num mundo fechado em seu materialismo, é mais fácil que o ser humano se erija como ditador das demais criaturas e da natureza”.
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