domingo, 2 de janeiro de 2022

A CIÊNCIA PODE PERDER PODER DE INFLUÊNCIA?

 


Ciência quer dizer, de modo geral, conhecimento. Assim, ela tanto está na física, na química, na biologia e outras matérias ditas como empíricas ou exatas, mas também na filosofia, na antropologia, na psicologia e na teologia e tantas outras ditas “humanas”. No entanto, criou-se uma crença popular de que “cientista” é apenas aquele cara de avental, num laboratório cheio de provetas e ratos, a procura de algumas soluções. Conheci um que passou cerca de 15 anos estudando átomos e células numa universidade para comprovar uma idéia que teve (certamente seria vendida a peso de ouro), e só não ficou louco porque desistiu. Estes hoje fazem a indústria milionária da farmacologia e dos produtos médicos de modo geral. Mas, e os outros pensadores, não são também cientistas?

Nunca se colocou a ciência (esta dita empírica ou exata) num patamar tão alto como nos dias de hoje. E de modo especial a ciência médica. Experimentos mirabolantes foram exaltados pela mídia, como transplantes e implantes de órgãos, clonagens entre gêneros diferentes, etc. Nem sempre tais experiências visam a saúde e o bem dos homens, como operações plásticas e de suposta mudança de sexo.

Vivemos uma época em que tais cientistas adquiriram um alto grau de confiabilidade na sociedade. Isso porque seus inventos foram demasiadamente exaltados pela mídia, alguns de forma até mentirosa. Sem despertar suspeitas, eles continuam seu trabalho. E agora o setor da indústria de imunizantes conquistou o mais alto pódio da conquista popular.

Mas, alguma coisa começa a não dar certo. A carta de Santa Bernardete Soubirou, falando sobre o fim da era da ciência, diz que vai ocorrer uma total descrença nela, a tal ponto que os cientistas iriam ser caçados como lobos. Qual a razão disso? Alguns dizem que é por causa das clonagens de seres humanos com animais irracionais, ocasionando a produção de monstros. Quando começarem a aparecer andando pelas ruas tais monstros, talvez escapados de alguns laboratórios, o povo vai saber o que andam fazendo às escondidas tais cientistas.

Veja nossa postagem anterior sobre a matéria:

https://quodlibeta.blogspot.com/2021/07/o-fim-da-era-da-ciencia-e-producao-de.html

Um cientista brasileiro, o astrônomo Leonardo Mourão, publicou um livro destinado ao grande público, portanto, a leigos, sobre a matéria dele, onde coloca algumas coisas de ordem prática que me fizeram desacreditar uma porção de coisas cridas como válidas para a ciência. Uma delas: a idade do universo. Não se pode ter certeza de que o Universo tem, por exemplo, 15 bilhões de anos. Isso porque o tempo que se mede hoje é diferente do que existia no começo do universo. No início do que eles chamam a grande explosão era tudo mais rápido, o tempo se media de outra forma. Portanto, ninguém pode afirmar como certo algo tão antigo se não temos como mensurar hoje como era naqueles tempos. Mas, professores e estudantes dão como certa esta afirmação “científica” a respeito da idade do Universo sem levantar dúvidas.

Outra questão é a da medição pelo carbono 14. O próprio cientista que o criou disse várias vezes que esse processo nem sempre tem eficácia total, e em muitos casos o que há mais é “chute” dos estudiosos. Se não há comprovação exata a tão propalada “ciência natural” não passa de um blefe, pois não pode ser chamada de ciência algo que não tem comprovação. Exemplo: nas medições sobre a chegada do primeiro homem às Américas há teorias que dizem ter ocorrido há 15 mil, 20 mil e até 30 mil anos, divergentes e díspares porque as medições não podem ser exatas. E chamam isso de ciência?

Outro problema levantado pelo astrônomo: a distância entre astros e planetas. Ela é medida por um só padrão: o do ano-luz. Afirmam que o sol, ou qualquer outra estela, está a tantos anos-luz da terra, mas há algo a suspeitar desta afirmação. Para se medir a distância percorrida pela luz é necessário que tenhamos registrado seu curso a partir do ponto de partida dela (no caso, a terra) e também o ponto de chegada ou captação (o sol). Era como se fosse necessário ter um espelho no sol refletindo uma luz que se mandasse daqui para lá e, depois, daqui se computasse o tempo percorrido por ela (tanto daqui para lá quanto de lá pra cá). Impossível. Então como se chegam a tais conclusões?

As teses científicas são publicadas em revistas especializadas aos milhões de páginas por dia. Muitas delas até se contradizem. Um determinado médico publica, por exemplo, uma tese afirmando, e provando, que café faz mal à saúde. Mas, um outro prova o contrário, que o café faz bem à saúde. Por que tais divergências? Porque hoje não se procura mais a crítica destas teses para elucidar dúvidas, mas publicam teses apenas por causa do comércio, destinam-se a vender produtos e nada mais.

Quanto ao conhecimento médico, há milhões de teses sendo publicadas. Mas, não se voltam para esclarecer que a medicina pode se dividir na parte científica e em outra pouca lembrada: a medicina é, acima de tudo, uma arte. Dizia-se com a frase latina que é “ars curandi”, a arte de curar. Hoje, é a arte de ganhar dinheiro.

Os conhecimentos médicos que os levam a praticar esta arte com mais maestria não devem se restringir apenas aos publicados nas revistas especializadas. Afinal, tudo que há lá vem do conhecimento popular. A medicina popular é campeã na arte de curar, embora não tenha este caráter científico, desta ciência empírica. Hoje os médicos têm vergonha de receitar remédios populares, embora muitas vezes saibam da eficácia dos mesmos. Temem sofrer o riso de todos.

Vou dar exemplos. Levei minha filha, ainda criança, a um pediatra. Estava com disenteria. O médico, então, disse que fosse na farmácia e comprasse elixir paregórico, que era muito bom e recomendado para este tipo de doença infantil. Mas, não ia fazer a receita, pois iriam rir de um médico  receitar um remédio popular. Quer dizer, ele sabia exercer a medicina como arte de curar, mas não levando em consideração seus conhecimentos ditos científicos, mas a sabedoria popular. Outro exemplo, mais recente. Estava internado num hospital, após ser submetido a uma cirurgia de hérnia. A enfermeira da noite procurou saber se havia urinado e, perante a resposta negativa, disse que talvez tivesse que colocar uma sonda (um recurso mecânico que pode causar vários problemas). Minha esposa pediu então a ela que trouxesse uma bolsa de água quente para fazer uma compressa. Disse então a enfermeira que o hospital não possuía tais bolsas, que era proibido o seu uso. Minha esposa resolve a questão: mandou encher de água quente uma luva dela e a usou como compressa, tendo em poucos instantes resolvido o problema. Sem precisar de sonda. Qual a razão deles proibirem o uso de bolsas de água quente? Será por causa do custo? Provavelmente vão dar uma resposta dita “científica”, baseada em algum estudo feito por aqueles caras de avental, dentro de um laboratório, que não vivem os problemas fora dali.

De modo geral, quando a mídia fala sobre estudos científicos, especialmente da área médica, mostram apenas a primeira parte deles, feita em laboratório. No entanto, a parte mais importante é de ordem prática, quando aqueles experimentos forem aplicados nas populações. E muitas vezes demoram muitos anos para se comprovar aquelas teorias. E também para não serem comprovadas na ordem prática, como tem ocorrido com freqüência.

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