Ciência quer dizer, de modo geral, conhecimento. Assim, ela tanto está na física, na química, na biologia e outras matérias ditas como empíricas ou exatas, mas também na filosofia, na antropologia, na psicologia e na teologia e tantas outras ditas “humanas”. No entanto, criou-se uma crença popular de que “cientista” é apenas aquele cara de avental, num laboratório cheio de provetas e ratos, a procura de algumas soluções. Conheci um que passou cerca de 15 anos estudando átomos e células numa universidade para comprovar uma idéia que teve (certamente seria vendida a peso de ouro), e só não ficou louco porque desistiu. Estes hoje fazem a indústria milionária da farmacologia e dos produtos médicos de modo geral. Mas, e os outros pensadores, não são também cientistas?
Nunca se colocou a ciência (esta dita
empírica ou exata) num patamar tão alto como nos dias de hoje. E de modo
especial a ciência médica. Experimentos mirabolantes foram exaltados pela
mídia, como transplantes e implantes de órgãos, clonagens entre gêneros
diferentes, etc. Nem sempre tais experiências visam a saúde e o bem dos homens,
como operações plásticas e de suposta mudança de sexo.
Vivemos uma época em que tais cientistas
adquiriram um alto grau de confiabilidade na sociedade. Isso porque seus
inventos foram demasiadamente exaltados pela mídia, alguns de forma até
mentirosa. Sem despertar suspeitas, eles continuam seu trabalho. E agora o
setor da indústria de imunizantes conquistou o mais alto pódio da conquista
popular.
Mas, alguma coisa começa a não dar certo. A
carta de Santa Bernardete Soubirou, falando sobre o fim da era da ciência, diz
que vai ocorrer uma total descrença nela, a tal ponto que os cientistas iriam
ser caçados como lobos. Qual a razão disso? Alguns dizem que é por causa das
clonagens de seres humanos com animais irracionais, ocasionando a produção de
monstros. Quando começarem a aparecer andando pelas ruas tais monstros, talvez
escapados de alguns laboratórios, o povo vai saber o que andam fazendo às
escondidas tais cientistas.
Veja nossa postagem anterior sobre a matéria:
https://quodlibeta.blogspot.com/2021/07/o-fim-da-era-da-ciencia-e-producao-de.html
Um cientista brasileiro, o astrônomo Leonardo
Mourão, publicou um livro destinado ao grande público, portanto, a leigos, sobre
a matéria dele, onde coloca algumas coisas de ordem prática que me fizeram
desacreditar uma porção de coisas cridas como válidas para a ciência. Uma
delas: a idade do universo. Não se pode ter certeza de que o Universo tem, por
exemplo, 15 bilhões de anos. Isso porque o tempo que se mede hoje é diferente
do que existia no começo do universo. No início do que eles chamam a grande
explosão era tudo mais rápido, o tempo se media de outra forma. Portanto,
ninguém pode afirmar como certo algo tão antigo se não temos como mensurar hoje
como era naqueles tempos. Mas, professores e estudantes dão como certa esta
afirmação “científica” a respeito da idade do Universo sem levantar dúvidas.
Outra questão é a da medição pelo carbono 14.
O próprio cientista que o criou disse várias vezes que esse processo nem sempre
tem eficácia total, e em muitos casos o que há mais é “chute” dos estudiosos. Se
não há comprovação exata a tão propalada “ciência natural” não passa de um
blefe, pois não pode ser chamada de ciência algo que não tem comprovação. Exemplo:
nas medições sobre a chegada do primeiro homem às Américas há teorias que dizem
ter ocorrido há 15 mil, 20 mil e até 30 mil anos, divergentes e díspares porque
as medições não podem ser exatas. E chamam isso de ciência?
Outro problema levantado pelo astrônomo: a
distância entre astros e planetas. Ela é medida por um só padrão: o do ano-luz.
Afirmam que o sol, ou qualquer outra estela, está a tantos anos-luz da terra,
mas há algo a suspeitar desta afirmação. Para se medir a distância percorrida
pela luz é necessário que tenhamos registrado seu curso a partir do ponto de
partida dela (no caso, a terra) e também o ponto de chegada ou captação (o
sol). Era como se fosse necessário ter um espelho no sol refletindo uma luz que
se mandasse daqui para lá e, depois, daqui se computasse o tempo percorrido por
ela (tanto daqui para lá quanto de lá pra cá). Impossível. Então como se chegam
a tais conclusões?
As teses científicas são publicadas em
revistas especializadas aos milhões de páginas por dia. Muitas delas até se
contradizem. Um determinado médico publica, por exemplo, uma tese afirmando, e
provando, que café faz mal à saúde. Mas, um outro prova o contrário, que o café
faz bem à saúde. Por que tais divergências? Porque hoje não se procura mais a
crítica destas teses para elucidar dúvidas, mas publicam teses apenas por causa
do comércio, destinam-se a vender produtos e nada mais.
Quanto ao conhecimento médico, há milhões de
teses sendo publicadas. Mas, não se voltam para esclarecer que a medicina pode
se dividir na parte científica e em outra pouca lembrada: a medicina é, acima
de tudo, uma arte. Dizia-se com a frase latina que é “ars curandi”, a arte de
curar. Hoje, é a arte de ganhar dinheiro.
Os conhecimentos médicos que os levam a
praticar esta arte com mais maestria não devem se restringir apenas aos
publicados nas revistas especializadas. Afinal, tudo que há lá vem do
conhecimento popular. A medicina popular é campeã na arte de curar, embora não
tenha este caráter científico, desta ciência empírica. Hoje os médicos têm
vergonha de receitar remédios populares, embora muitas vezes saibam da eficácia
dos mesmos. Temem sofrer o riso de todos.
Vou dar exemplos. Levei minha filha, ainda
criança, a um pediatra. Estava com disenteria. O médico, então, disse que fosse
na farmácia e comprasse elixir paregórico, que era muito bom e recomendado para
este tipo de doença infantil. Mas, não ia fazer a receita, pois iriam rir de um
médico receitar um remédio popular. Quer
dizer, ele sabia exercer a medicina como arte de curar, mas não levando em
consideração seus conhecimentos ditos científicos, mas a sabedoria popular. Outro
exemplo, mais recente. Estava internado num hospital, após ser submetido a uma
cirurgia de hérnia. A enfermeira da noite procurou saber se havia urinado e,
perante a resposta negativa, disse que talvez tivesse que colocar uma sonda (um
recurso mecânico que pode causar vários problemas). Minha esposa pediu então a
ela que trouxesse uma bolsa de água quente para fazer uma compressa. Disse
então a enfermeira que o hospital não possuía tais bolsas, que era proibido o
seu uso. Minha esposa resolve a questão: mandou encher de água quente uma luva
dela e a usou como compressa, tendo em poucos instantes resolvido o problema.
Sem precisar de sonda. Qual a razão deles proibirem o uso de bolsas de água
quente? Será por causa do custo? Provavelmente vão dar uma resposta dita “científica”,
baseada em algum estudo feito por aqueles caras de avental, dentro de um
laboratório, que não vivem os problemas fora dali.
De modo geral, quando a mídia fala sobre
estudos científicos, especialmente da área médica, mostram apenas a primeira
parte deles, feita em laboratório. No entanto, a parte mais importante é de
ordem prática, quando aqueles experimentos forem aplicados nas populações. E
muitas vezes demoram muitos anos para se comprovar aquelas teorias. E também
para não serem comprovadas na ordem prática, como tem ocorrido com freqüência.
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