domingo, 13 de dezembro de 2015

OS CATÓLICOS REALMENTE TÊM O QUE APRENDER COM A FILANTROPIA NEOPAGÃ?



Vamos tratar do assunto por partes:

                    O personagem.

Vários sacerdotes se dedicam à atividade de “show man”, como cantores ou apresentadores de TV.  Muitos católicos lhes têm admiração por causa disso, mas tal admiração não passa do aspecto meramente pessoal, personalístico, vendo-os como dotados de boas qualidades artísticas. Em geral não são modelos de virtudes e de santidades.  O que é uma pena, pois o sacerdote deveria viver exclusivamente para sua vocação e, se usar por acaso seus dotes pessoais (como o fazia São João Bosco), deve fazê-lo sempre em prol da propagação das virtudes e da santidade.  É o caso do padre Fábio de Melo, cheio de fãs de suas qualidades artísticas, mas que fica nisso mesmo.

           O fato.

Encontrando-se numa de suas apresentações, o padre-artista resolveu posar numa foto juntamente com um travesti.  Não contente com seu ato impensado defendeu um ponto de vista ousado nas câmaras de sua TV: afirmou dentre outras coisas aquilo que hoje é um lugar-comum em nossa sociedade – que sentia por aquele homossexual um respeito muito grande, que o mesmo merecia ser considerado, que, ao contrário da maioria dos católicos, ele praticava bondade ao levar comida e conforto para crianças pobres, etc.   Chegou a dizer que o trabalho daquele travesti era um  “tapa na cara” dos cristãos.

             É pecado julgar o próximo?

Assunto muito controverso no mundo moderno, não é pecado julgar o próximo.   O que é condenado é fazer juízo temerário, julgar sem caridade.  O ato de  fazer juízo, de julgar, é natural a todo homem, todos o exercem diariamente em nossa vida. Nem sempre julgar é condenar, às vezes é até mesmo perdoar.  No entanto, quando alguém diz que fulano julgou e condenou, se esquece que ao dizer isso está fazendo um julgamento.  Neste momento, muitos dos que estão lendo esta mensagem vão dizer que minha atitude é de julgamento, e, portanto, condenada pela Igreja.  Mas, ao dizer isso estão também me julgando. Não quero dizer que estejam errados por isso, pelo contrário, devem me julgar, sim, como via de regra todos vivem julgando uns os outros. Mas devem fazer um julgamento caridoso e sem nada de juízo temerário.  O padre julgou de uma só  vez todo o seu público católico, acusando-o de hipócrita, mas aquele que defender o público e julgar o padre será logo criticado, porque simplesmente o julgou por cometer erro de apreciação.   Então, o erro não consiste em julgar, mas em “julgar para não ser julgado”, isto é, julgar considerando-se isento de julgamento. São Tomás de Aquino afirma cabalmente que é lícito julgar o próximo, nas condições que  falei acima. Consultem a sua Summa, Questão LX, Art. II (tradução de Alexandre Correia), edição da Escola Superior de Teologia de São Lourenço de Brindes – Universidade Caxias do Sul – Livraria Sulina Editora),
4.     
5         No que consiste a verdadeira caridade.

Apresentando aos católicos um tarado homossexual como modelo da prática da caridade o padre erra em seu julgamento, pois não pratica a verdadeira caridade quem vive em estado de pecado mortal.  São Paulo o diz claramente:  se a  pessoa pegar todos os seus bens e distribuí-los aos pobres, e fizer isso sem caridade, não  fez nada de útil (i Cor 13,1-3).  E a  verdadeira caridade não existe sem amor a Deus, o qual não vigora naquele que vive em estado de pecado mortal.  Como sacerdote ele tem obrigação de saber disso, e sobretudo propagar entre os fiéis da Igreja, e não ir à TV apresentar um homossexual como modelo de caridade  e, por cima de tudo, condenando os cristãos que chamou de hipócritas. Há uma infinidade de gente que anda pelos morros e favelas exercendo algum trabalho dito social, mera filantropia, mas de nada serve para Deus se não o estão fazendo por caridade.

6         Pecados contra a Fé e a Caridade

Podemos dizer publicamente que alguém pecou?  Sim, desde que este pecado seja público e notório e possa ter influenciado as pessoas ao seu erro. No caso, afirmamos categoricamente que o padre Fábio de Melo pecou contra a Fé ao agir com indiferentismo moral, posando ao lado de um homossexual, pois como religioso obrigado a preservar os bons costumes e a moral não poderia igualar-se a um pecador público. Com relação ao pecado de homossexualismo, o Apóstolo São Paulo diz que o mesmo deve sequer ser menciona entre nós, tal deve ser sua rejeição. Também pecou contra a caridade, ao apresentar como modelo tal personagem, insinuando aos católicos que ele é mais santo do que os cristãos pelo fato de andar distribuindo comida a algumas crianças pobres.  Ninguém aventou a possibilidade de tanto malefício que este personagem pode estar fazendo a tais crianças, pois a maioria destes indivíduos que praticam estas taras sexuais abusam dos inocentes, não somente pervertendo-os com ensinamentos imorais, mas até praticando atos abomináveis com eles.


Não é a primeira vez que esse sacerdote faz declarações polêmicas.  De outra vez ele criticou, quer dizer, julgou precipitadamente, os católicos que exageram na devoção à Nossa Senhora.  Exagerou na dose, inclusive, para dar realce a seu preconceito contra os devotos de Nossa Senhora.  Não sei se houve alguma retratação, mas, mesmo que tenha havido não chegou a sanar o mal praticado entre seu público, que mesmo  o admirando mais como artista e “show man” do que como religioso piedoso e santo, muitos confundem as coisas e o seguem em tudo o que ele diz. 

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