O quam pulchra est casta generatio
cum claritate
(Sab 4, 1)
Resplandece nele aquela auréola da castidade
perfeita, não a respeitável castidade do matrimônio, mas a da inteira abstenção
de qualquer contato carnal. Um varão régio e virginal, numa couraça lisa e
rutilante, brilhando sob o sol da África, com uma lança na mão e uma coroa de
Rei Fidelíssimo na fronte.
O trono da França era mais elevado que o de
Portugal. São Luís foi um santo autêntico, canonizado pela Igreja. Esta não
canonizou o Rei Dom Sebastião, e talvez houvesse certa temeridade em suas
ousadias guerreiras, razão para não inscrevê-lo no rol dos Santos. Não
obstante, sua figura é cercada de uma auréola, de uma poesia, de um perfume
típico de grandeza que nem o grande São Luís, nem o grande São Fernando de
Castela tiveram. Nem o próprio Carlos Magno possuiu. É a aliança entre a
majestade régia e a castidade perfeita, entre a virgindade e a coroa".
(Revista “Dr. Plínio”, n. 14,
maio de 1999)
(“Ser casto era vestir um arnês de
candura” - D.
Sebastião, Rei de Portugal – de Antero de Figueiredo – Liv. Bertrand, 1943,
Lisboa – pág. 96/97)
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