Há um princípio que se defende hoje com certa naturalidade,
que é o do direito de propriedade. Está ele garantido na Constituição de forma
clara, e não há quem discorde de que é um dos direitos fundamentais do homem.
No entanto, até o início da década de 60 do século passado
isso não era bem assim. Não havia unanimidade na sociedade em torno da defesa
deste direito. Pelo contrário, dizia-se que ele era contrário aos direitos da
pessoa humana e que só beneficiava uma elite. Nas próprias fileiras católicas,
até mesmo entre prelados conceituados, não somente era inexistente quem
defendesse publicamente tal direito, mas, pelo contrário, quem o combatia como
dom Hélder e alguns próceres da CNBB.
Foi aí então que surgiu uma voz no deserto, e Plínio Corrêa
de Oliveira chamou dois bispos e um economista para juntos lançarem um livro
defendendo tal direito: era “Reforma Agrária – Questão de Consciência”, vendido
aos milhares na época. E usou ele de um
argumento muito simples: o direito de propriedade estava consubstanciado em
dois mandamentos da Lei de Deus, o 7º e o 10º - não roubar e não cobiças as
coisas alheias. Isso foi o suficiente para acordar os católicos e começarem a
pensar seriamente no assunto.
Com a corrente de opinião que se formou em torno de tais
princípios, defendidos por aquele livro, surgiu no Brasil um movimento tão
forte no combate ao socialismo e ao comunismo que terminou por inspirar os
militares a tomar o poder e eliminar da vida pública a corrente de esquerda, na
época muito forte e dominadora. Naquele tempo era fácil para eles reunir
multidões nas praças e ruas, a doutrinação da população era constante em todos
os setores e quase ninguém lhes contestava.
Era preciso romper com tal unanimismo artificial.
Se não tivesse havido Plínio Corrêa de Oliveira com suas
idéias, e tão importante livro e a corrente de opinião que se formou em torno
dele, o Brasil hoje estaria mergulhado numa situação tão ou mais caótica do que
a Venezuela e Cuba.
Hoje, a esquerda não defende mais a derrocada do direito de
propriedade, nem a implantação de um regime de coletivismo total, pois
aprenderam com o tempo que tais idéias não têm nenhuma popularidade. Seus
ideais hoje giram em torno de outros temas, como a demagogia populista das
bolsas da fome, os movimentos feministas e imorais do LGBT e tantas outras
aberrações que correm por aí. Pelo andar da carruagem vai demorar pouco tempo
para não haver mais nenhum tema abertamente socialista defendido pela esquerda.
Quer dizer, ela morre à míngua, por falta de popularidade de suas idéias. Uma prova é essa grandiosa movimentação da
opinião pública em apoio ao governo Bolsonaro, coisa nunca havido em governos
anteriores. Não é a defesa de um partido, nem de um ídolo carismático da mídia,
mas de princípios sociais e morais de nossa sociedade. Se estes homens,
juntamente com outros que os acompanham, continuarem fiéis a tais princípios
continuarão no poder; porém, se ocorrer de traírem tais ideias, com certeza
surgirão outros a fim fazer eco aos anseios de nosso povo.
Assim, temos muito a agradecer a Plinio Corrêa de Oliveira,
que, com sua clarividência, soube conduzir a opinião nacional a um porto seguro
e evitar que o Brasil fosse dominado pelo socialismo escravagista de nosso
tempo.
Um comentário:
Concordo plenamente com o artigo,inclusive deixo aqui um testemunho,conheci Dr Plínio Corrêa de Oliveira, conheço as obras dele e Li o Livro Reforma Agrária Questão de Consciência e tenho o volume em minha estante.
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