Quando o homem moderno se vê perante fatos narrados pelas Sagradas
Escrituras, logo lhe vem à mente várias dificuldades apresentadas para
fundamentar sua crença naqueles fatos. E, de modo geral, os argumentos
contrários aos mesmos são quase sempre repetidos: não são confiáveis documentos
tão antigos, a maioria deles baseados apenas na crença, na fé das testemunhas
dos fatos e não em comprovações sérias (segundo essa visão), ou até mesmo
científicas, hoje mais fáceis de serem encontradas em tais documentos.
Para que possamos acreditar num fato de qualquer natureza
temos que ter credibilidade na fonte que o divulga. Assim, uma notícia de hoje
veiculada por qualquer órgão da mídia merece nossa aprovação e aceitação porque
quem os divulga tem credibilidade. Se não tiver credibilidade, ninguém acredita
no que tal órgão divulga. Da mesma forma, um aluno acredita naquilo que o
professor ensina, por exemplo, sobre fatos históricos, porque o mestre tem
credibilidade perante o aluno, não só o seu mestre mas os livros que ele manda
ler.
As fontes em que se baseiam os historiadores para se dar
credibilidade aos fatos do passado são várias.
De modo geral, as fontes mais fidedignas são aquelas passadas para
documentos escritos, em geral feitos por cronistas da época, alguns testemunhas
dos fatos e outros porque ouviram de quem os testemunhou. Depois disso, aqueles fatos precisam ser
confirmados por outras fontes e, se houver alguma que deles discorde, que sejam
levadas em conta para análise. É assim que se faz história e se verifica a
veracidade de fatos do passado.
A escrita começou entre os homens já na primeira
civilização da humanidade, surgida na Mesopotâmia, com os Sumérios, Acádios,
Caldeus, etc., Mas, tais escritas não eram feitas com fins de crônicas ou de narrar fatos que
ocorriam naquele tempo. Os povos antigos davam mais importância à transmissão
oral, feita de geração em geração, para relatar fatos históricos do passado. De
início, o objetivo de tais escritas (muito rudimentar e de uso restrito) era
mais para guardar segredos dos bruxos, de suas fórmulas cabalísticas ou de
feitiçarias, ou também de algum patriarca ou chefete local que mandava
registrar alguma coisa para sua vanglória. No mais, haviam “documentos” apenas,
em sua maioria, para registrar negócios, compras ou vendas de algo, ou para
deixar cifrado segredos entre eles. Quer
dizer, o povo em geral desconhecia que existiam tais escritas. Tão rudimentares
que às vezes nem reis e sacerdotes sabiam decifrá-las.
Agora, vem o homem deste século e começa a dar um enorme
valor a tais documentos. Talvez o único de tais documentos que mereça alguma
credibilidade seja o código de Hamurabi, pois nele há a intenção de um
governante de divulgar um código de leis. Mas escrito pra quê se ninguém sabia
lê-lo? De maneira geral tais documentos
são apenas pedaços de pedras com hieróglifos quase ininteligíveis, muitos deles
quase destruídos, onde o pesquisador às vezes adivinha mais do que lê o que
está ali representado.
Vamos ver um exemplo no que narram de Marduk, que dizem
ter sido uma divindade do mundo antigo, lá pelos anos 2 mil antes de
Cristo. Primeira afirmação tendenciosa:
tal divindade teria surgido na primeira “dinastia” babilônica. Dinastia é uma
sucessão de reis de uma mesma família, coisa que não havia naqueles tempos.
Sequer haviam reis. O que os historiadores chamam de reis, na verdade eram os patriarcas, os chefes das
clãs, das tribos e das numerosas famílias, que se destacavam e dominavam
regiões inteiras. Por analogias o chamam de rei. Mesmo que tal título possa
lhes ser atribuído, não há condições de se comprovar que haviam famílias de
reis, de descendentes uns dos outros, porque naqueles tempos quem mandava era o
que tinha mais força no momento. Até mesmo no começo do império romano ainda
era assim, se sucediam no trono os que conseguiam comandar mais soldados e
impor seu poderio sobre os demais.
A partir da insinuação de que o deus era adorado num
período em que havia uma dinastia, como se fosse um tempo de progresso social,
começam as afirmações simplórias e sem nexo sobre o personagem. Dizem, por exemplo, que Marduk era a
principal divindade babilônica naquele período. Ora, quando se fala naquelas
civilizações babilônicas os períodos são longos, de séculos e até de milênios,
onde as culturas e civilizações surgem e desaparecem sem deixar vestígio. Em
seguida os mentores modernos da importância dessa divindade começam a enfeitar
sua história, dizendo que era “filho do senhor da água, Lia” (outra divindade),
tendo sido ele que criou o universo, etc. Fantasia pura. Os fautores de tal
lenda vão mais longe e imaginam que houve uma luta com outra divindade, chamada
Tiamat, cuja “história” foi encontrada depois de vários séculos nas ruínas,
sabem de quê? – de uma biblioteca, imaginem! Uma biblioteca tantos séculos
antes de Cristo! E onde se encontra, nas ruínas dela, uma história bem completa
sobre um deus antigo de mil anos atrás. Não, não havia essa preocupação de se
contar histórias naqueles tempos, não haviam anais e registros de fatos
históricos. Pois as escritas não tinham essa finalidade, aliás inútil porque
ninguém as lia. E depois, vem outra divagação: alguns fragmentos de textos
(textos ou pedras?) “sugerem” que o fim dessa história é baseado na crença de que
os deuses criaram os homens para ser seus escravos. Quer dizer, o sujeito viu
algo parecido numa pedra qualquer e logo imagina que ali está sugerido algo
muito importante e revelador sobre tais deuses.
E porque tais pesquisadores acreditam na veracidade tão
fugaz de tais “documentos”, e os propagam como coisa importante, e não
acreditam nos documentos da Sagrada Escritura? Porque tais elementos não agem por lógica
racional, mas, antes de tudo, imbuídos por crenças modernas de filósofos céticos
e ateus.
Faz alguns anos que surgiu na internet notícias sobre um
imaginário planeta, chamado Nibiru, que
poderia ocasionar grandes catástrofes na terra. Sua passagem pelas proximidades
de nosso planeta se daria nos próximos anos, exatos 3.600 anos após a última
visita, exatamente nos tempos da civilização caldaica. Por isso, associam tal
planeta às lendas do deus marduk, que datam aqueles tempos.
Então, o homem do século XXI, que pouco ou nada acredita
nos textos bíblicos do Antigo Testamento que falam daquela época, começa a crer
numa lenda, fútil e sem lógica, dando a ela valor incalculável.
Há vários vídeos sobre o assunto no You Tube, como este
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