Que resultados favoráveis obtivermos até hoje com a tão
propalada defesa dos direitos humanos?
Nada. Se analisarmos bem, a defesa dos direitos humanos
só tem trazido prejuízos à população. E os referidos direitos cada vez menos
são respeitados.
Se não, vejamos.
Direito número um: o de expressão. Segundo o enunciado
deste direito, todo cidadão tem direito de expressar o que pensa, manifestar
aos outros seus ideais ou conjecturas. O argumento é que o indivíduo não pode
ser preterido pelo Estado na hora de manifestar o que pensa. Mas, será que isso
funciona mesmo? Onde é que o cidadão comum geralmente manifesta seus
pensamentos? É através da mídia, seja ela escrita, radiofônica, televisiva ou
mesmo internet. Todo mundo sabe que os
meios de comunicação procuram controlar a opinião pública, dando voz apenas
àqueles que comungam com os mesmos princípios dos jornalistas que dirigem tais
órgãos. Com exceção da internet, é claro, uma “terra de ninguém” e onde mais se abusa de tais direitos. Mas, deixemos
isso de lado, pois seria longo demais falar aqui dessa questão. No entanto,
nunca se abusou tanto deste direito em prejuízo de outros, ou mesmo de
comunidades inteiras. Nunca se usou tanto os recursos modernos de comunicação
para a divulgação de fatos obscuros e não comprovados, muitas vezes levando ao
escárnio público, à execração e ódio da população a pessoas inocentes. E nunca
os males são reparados devidamente.
Outros direitos são alardeados, mas, inteiramente destituídos
de seus verdadeiros fins, não cumprem seus objetivos.Quantas e quantas brigas
já ocorreram e ocorrem nas filhas de bancos e supermercados porque alguns velhotes
mal educados simplesmente não querem em sua fila pessoas estranhas ao direito
de “especial”? Populações inteiras se
acham no direito de protestar, e aí protestam contra qualquer coisa, vão às
ruas atear fogos em pneus, e às vezes
até em ônibus, dando enormes prejuízos ao próprio povo. E, no fim, nunca
conseguem seus objetivos. Que resultados positivos tiveram, por exemplo, as
manifestações contra a violência urbana? Será que esta diminuiu ou tais
manifestações fizeram com que aumentassem?
Direito de greve. A suposição é de que trabalhadores, que
são os mais fracos, podem usar de tais recursos para vencer a resistência de
gananciosos patrões na hora de lhes pagar o salário justo. E aí, não tem jeito:
a única saída é paralisar o serviço, cruzar os braços, e forçar o ruim patrão a
ceder. Mas, nesse caso, há também outros direitos em jogo, como direito de
trabalhar. O trabalhador pode muito bem discordar de seus companheiros e
desejar comparecer ao trabalho, mas esse direito não será respeitado porque um
piquete de coletas o impedirá na porta de entrada de sua empresa. E por causa das greves toda a população pode
ficar prejudicada, como no caso de greve de médicos, de funcionários da
justiça, de transporte coletivo ou de bancários. Ficarão prejudicados, em menor
medida, os patrões, mas estes logo recuperarão o prejuízo, transferindo-o para
a população, a real dona de todos os prejuízos de greves. No final, o
contencioso de tais greves nunca dá melhorias significativas para os
trabalhadores, e, em muitos casos, são até prejudiciais por causar maior desemprego
na categoria.
Vem agora o pior de todos. O tal direito humano que prevê
que todo mundo é inocente até provas em contrário. Esta prerrogativa de “direitos
humanos” tem sido o maior incremento
para a impunidade tão grande de nossa justiça moderna. E o resultado é que os
direitos humanos à própria liberdade não trazem nenhum benefício para a população.
Pelo contrário. A facilidade com que chefes de quadrilhas controlam seus grupos
de dentro das cadeias é uma prova disso. Por causa dos direitos humanos, os
presos têm penas diminuídas se forem bem comportados, ninguém cumpre a pena
completamente. No entanto, não está prevista a dilatação ou aumento da pena se
forem mal comportados. Não é que tais direitos não devem existir, o erro está
em exacerbá-los e lhes dá maior importância do que outros, fazendo com que seu
uso seja vicioso.
Será que não chegou a hora de pensar muito mais nas
obrigações do que nos direitos?
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