A “Folha On Line” divulga um texto sobre o lançamento do livro "O diálogo desarmando o choque de civilizações", de Jaime Spitzcovsky. Segundo o comentário do primeiro parágrafo, há quase empate no número de católicos e muçulmanos. É preciso esclarecer: o número de cristãos é quase o dobro de muçulmanos (dois bilhões e pouco de cristãos para pouco mais de 1 bilhão de muçulmanos). Divididos, os cristãos têm os católicos como esmagadora maioria. No entanto, a informação não divide as facções muçulmanas para fazer a comparação: eles têm xiitas, sunitas e outras facções: qual o percentual que cada grupo desses têm em relação ao total da religião muçulmana? Aí, então, seria interessante fazer a comparação: quem é maioria, sunitas, xiitas ou católicos? Na hora de comparar a maioria, eles não colocam cristãos frente a muçulmanos, mas sim católicos. E aí, dizem melancolicamente, que “há empate”. Será verdade?
Outra correção: O texto reza assim - "Basta, porém, espelhar-se no multiculturalismo que floresceu na península Ibérica durante os quase nove séculos de influência árabe e muçulmana (a partir de 711), entre outros exemplos, para compreender que tolerância e islamismo são compatíveis".
Não é verdade. Havia uma certa tolerância nos chamados “moçárabes”, tão sincretistas quanto os umbandistas de nossa querida Bahia e do candomblé brasileiro. No entanto, no cerne da filosofia islâmica, herdada do próprio Maomé e seguidores, sempre predominou a intolerância e perseguição a toda e qualquer religião que lhe fosse contrária. Na região a que o Autor se refere, a península Ibérica, os muçulmanos não suportavam (e ainda não suportam) que alguém fosse católico, havia uma perseguição sistemática aos cristãos. Até hoje essa intolerância predomina na região onde o islamismo nasceu: na Arábia Saudita, por exemplo, qualquer pessoa adepta de outra religião pode ser condenado à morte por motivos religiosos. E a Arábia Saudita, apesar do apoio militar americano por causa do petróleo, é o país em que mais se persegue o cristianismo no mundo. Lá moram mais de quatrocentos mil católicos, mas as autoridades não permitem que tenham, por exemplo, um sacerdote, uma capela, sequer uma bíblia. Os próprios soldados americanos que servem na Arábia Saudita, sede do islamismo, se forem pegos com uma bíblia ou algum símbolo cristão podem ser punidos. Já houve casos de padres serem condenados à morte por serem encontrados rezando a missa. Isso é tolerância, como diz o autor?
Outra questão duvidosa está no texto seguinte: “Os muçulmanos crêem num único Deus (Allah, termo usado também por árabes cristãos), onipotente, que criou a natureza por meio de um ato de misericórdia. Consciente da debilidade moral da humanidade, Deus enviou profetas à Terra. Adão foi o primeiro e recebeu o perdão divino --o islamismo não aceita a doutrina do pecado original”.
Ora, o que se sabe é que Alá tornou-se ao longo dos tempos o significado de “Deus” para os muçulmanos, mas no tempo de Maomé não passava de um dos vários deuses pagãos que eram adorados em Medina e Meca. O esperto comerciante e aventureiro, Maomé, apenas escolheu um daqueles deuses para ser o porta-voz de sua religião. Então, não é verdade que os cristãos usam o mesmo termo, pois Alá é o nome de um deus pagão, e os cristãos não veneram ou adoram um Deus com nome específico, apenas adoram Deus verdadeiro...
A “Folha de São Paulo”, um dos jornais de maior circulação no Brasil, confessa, nesse artigo, sua simpatia pelo islamismo. E confessa também, pelo que se deduz do texto em seu parágrafo final, sua intenção de desfazer a verdadeira idéia, o verdadeiro sentido que as populações têm do islamismo: uma religião que gera ódio e não o que dizem seus propagadores. Este negócio de dizer que há discriminação contra os muçulmanos não passa de uma estratégia de marketing para amenizar o impacto negativo que a filosofia islâmica causa nas populações do ocidente. Diz o texto no final:
"Nesse sentido, esta obra se propõe a lançar luz sobre as origens do islamismo, suas fontes sagradas, profetas e divisões políticas. Os avanços científicos e culturais que acompanharam sua evolução histórica, os conflitos atuais, inclusive a questão palestina e a crise no Afeganistão, além da presença muçulmana no Brasil, explicam-se em capítulos específicos. A intenção é despertar o interesse do leitor, como um primeiro passo para compreender o Islã e evitar discriminações, não críticas".
Vejam o texto integral, extraído da “Folha On Line”
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