A moleza
Foi por moleza que muitos homens
cederam aos imperativos da moda filosófica e caíram no ceticismo, outros caíram
na tibieza e até na desesperança. Sim, por que a falta de fé leva à
desesperança.
Eis os problemas criados pela vida
moderna: ceticismo, incredulidade, tibieza, moleza, desânimo e, por último,
desesperança. E hoje a desesperança parece caminhar como resultado último dos
males modernos, como a violência, as injustiças, o caos social, etc.
A moleza não é um estado de espírito
somente dos católicos que não agem ou não reagem em defesa de sua Igreja, ou às
vezes até em defesa de si mesmo; ela é também um estado característico dos
protestantes que não lutam contra o aborto e a eutanásia, por exemplo; ou até
mesmo de certas populações muçulmanas ou budistas que não agem ou reagem contra
a ditadura dos xiitas ou ortodoxos. Até mesmo certos agnósticos, pessoas sem
religião (mas que, de algum modo respeitam a Lei Natural) sofrem da moleza
porque se acomodam e não enfrentam os males da vida moderna.
Todo este estado de moleza, digamos
assim, universal, é decorrente da ação da Revolução, pois tudo o que os
revolucionários pregaram e fizeram nestes últimos séculos não trouxe outras
conseqüências para o homem moderno senão a solidão, o desengano, a falta de
confiança nos dias futuros; ao lado de multidões enormes que são, como as
massas, movidas por fora...
Doutor Plínio Corrêa de Oliveira
compôs, então, uma oração contra a moleza por ocasião das comemorações dos 200
anos da morte de Luís XVI, em janeiro de 1992, num artigo publicado sob o
título “Reflexões
sobre a execução de Luis XVI”.
Oração
contra a moleza
Ó Maria Santíssima,
nós Vos pedimos que nos obtenhais a graça de jamais sermos moles em face da
Revolução, de não perdermos uma só ocasião de a combater, e de a combater
implacavelmente!
Obtende-nos a graça
de empregar todos os meios para conter o ímpeto da Revolução, para aniquilá-la,
e para fazer vencer por toda parte a Santa Igreja e a Civilização Cristã. Para que com isto vençais Vós, ó Maria,
Rainha do Céu e da Terra, e vença o Vosso Divino Filho. Vós sim, ó Maria, cuja
vitória é necessariamente e esplendidamente a vitória de Vosso Divino Filho.
Ó Maria, venha a
nós o Vosso Reino, para que a nós venha o Reino de Jesus. Mandai que se
acelerem os acontecimentos por Vós previstos em Fátima, a fim de que a presente
época de reinado da Revolução satânica e igualitária cesse o quanto antes, e sobre nós desça o vosso Reino. Não para ser
o reino dos preguiçosos, dos moles, que em última análise, se vencerem terá
sido só porque Vós interviestes, com os vossos Anjos, a favor deles. Mas para
ser o reino dos heróis que lutaram como gigantes, porque a graça e as virtudes
cristãs, e sobretudo as virtudes da pureza, da fortaleza e da humildade, os
nimbaram como uma coroa, e eles souberam ser, ao mesmo tempo, terríveis na hora
da batalha, e despretensiosos e desapegados na hora da vitória.
Obtende-nos de Deus
força, força, força! Força a favor da justiça, força a favor do bem, força a
favor da Contra-Revolução. Força a favor vosso, Maria Santíssima nossa Mãe, a
favor de vosso Divino Filho, nosso Salvador e Redentor. Força, enfim, a favor
da Santa Igreja e da Civilização Cristã.
Tornai-nos fortes
para que, amando-Vos com o amor dos fortes, saibamos servir-Vos com a dedicação
e eficácia dos fortes, a fim de que chegue o quanto antes o vosso Reino sobre a
terra, ó Maria, ó Jesus!
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