quarta-feira, 23 de junho de 2021

ESPERANÇA ATÉ PARA OS “SABUGOS”?

 





 

O Sr. Dr. Plínio Corrêa de Oliveira viu e explicitou a “teoria do sabugo”. Quem seria aquele que ele chamava de “sabugo”? Tratava-se do que tinha perdido o verdor das virtudes e, como um sabugo de milho que já perdeu os frutos, nada mais produzia no Apostolado. Se fulano ou sicrano estava “ensabugando” era olhado com indiferença ou repúdio. O “sabugo”  tornou-se, assim, um elemento indesejável no convívio entre irmãos, pois o seu “sabuguismo”  poderia ser contagiante e passar para os demais. No entanto, serviu para exorcizar o espírito do “ensabugamento”, que é uma tendência que todos nós temos de considerar apenas os aspectos naturais da vida espiritual e assim cair em pecados – principalmente aqueles que se voltam contra a Vocação.

O texto abaixo, de uma Epístola de São Paulo, mostra que até daqueles que já provaram do convívio com a Divina Sabedoria e que A abandonaram (portanto, “ensabugaram”), Deus ainda manifesta a Esperança. Parece-me que São Paulo se refere diretamente ao “sabugo”, pois este já foi alguém que deu frutos e se encontra estéril. Assim reza o texto:

 “É impossível que os que foram uma vez iluminados, que tomaram o gosto ao dom celestial e foram feitos participantes do Espírito Santo, que degustaram igualmente a boa palavra de Deus e as virtudes do século vindouro, e que (depois disto) caíram, (é impossível ) que eles tornem a ser renovados pela penitência, pois crucificaram de novo o Filho de Deus, em si mesmos e o expõem à ignomínia. De fato, a terra que absorve a chuva, que cai muitas vezes sobre ela e produz erva proveitosa a quem a cultiva, recebe a bênção de Deus. Porém se ela produz espinhos e abrolhos, é reprovada e está perto de maldição, seu fim é a queima”. (Epístola de São Paulo aos Hebreus 6, 4-8).

De quem está falando São Paulo? Daqueles que:  a) foram uma vez iluminados e tomaram o gosto ao dom celestial; b) feitos participantes do Espírito Santo; c) degustaram a boa palavra de Deus e as virtudes celestes; d) apesar de tudo, caíram... e) e na queda crucificaram de novo o Filho de Deus.

Vejamos o que significa cada aspecto destes “sabugos”:

a) Uma vez foram iluminados e tomaram o gosto ao dom celestial – Trata-se daqueles que receberam as graças de Deus no interior de suas almas, abraçaram a vocação divina e neste início só tinham alegria e prazer em desfrutar das coisas do espírito, das coisas celestes. Trata-se portanto de pessoas que progrediram no amor a Deus e buscaram a perfeição.  A Epístola de São Paulo se dirige aos hebreus, numa severa censura aos que apostataram, aí incluído não só os sacerdotes mas todos aqueles que tiveram vocação profética, “foram iluminados” por Deus, mas prevaricaram. No entanto, a afirmação é dirigida de modo geral a todo aquele que recebe qualquer vocação divina, é iluminado pelo Divino Espírito Santo, pode ser um sacerdote católico, um clérigo ou simples leigo que recebe uma  vocação, uma revelação profética para participar de um dom celestial.

b) Feitos participantes do Espírito Santo -   Isto é, a Divina Misericórdia como que residia naquela alma através da inabitação do Espírito Santo e a cumulava de seus dons celestes. Trata-se e uma alma com acentuado progresso espiritual e com intensa vida interior.

c) Degustaram a boa palavra de Deus e as virtudes celestes – Aqui está mais ou menos a repetição do que se disse anteriormente, mas a palavra “degustar” destaca-se pois é um grau maior de perfeição, é um sentido mais perfeito que se dá à Sabedoria divina vivida pelos homens: degustar, saborear, os bens e as virtudes celestes. Neste grau de perfeição a pessoa poderia até mesmo ter adquirido vários carismas espirituais, tal seria seu progresso na vida espiritual.

Dissertando sobre os graus de perfeição, São Boaventura diz como o homem passa por eles. Preliminarmente, afirma que a caridade é raiz, a forma, o fim, o cumprimento e o vínculo da perfeição, e que tem três estados: um ínfimo, que consiste na simples observância dos mandamentos da lei de Deus; o segundo, médio, que consiste no cumprimento dos “conselhos evangélicos” (os ensinamentos de Nosso Senhor como desdobramento do famoso Sermão da Montanha); e o terceiro, supremo, que consiste na fruição dos gozos sempiternos.

Segundo as Sagradas Escrituras existem três tipos de perfeição:  a primeira, “de necessidade”, da qual está escrito no Deuteronômio: “Tu hás de ser perfeito e sem mácula para com o Senhor teu Deus” (Deut 18, 13). Disse a Glosa: “Sem mácula de crime”. E Próspero: “São perfeitos os que, querendo o que Deus quer, não se comprazem em nenhum dos pecados com que é ofendido”.  A segunda, “de superrogação”, da qual fala São Mateus: “Se queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens e dá-o aos pobres” (Mt 19, 21). Desta perfeição, escreve São Jerônimo: “O perfeito servo de Cristo nada tem fora de Cristo, ou se possui algo fora d’Ele, já não é perfeito”.  A terceira, “de plenitude acabada”, da qual disse o Sábio nos Provérbios: “A vereda dos justos é como uma luz brilhante que vai em aumento e cresce até o meio-dia” (Prov. 4, 18), quer dizer, até a fúlgida claridade da visão divina. E desta escreve Santo Agostinho no livro I de “Los Solilóquios”: “Verdadeiramente, a perfeita virtude é a razão que chega até o fim, ao qual segue a vida bem-aventurada”.

No texto de São Paulo, “degustar a palavra de Deus e as virtudes celestes” significa atingir então o terceiro grau de perfeição de que fala São Boaventura.

d) Caíram -  Quer dizer, perderam o estado de perfeição juntamente com todas as virtudes e bens espirituais que possuíam, ficaram arrasados, derrotados, prostrados e desmoronados. E quanto mais alto for o grau de perfeição, maior será a queda. Foi esta a queda dos anjos maus, pois antes de se revoltarem contra Deus andaram no caminho da perfeição; foi esta a queda dos judeus, de quem fala explicitamente São Paulo (daí a carta ser dirigida aos hebreus). E assim ocorre com muitas e muitas quedas de homens que andaram um dia nos caminhos de Deus e caíram, como por exemplo Henrique VIII e tantos outros. E esta queda não quer dizer que foi de uma só vez, pode ter sido durante um longo tempo numa sucessão e repetição dos mesmos pecados. Ela é consumada quando a alma chega a um estado de completa rejeição de Deus e de Suas graças, seguindo um processo mais ou menos como o descrito abaixo.

As almas que caíram, seguiram um curso segundo o qual cada queda, ou cada série ou fase de quedas, foi consumada com um juízo divino, ou então, foi julgada culpada e descida um grau (ou mais) em sua vida de perfeição. A primeira descida, ou decaída (digamos assim, primeiro degrau descendente), é quando a alma recebe de Deus o juízo da “ligadura”, ou, “atadura espiritual”, pelo qual fica inclinada para o Mal e com dificuldades para o Bem. Em conseqüência, perde o gosto pelos dons celestiais e até pela oração, cai na tibieza de espírito e só tem apetência pelas coisas do mundo. Isto ocorre quando a pessoa comete repetidamente os mesmos pecados em plena consciência do mal que pratica.

A segunda descida ou decaída é quando ocasiona o juízo da obcecação, pelo qual o pecador fica com a cegueira de espírito e nada tem por pecado. A própria noção de pecado é obscurecida na alma do pecador e ele passa a cometer as maiores infâmias como se fosse a coisa mais natural do mundo, sem nunca sentir remorsos ou propensão para o arrependimento. A estas alturas já não há mais nenhum resquício dos dons do Espírito Santo que outrora porventura possuía. A obcecação é uma proposital e voluntária decisão de nunca querer ver a maldade interior dos atos que pratica.

Descendo sempre mais nos abismos da perdição, a alma sem Deus continua sua senda de pecados, sem qualquer movimento interior para o arrependimento, recebendo então o terceiro juízo que é o da obstinação, pelo qual o coração do pecador fica duro como pedra e não sente o menor temor ou a presença de Deus, não abrindo os olhos mesmo perante avisos e ameaças de castigos da Divina Providência. A insensibilidade da alma perante Deus é completa, rejeitando-O tenazmente apesar da insistente “perseguição”  da graça divina.

A situação de tal pecador piora mais ainda: cai sobre ele o quarto juízo de Deus, que é o do abandono. Por este juízo a alma é exposta sem socorro à tentação e ao pecado, faltando-lhe a graça divina por causa da dureza de coração. Por isto que São Paulo diz ser impossível a tais almas a renovação pela penitência.

Atado espiritualmente, obcecado, obstinado, abandonado por Deus, o pecador cai no quinto juízo, que é o da dissipação, pelo qual nada faz de ordenado, dissipa todos os bens que possui, tanto materiais quanto espirituais, nada nele prospera, nada fala retamente. Pode-se dizer que são produtos deste juízo aqueles homens que têm vida dissoluta, entregando-se completamente aos vícios da embriaguez, do adultério, do jogo, das drogas, etc.  e que, como conseqüência de seus desatinos, tudo deles é dissipado e acaba por desabar na mais horrível miséria.

Que se espera de uma alma neste estado? O sexto juízo, o da desesperação, pelo qual Deus tira do homem a Esperança, vendo-se o mesmo já como um condenado e privado da glória eterna. Seguindo os degraus de sua decadência, após ficar atado espiritualmente, obcecado, obstinado, abandonado de Deus e com todos os seus bens dissipados, sem qualquer amparo, mesmo material, como já não espera mais nenhum socorro de Deus, e como da terra está desenganado, só lhe resta o desespero.  Por isto muitos se suicidam, como o fez Judas e certos artistas modernos que vivem na droga e em outros vícios. Falta-lhes a Esperança, sem a qual ninguém consegue levar uma vida com paz de espírito e tem como certa a condenação eterna. As pessoas de hoje perderam completamente a Esperança. A vida de todas as nações é sem rumo. Como não há mais confiança, também a Esperança se desvaneceu.  E todos se desesperam porque não querem procurar na Igreja de Deus a única tábua de salvação.  Nações inteiras vivem em completa desesperação.

Ao final do processo, a pessoa que perdeu toda a esperança de salvação, entrega-se ao desespero, terminando na situação em que o ímpio Voltaire se encontrava ao dizer: “Quand on a tout perdu, quand on n’a plus d’espoir, la vie est un opprobre, et la mort un devoir” – Quando se tem tudo perdido e não resta mais nenhuma esperança, a vida é um opróbrio e a morte um dever (Mérope, Acte II, sc. 7). Que dever é este a que se refere um ímpio inimigo de Deus ?  Não se trata do dever do martírio, o auge da caridade segundo São Boaventura, mas a renúncia desesperada de toda e qualquer esperança, inclusive de viver nesta vida... Pois, no caso, não houve a manifestação de qualquer arrependimento e disposição para a penitência. Se tivesse ocorrido, poder-se-ia acreditar que ele estivesse na seguinte situação prevista na Sagrada Escritura: «Quando o ímpio se arrepende da maldade que praticou e faz o que é direito e justo, conserva a vida”. (Ez 18, 27).

Anatole France, que não era considerado um ímpio, embora defensor do paganismo, chegou a escrever, nos seus últimos dias, num de seus livros: Rien n’explique la tragique absurdité de vivre - nada explica o trágico absurdo de viver. Não se trata de uma afirmação de certo desespero? Que absurdo e trágico pode haver na vida daquele que ama a Deus? Foi esta tônica de desespero desta vida que norteou muitos filósofos, que terminaram por nortear também o homem moderno.

e) - Crucificaram de novo o Filho de Deus – A inclusão da expressão « de novo » mostra que São Paulo não se refere apenas aos judeus, pois eles O crucificaram uma única vez, mas aqueles que o fazem « de novo » são realmente os maus cristãos. Então estes também  estão impossibilitados de fazer penitência, é impossível « que eles tornem a ser renovados pela penitência”, haja vista que “crucificaram de novo o Filho de Deus”, e O crucificaram “em si mesmos” por causa da apostasia e do “ensabugamento”.  Mas esta impossibilidade só existe se levando em consideração os aspectos naturais, porque dependendo dos sobrenaturais, principalmente da virtude da Esperança, tudo se renova nestas almas.

 

Para animar à Esperança aquele que caiu em pecado contra a sua vocação:

Após palavras tão duras para aqueles que apostataram de sua vocação, isto é, “ensabugaram”, São Paulo dirige consolos ou amenidades para que não caiam em desespero e assim possam interromper sua queda rumo à perdição eterna. Quanto aos judeus, permaneceria o juízo de Deus e aquela “impossibilidade”  de se renovarem pela penitência, dado que foram feridos nos seus dons naturais por causa do pecado e só parariam o processo de decadência e perdição se houvesse um milagre da graça divina (antes de tudo sua dificílima conversão ao Cristianismo para ter acesso aos Sacramentos e às graças santificantes). Esta impossibilidade, portanto, só existe se considerarmos os recursos naturais sem o auxílio da graça divina, pois “para Deus nada é impossível” (Mt 19, 26). Para os Cristãos que caíram, porém, existe a promessa de um milagre que só será possível com os dons prometidos por Nosso Senhor por intermédio dos Sacramentos e da Igreja.

Portanto, não é a mesma a situação dos cristãos. “Porém de vós, ó caríssimos, esperamos melhores coisas e mais vizinhas da salvação, embora assim falemos” (vers. 9). A palavra “esperamos” reflete uma situação: é que de agora em diante tudo depende da Esperança e o esperar diz respeito também àqueles que dirigem.  Por isso São Paulo diz  “esperamos melhores coisas”, isto é,  aguardamos que vós, cristãos, sejam diferente dos judeus.

Para que os cristãos possam confiar e esperar de Deus um poderoso auxílio em sua vocação e possa se reerguer sempre após as quedas, São Paulo diz no versículo seguinte: “Deus não é injusto, para que se esqueça da vossa obra e da caridade que mostrastes em seu nome, vós que servistes aos santos e ainda os servis”. Aqui estão enquadrados também aqueles que exerceram apostolado “servindo aos santos”   Quando São Paulo diz “servistes aos santos” quer dizer que alguns, de momento, não estão servindo mais, portanto “ensabugaram”, enquanto que de alguma forma “ainda os servis”, talvez não da forma devida. Mas nem por isto foram esquecidos de Deus.

Esta Esperança, porém, requer que o cristão haja com zelo pela Causa de Deus: - “Desejamos, porém, que cada um de vós mostre o mesmo zelo até o fim, para tornar completa a vossa esperança”. Quer dizer, a Esperança perfeita, completa é quando o zelo da alma vai até o fim e não seja apenas uma coisa passageira.

Portanto, nada de tibieza:  - “De modo que não vos torneis tíbios, mas imiteis aqueles que, mediante a fé e a paciência, são herdeiros das promessas”. Que promessas? – “Quando Deus fez a promessa a Abraão não tendo ninguém maior por quem jurar, jurou por si mesmo.  Disse Deus a Abraão - dizendo, fica certo que eu te abençoarei abundantemente e te multiplicarei abundantemente”. E Deus cumpre suas promessas: - “E assim (Abraão), esperando pacientemente, obteve o cumprimento da promessa”.

Confiemos, portanto, naquilo que Deus prometeu com juramento: - “Com efeito, os homens juram pelo que há de maior do que eles, e o juramento servindo de garantia, termina todas as contendas”. E o juramento divino  foi feito para evidenciar nossa filiação a Deus e que Ele é imutável em tudo o que faz ou promete:  - “Pelo que, querendo Deus mostrar com mais evidência aos herdeiros da promessa a imutabilidade de seu conselho, interpôs o juramento”. Portanto, promessa e juramento, são coisas inabaláveis: - “Para que, por estas coisas inabaláveis (promessa e juramento), nas quais é impossível que Deus minta, tenhamos uma poderosíssima consolação, nós, que pusemos o nosso refúgio em alcançar a esperança proposta”.

A Esperança no cumprimento das promessas divinas torna-se uma âncora segura e firme para nossas almas – “A qual temos como uma âncora segura e firme da alma, e que penetra até além do véu”. O exemplo disto vemos em Jesus Cristo: - “Em que Jesus, nosso precursor, entrou por nós, na qualidade de pontífice, eterno segundo a ordem de Melquisedec”.

Assim, um texto que começa falando duramente da impossibilidade de se reerguer e fazer penitência de seus pecados aquele que antes havia provado do dom celestial do Espírito Santo, termina concluindo belamente com a virtude da Esperança com que, em qualquer circunstância, a alma deve aguardar, até o fim, as promessas e juramento divinos.

E para que possamos obter de Deus virtude tão importante para nossa perseverança, precisamos penetrar no sacrário da nossa própria alma, no recinto onde só Deus penetra, o local onde as revelações divinas são íntimas e pessoais, embora não sentidas pelos órgãos sensitivos e materiais mas apenas pelos “olhos”  da alma, pelos dons e carismas espirituais com que Deus a contemplou.  Trata-se do verdadeiro Templo de Deus, para o qual existem muitas definições, inclusive para os “progressistas” modernos, que consideram como templo de Deus “a comunidade”. Baseiam-se eles na frase de Nosso Senhor Jesus Cristo: “quando dois ou mais de vós estiveres  reunidos em meu nome, eu estarei no meio de vós”.  Novamente, a expressão “no meio de vós”, que é usada Antigo Testamento, pode significar mais propriamente o íntimo de cada pessoa, o claustro sacral da alma, ou, como apropriadamente o próprio Cristo denominou de “coração”.  A comunidade seria a extensão daquele templo interior, uma espécie de templo coletivo, ou mais adequadamente, o Corpo Místico de Cristo. 

 

Cuidado com a impenitência ou queda da justiça

No entanto, é preciso ter cuidado com a prática constante de pecados sem fazer penitência. Quem dá os limites entre a conversão do ímpio e a impenitência (queda) do justo é o Projeto Ezequiel neste texto: “...se o ímpio fizer penitência de todos os pecados que cometeu, se guardar todos os meus preceitos e proceder conforme a equidade e a justiça, certíssimamente viverá e não morrera. Eu não me lembrarei mais de nenhuma das iniqüidades que praticou; ele viverá por causa da justiça que praticou.... Mas, se o justo se apartar da sua justiça e vier a cometer a iniqüidade, segundo todas as abominações que o ímpio costuma praticar, porventura viverá ele? Serão esquecidas todas as obras de justiça que tiver feito; por causa da prevaricação em que caiu e do pecado que cometeu, por causa disto morrerá”  (Ez 18, 21-24).

 

 


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