Quando as calamidades públicas atingem a humanidade surgem várias formas de se rezar, tanto pelos que sofrem quando por aquelas almas que são chamadas para a outra vida. Foi com essa intenção que em tempos idos se instituiu uma oração própria para tais momentos, o “Triságio da Santíssima Trindade”, surgida em Constantinopla em tempos remotos e teve a intenção de pedir para parar as calamidades de então, que eram terremotos destruidores e terríveis. Veja como rezar o Santo Triságio acessando essa postagem: https://www.blogger.com/blog/post/edit/6546843640659599845/8714246297710467440
A primeira intenção deve levar em
consideração que tais calamidades só poderão parar se forem suprimidas suas
causas, isto é, os pecados e ofensas a Deus. Então, quem reza deveria propagar
ou incluir nas intenções o desejo de orações reparadoras. Há necessidade que
existam almas reparadoras e que se ofereçam como sacrifício a Deus em reparação
de tantos pecados. Somente assim, as causas das calamidades poderão ser
supridas pela sua reparação e suspensão dos castigos.
A segunda intenção é o desejo de diminuir ou
até acabar com o sofrimento daqueles que penam tais calamidades. Nesse sentido
há dois tipos de pessoas que sofrem: o sofrimento dos justos, que aceitam tais
sofrimentos e os oferecem a Deus como reparação dos pecados, e o dos réprobos
ou filhos das trevas, que sofrem com revoltas contra Deus. O sofrimento dos
justos só deve acabar quando cumprir seus objetivos, ou seja, sejam reparadas
as ofensas a Deus, e acabam com o término dos males corporais ou com a morte.
Do mesmo modo o sofrimento do ímpio pode acabar quando a justiça divina estiver
satisfeita e nele reparada as ofensas a Deus, e nesse caso talvez só ocorra com
a morte dele. Pode acontecer também com sua cura, isso querendo significar que
Deus deu a ele mais uma oportunidade de emenda.
Nós pedimos, então, a Deus pelos justos no
sentido que sejam curados a fim de que eles continuem a obra de Deus entre nós
e pregue a boa doutrina e dê bons exemplos de vida; também pedimos por eles
para que tenham uma boa morte e possam na outra vida nos obter maiores auxílios
divinos. Quanto aos maus, aos que sofrem com revoltas contra Deus, podemos
pedir suas curas apenas com objetivo de lhes fazer mudar de vida e reparar as
ofensas a Deus que vinham fazendo; do contrário, a morte de tais pessoas poderá
ser uma bênção aos bons, já que deixarão de fazer os males que vinham
praticando. Principalmente os chamados “pecados sociais”, os quais servem para
formar o corpo místico do demônio: quanto menos praticantes de tais pecados
aqui na terra menos poder terá este corpo maldito.
De modo geral, nossas orações devem ter
sempre o terceiro objetivo acima, isto é, para que prevaleça não somente a
Justiça, mas a Misericórdia divinas. Que os castigos façam os maus recuar em
seus desígnios e satisfaçam a justiça divina; que a Misericórdia os faça mudar
de vida e reparar os males que praticavam antes e assim fazer reparação a Deus.
Do mesmo modo que tais castigos sirvam de motivo para que os bons ofereçam tais
sofrimentos para reparação dos pecados, não somente de si, mas de toda a
sociedade em que vivem.
Lembrar que as pandemias ou calamidades
públicas (inclusive as guerras e catástrofes naturais) são mandadas por Deus
para punir e reparar os pecados sociais, isto é, aqueles pecados praticados em
comum por toda a sociedade. Sendo assim, tanto sofrem por causa disso os bons
quanto os maus. Todos sofrem porque todos são chamados a reparar as ofensas que
se praticam em toda a sociedade.
Por exemplo, o liberalismo, o relativismo e o
laicismo do estado totalitário, o socialismo, no campo social, e os pecados de
divórcio, amor-livre, adultério, sodomia e taras sexuais no campo moral são
pecados sociais hoje cometidos em todas as sociedades modernas. É tamanha a
liberalidade sexual do mundo de hoje, com praias cheias de nudismo e uma
amoralidade estonteante, que somente um castigo como a pandemia para diminuir
tais ofensas a Deus, quando feitas coletivamente, em sociedade.
De outro modo, há um pecado coletivo que hoje
predomina sobre os demais, por ser conseqüência da vida sem fé religiosa: a
falta de Confiança e de Esperança, o que leva muitos ao desespero. Quem observar
o clima de violência que hoje perdura em todos os países deduz facilmente a
causa de tantos desesperos coletivos.
Rezemos, pois, primeiramente na intenção dos
justos para que saibam sofrer e oferecer seu sofrimento a Deus para reparar
tantos pecados, e, sendo vontade divina, que tenham uma boa morte e subam ao
Céu para interceder também por nós que aqui continuamos passando por tais
sofrimentos.
Em segundo lugar para que o nosso sofrimento
sirva para converter os maus, ou, se assim não quiserem, que sejam julgados e
levados por Deus desta vida e deixem de fazer tantos males a Deus e à sociedade
em que vivem com seus pecados. Serão julgados por seus crimes e deixarão de
cometê-los.
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