sexta-feira, 3 de dezembro de 2021

COMO REZAR NAS CALAMIDADES PÚBLICAS ATUAIS

 




 

Quando as calamidades públicas atingem a humanidade surgem várias formas de se rezar, tanto pelos que sofrem quando por aquelas almas que são chamadas para a outra vida. Foi com essa intenção que em tempos idos se instituiu uma oração própria para tais momentos, o “Triságio da Santíssima Trindade”, surgida em Constantinopla em tempos remotos e teve a intenção de pedir para parar as calamidades de então, que eram terremotos destruidores e terríveis. Veja como rezar o Santo Triságio acessando essa postagem: https://www.blogger.com/blog/post/edit/6546843640659599845/8714246297710467440

 Mas, com que intenção devemos elevar nossas orações ao Criador? São as seguintes: 1º) pedir para parar as calamidades, que Deus suspenda seus castigos; 2º) diminuir o sofrimento dos que as penam; 3º) para que prevaleça não somente a Justiça, mas a Misericórdia divinas e sejam aliviadas as dores ou suprimidas até com milagres.

A primeira intenção deve levar em consideração que tais calamidades só poderão parar se forem suprimidas suas causas, isto é, os pecados e ofensas a Deus. Então, quem reza deveria propagar ou incluir nas intenções o desejo de orações reparadoras. Há necessidade que existam almas reparadoras e que se ofereçam como sacrifício a Deus em reparação de tantos pecados. Somente assim, as causas das calamidades poderão ser supridas pela sua reparação e suspensão dos castigos.

A segunda intenção é o desejo de diminuir ou até acabar com o sofrimento daqueles que penam tais calamidades. Nesse sentido há dois tipos de pessoas que sofrem: o sofrimento dos justos, que aceitam tais sofrimentos e os oferecem a Deus como reparação dos pecados, e o dos réprobos ou filhos das trevas, que sofrem com revoltas contra Deus. O sofrimento dos justos só deve acabar quando cumprir seus objetivos, ou seja, sejam reparadas as ofensas a Deus, e acabam com o término dos males corporais ou com a morte. Do mesmo modo o sofrimento do ímpio pode acabar quando a justiça divina estiver satisfeita e nele reparada as ofensas a Deus, e nesse caso talvez só ocorra com a morte dele. Pode acontecer também com sua cura, isso querendo significar que Deus deu a ele mais uma oportunidade de emenda.

Nós pedimos, então, a Deus pelos justos no sentido que sejam curados a fim de que eles continuem a obra de Deus entre nós e pregue a boa doutrina e dê bons exemplos de vida; também pedimos por eles para que tenham uma boa morte e possam na outra vida nos obter maiores auxílios divinos. Quanto aos maus, aos que sofrem com revoltas contra Deus, podemos pedir suas curas apenas com objetivo de lhes fazer mudar de vida e reparar as ofensas a Deus que vinham fazendo; do contrário, a morte de tais pessoas poderá ser uma bênção aos bons, já que deixarão de fazer os males que vinham praticando. Principalmente os chamados “pecados sociais”, os quais servem para formar o corpo místico do demônio: quanto menos praticantes de tais pecados aqui na terra menos poder terá este corpo maldito.

De modo geral, nossas orações devem ter sempre o terceiro objetivo acima, isto é, para que prevaleça não somente a Justiça, mas a Misericórdia divinas. Que os castigos façam os maus recuar em seus desígnios e satisfaçam a justiça divina; que a Misericórdia os faça mudar de vida e reparar os males que praticavam antes e assim fazer reparação a Deus. Do mesmo modo que tais castigos sirvam de motivo para que os bons ofereçam tais sofrimentos para reparação dos pecados, não somente de si, mas de toda a sociedade em que vivem.

Lembrar que as pandemias ou calamidades públicas (inclusive as guerras e catástrofes naturais) são mandadas por Deus para punir e reparar os pecados sociais, isto é, aqueles pecados praticados em comum por toda a sociedade. Sendo assim, tanto sofrem por causa disso os bons quanto os maus. Todos sofrem porque todos são chamados a reparar as ofensas que se praticam em toda a sociedade.

Por exemplo, o liberalismo, o relativismo e o laicismo do estado totalitário, o socialismo, no campo social, e os pecados de divórcio, amor-livre, adultério, sodomia e taras sexuais no campo moral são pecados sociais hoje cometidos em todas as sociedades modernas. É tamanha a liberalidade sexual do mundo de hoje, com praias cheias de nudismo e uma amoralidade estonteante, que somente um castigo como a pandemia para diminuir tais ofensas a Deus, quando feitas coletivamente, em sociedade.

De outro modo, há um pecado coletivo que hoje predomina sobre os demais, por ser conseqüência da vida sem fé religiosa: a falta de Confiança e de Esperança, o que leva muitos ao desespero. Quem observar o clima de violência que hoje perdura em todos os países deduz facilmente a causa de tantos desesperos coletivos.

Rezemos, pois, primeiramente na intenção dos justos para que saibam sofrer e oferecer seu sofrimento a Deus para reparar tantos pecados, e, sendo vontade divina, que tenham uma boa morte e subam ao Céu para interceder também por nós que aqui continuamos passando por tais sofrimentos.

Em segundo lugar para que o nosso sofrimento sirva para converter os maus, ou, se assim não quiserem, que sejam julgados e levados por Deus desta vida e deixem de fazer tantos males a Deus e à sociedade em que vivem com seus pecados. Serão julgados por seus crimes e deixarão de cometê-los.

 

 


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