No quarto centenário do nascimento do missionário jesuíta, o Cardeal-Primaz do Brasil e arcebispo de Salvador, D. Geraldo Majella Agnelo, afirmou que a verdade da Palavra de Deus suscita homens ilustres, como o pe. Antônio Vieira.
«Ao contemplar a personalidade privilegiada de Vieira e sua notável formação e atuação, penso na verdade da Palavra de Deus que suscita homens ilustres nos povos e particularmente na Igreja», escreve o arcebispo, em artigo divulgado pela agência Zenit.
Segundo o cardeal, na Igreja, estes homens «aparecem como manifestação da glória de Deus e como estrelas reluzentes que em todos os tempos manifestam a grandeza de Deus e as verdades irrefutáveis percebidas pela razão humana».
Dom Geraldo faz estas considerações no contexto do quarto centenário do nascimento do pe. Antônio Vieira. Em Salvador, realizou-se na semana passada um Simpósio Internacional Comemorativo.
Segundo o arcebispo, os sermões do pe. Antônio Vieira, «alguns deles proclamados nos púlpitos de nossa Catedral», não são «exaltação de vaidade intelectual, mas de espírito missionário».
Um espírito missionário «que o animou e o fez pedir» aos superiores da Companhia de Jesus «que o mandassem para as missões na África, antes mesmo de sua ordenação sacerdotal. A obediência da Companhia lhe indicou outro caminho de missão: o púlpito e o magistério».
«Dom João IV o nomeou pregador da corte. Desde então o pe. Vieira ocupou também lugar proeminente na diplomacia e foi apóstolo incansável da liberdade dos índios do Brasil e defensor dos judeus.»
«Com a morte de Dom João IV, cessou a grande influência exercida por Vieira. Dom Afonso VI subiu ao trono e logo exilou o grande orador para o Porto e depois para Coimbra. Sendo destronado Dom Afonso VI, sucedeu-lhe o rei Dom Pedro II. Vieira, então, libertado voltou a pregar na corte.»
Durante seis anos passados em Roma – recorda o cardeal Agnelo – «foi muito admirado e obteve os melhores triunfos. A rainha Cristina da Suécia, estando em Roma naquele tempo, escutou os seus sermões e ficou tão impressionada que o nomeou seu confessor».
«Na idade de 71 anos voltou para o Brasil, onde morreu no dia 18 de julho de 1697, aos noventa anos, na Bahia.»
«O Padre Antônio Vieira é mestre da língua. Segundo Fernando Pessoa, o imperador da língua portuguesa. São quinze volumes de Sermões e mais de oitocentas cartas», recorda.
«Possuem grande número de informações políticas, curiosas noticias sobre a inquisição, estudos políticos e literários. Seu estilo tem adjetivação copiosa e tão precisa quase insuperável. Vôo alto de idéias filosóficas, ora profanas ora religiosas.»
Segundo o arcebispo, Vieira «não distinguia Portugal do Brasil. Conhecia a corte e conhecia os índios. Conhecia os políticos e as espumas de suas promessas».
«Conhecia os Padres da Igreja dos primeiros séculos e conhecia a catequese humilde dos analfabetos. Falou em presença do papa, de reis, do povo. Dono de imensa cultura transparente em cada frase dos sermões, sabia trocá-los em termos de fé e moral, de festa e culto», afirma o cardeal.
«Ao contemplar a personalidade privilegiada de Vieira e sua notável formação e atuação, penso na verdade da Palavra de Deus que suscita homens ilustres nos povos e particularmente na Igreja», escreve o arcebispo, em artigo divulgado pela agência Zenit.
Segundo o cardeal, na Igreja, estes homens «aparecem como manifestação da glória de Deus e como estrelas reluzentes que em todos os tempos manifestam a grandeza de Deus e as verdades irrefutáveis percebidas pela razão humana».
Dom Geraldo faz estas considerações no contexto do quarto centenário do nascimento do pe. Antônio Vieira. Em Salvador, realizou-se na semana passada um Simpósio Internacional Comemorativo.
Segundo o arcebispo, os sermões do pe. Antônio Vieira, «alguns deles proclamados nos púlpitos de nossa Catedral», não são «exaltação de vaidade intelectual, mas de espírito missionário».
Um espírito missionário «que o animou e o fez pedir» aos superiores da Companhia de Jesus «que o mandassem para as missões na África, antes mesmo de sua ordenação sacerdotal. A obediência da Companhia lhe indicou outro caminho de missão: o púlpito e o magistério».
«Dom João IV o nomeou pregador da corte. Desde então o pe. Vieira ocupou também lugar proeminente na diplomacia e foi apóstolo incansável da liberdade dos índios do Brasil e defensor dos judeus.»
«Com a morte de Dom João IV, cessou a grande influência exercida por Vieira. Dom Afonso VI subiu ao trono e logo exilou o grande orador para o Porto e depois para Coimbra. Sendo destronado Dom Afonso VI, sucedeu-lhe o rei Dom Pedro II. Vieira, então, libertado voltou a pregar na corte.»
Durante seis anos passados em Roma – recorda o cardeal Agnelo – «foi muito admirado e obteve os melhores triunfos. A rainha Cristina da Suécia, estando em Roma naquele tempo, escutou os seus sermões e ficou tão impressionada que o nomeou seu confessor».
«Na idade de 71 anos voltou para o Brasil, onde morreu no dia 18 de julho de 1697, aos noventa anos, na Bahia.»
«O Padre Antônio Vieira é mestre da língua. Segundo Fernando Pessoa, o imperador da língua portuguesa. São quinze volumes de Sermões e mais de oitocentas cartas», recorda.
«Possuem grande número de informações políticas, curiosas noticias sobre a inquisição, estudos políticos e literários. Seu estilo tem adjetivação copiosa e tão precisa quase insuperável. Vôo alto de idéias filosóficas, ora profanas ora religiosas.»
Segundo o arcebispo, Vieira «não distinguia Portugal do Brasil. Conhecia a corte e conhecia os índios. Conhecia os políticos e as espumas de suas promessas».
«Conhecia os Padres da Igreja dos primeiros séculos e conhecia a catequese humilde dos analfabetos. Falou em presença do papa, de reis, do povo. Dono de imensa cultura transparente em cada frase dos sermões, sabia trocá-los em termos de fé e moral, de festa e culto», afirma o cardeal.
Fonte: Zenit
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