O que representa Obama para a Igreja e os católicos de modo geral? Nada, a não ser um politico agnóstico e inimigo da fé, da religião e da moral. Por que então uma universidade jesuíta o convida para uma conferência? Pior ainda, atende seu atrevido e insolente pedido de retirar os símbolos religiosos de sua presença? Se Deus o incomoda tanto por que atendeu o pedido de ir a uma instituição pertencente à Sua Religião? Intimidação, afronta, desafio a Deus? Divulgamos abaixo interessante texto, extraído do blog "Veritatis Splendor":
O que as controvérsias de Notre Dame e Georgetown revelam
Por padre Robert A. Sirico
Em seu discurso essa semana na Universidade de Georgetown, o Presidente Obama fez um comentário interessante sobre economia. “ão podemos reconstruir esta economia sobre a mesma pilha de areia” ele disse. “evemos construir nossa casa sobre a rocha”
Duvido que alguém o acusasse de plágio, mas o que ele citou vem de uma parábola contada por Jesus. O homem que construiu sua casa na areia pagou o preço quando os ventos a derrubaram, enquanto o homem que construiu sua casa na rocha a viu resistir à tempestade.
Bastante apropriado citar uma parabola em uma universidade católica fundada por jsuítas. O campus inteiro está cheio de simbolismo religioso. Crucifixos, imagens de Maria e outros itens religiosos estão em toda a parte, revelando a rica tradição do lugar.
Estranhamente, no entanto, embora o presidente não tenha se importado de citar Jesus sem dar-lhe os créditos, a sua equipe insistiu em que todos os símbolos religiosos fossem cobertos no lugar em que ele fez o discurso. Incrivelmente, os dirigentes de Georgetown se sujeitaram. A pedido da Casa Branca, os funcionários da univeridade cobriram as letras IHS – a abreviação grega para o nome de Jesus.
Esse incidente se seguiu ao tumulto sobre o planejado discurso de Obama na Notre Dame, onde ele receberá um doutorado honorífico. O departamento da Notre Dame reporta um desenrolar de ira generalizada pela decisão de convidá-lo.
Agora, se eu fosse um pensador adepto de teorias da conspiração, o que não sou, poderia suspeitar que Obama está deliberadamente tentando dividir os católicos. Mas isso não é uma conspiração. Obama está meramente capitalizando em uma tendência cultural que tem estado em curso por um longo tempo. Pelo último meio século, ou mais, católicos têm passado por um tipo de desenvolvimento psicológico, saindo da mentalidade da classe imigrante, batalhadora e empobrecida, insegura de seu próprio status em uma cultura hostil, fundando suas próprias instituições, servindo seu país, e tornando-se tão bem-sucedidos quanto qualquer capitalista WASP* em conseguindo o seu pedaço do sonho americano.
Essa assimilação foi tão completa que em quase qualquer questão de políticas públicas ou escolhas de estilo de vida, os católicos são impossíveis de se distinguir dos outros americanos. Até que se olhe para aqueles que praticam a fé regularmente, comparando-os com aqueles que têm um compromisso nominal que se resume a comparecer a batismos e funerais para um “alô”, como Jaqueline Kennedy disse uma vez.
Se essa tese está correta, então não é tão absurdo afirmar que os católicos nominais estão no meio de uma crise de identidade. Eles se sentem constrangidos pela diferença marcante de seus irmãos mais fiéis na fé que observam jejuns, não aprovam o aborto, pensam que o casamento é o mesmo de seus avós, e têm pontos de vista conservadores em outras questões polêmicas sobre as quais os católicos de vida pública geralmente têm de responder à imprensa.
Obviamente, os católicos nominais negariam tal crise de identidade. Nós simplesmente acreditamos em uma sociedade pluralista e tolerante, eles insistiriam em dizer. Mas se o episódio de Georgetown não reflete uma crise de identidade – a família religiosa que foi um dia a principal defensora da Igreja apaga seu nome (jesuíta) e sua inspiração histórica (Jesus) – então o que refletiria?
Pense nisso: Uma universidade católica se dispôs a cobrir o nome de Jesus, escondê-lo das câmeras, porque o presidente dos Estados Unidos estava chegando e pediu que o fizessem. O fato em si me dá calafrios.
Na raiz do conceito de tolerância está a noção de permissividade, não com suas próprias crenças, mas com as crenças daqueles com quem discordamos. Se você não sabe quem é e o que considera como verdade, não pode ser tolerante.
Chegamos a um ponto em que a contribuição mais significante que Georgetown ou Notre Dame poderiam dar para a diversidade da sociedade seria tornarem-se, novamente, católicas – e não se envergonharem disso. A Igreja em geral e os jesuítas em particular têm em sua própria história exemplos heroicos de mártires que se recusaram a submeter-se à autoridade secular e morreram pela fé (tais como Edmund Campion, SJ, pelas mãos de Elizabeth I). O mínimo que as autoridades desse câmpus podem fazer é não tomar medidas que minem sua própria identidade.
*WASP = White Anglo-Saxon Protestant : Protestante branco de origem anglo-saxônica.
O que as controvérsias de Notre Dame e Georgetown revelam
Por padre Robert A. Sirico
Em seu discurso essa semana na Universidade de Georgetown, o Presidente Obama fez um comentário interessante sobre economia. “ão podemos reconstruir esta economia sobre a mesma pilha de areia” ele disse. “evemos construir nossa casa sobre a rocha”
Duvido que alguém o acusasse de plágio, mas o que ele citou vem de uma parábola contada por Jesus. O homem que construiu sua casa na areia pagou o preço quando os ventos a derrubaram, enquanto o homem que construiu sua casa na rocha a viu resistir à tempestade.
Bastante apropriado citar uma parabola em uma universidade católica fundada por jsuítas. O campus inteiro está cheio de simbolismo religioso. Crucifixos, imagens de Maria e outros itens religiosos estão em toda a parte, revelando a rica tradição do lugar.
Estranhamente, no entanto, embora o presidente não tenha se importado de citar Jesus sem dar-lhe os créditos, a sua equipe insistiu em que todos os símbolos religiosos fossem cobertos no lugar em que ele fez o discurso. Incrivelmente, os dirigentes de Georgetown se sujeitaram. A pedido da Casa Branca, os funcionários da univeridade cobriram as letras IHS – a abreviação grega para o nome de Jesus.
Esse incidente se seguiu ao tumulto sobre o planejado discurso de Obama na Notre Dame, onde ele receberá um doutorado honorífico. O departamento da Notre Dame reporta um desenrolar de ira generalizada pela decisão de convidá-lo.
Agora, se eu fosse um pensador adepto de teorias da conspiração, o que não sou, poderia suspeitar que Obama está deliberadamente tentando dividir os católicos. Mas isso não é uma conspiração. Obama está meramente capitalizando em uma tendência cultural que tem estado em curso por um longo tempo. Pelo último meio século, ou mais, católicos têm passado por um tipo de desenvolvimento psicológico, saindo da mentalidade da classe imigrante, batalhadora e empobrecida, insegura de seu próprio status em uma cultura hostil, fundando suas próprias instituições, servindo seu país, e tornando-se tão bem-sucedidos quanto qualquer capitalista WASP* em conseguindo o seu pedaço do sonho americano.
Essa assimilação foi tão completa que em quase qualquer questão de políticas públicas ou escolhas de estilo de vida, os católicos são impossíveis de se distinguir dos outros americanos. Até que se olhe para aqueles que praticam a fé regularmente, comparando-os com aqueles que têm um compromisso nominal que se resume a comparecer a batismos e funerais para um “alô”, como Jaqueline Kennedy disse uma vez.
Se essa tese está correta, então não é tão absurdo afirmar que os católicos nominais estão no meio de uma crise de identidade. Eles se sentem constrangidos pela diferença marcante de seus irmãos mais fiéis na fé que observam jejuns, não aprovam o aborto, pensam que o casamento é o mesmo de seus avós, e têm pontos de vista conservadores em outras questões polêmicas sobre as quais os católicos de vida pública geralmente têm de responder à imprensa.
Obviamente, os católicos nominais negariam tal crise de identidade. Nós simplesmente acreditamos em uma sociedade pluralista e tolerante, eles insistiriam em dizer. Mas se o episódio de Georgetown não reflete uma crise de identidade – a família religiosa que foi um dia a principal defensora da Igreja apaga seu nome (jesuíta) e sua inspiração histórica (Jesus) – então o que refletiria?
Pense nisso: Uma universidade católica se dispôs a cobrir o nome de Jesus, escondê-lo das câmeras, porque o presidente dos Estados Unidos estava chegando e pediu que o fizessem. O fato em si me dá calafrios.
Na raiz do conceito de tolerância está a noção de permissividade, não com suas próprias crenças, mas com as crenças daqueles com quem discordamos. Se você não sabe quem é e o que considera como verdade, não pode ser tolerante.
Chegamos a um ponto em que a contribuição mais significante que Georgetown ou Notre Dame poderiam dar para a diversidade da sociedade seria tornarem-se, novamente, católicas – e não se envergonharem disso. A Igreja em geral e os jesuítas em particular têm em sua própria história exemplos heroicos de mártires que se recusaram a submeter-se à autoridade secular e morreram pela fé (tais como Edmund Campion, SJ, pelas mãos de Elizabeth I). O mínimo que as autoridades desse câmpus podem fazer é não tomar medidas que minem sua própria identidade.
*WASP = White Anglo-Saxon Protestant : Protestante branco de origem anglo-saxônica.
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