Há muitos anos presenciei numa pequena cidade
do interior baiano uma apresentação espetacular de um trio elétrico. Nunca
tinha visto em toda a minha vida algo tão espetacular, com uma riqueza de tecnologia
e brilho, visando exclusivamente causar alucinação, pela música, nas
multidões. Tal era o estado de euforia
das multidões perante aquele espetáculo de cores, brilho e som, que pareciam a
meus olhos um amontoado de possessos vindos dos infernos. Para mim aquele
estado de euforia é diabólico, não pode ser normal. As pessoas ficam fora de
si, dão a impressão de estar suspensas no ar, durante o pula-pula infernal e
diabólico.
A
propósito, veio-me a interrogação: que papel tem a música em provocar
alucinação nas massas? A música pode também ter caráter alucinógeno, a
semelhança das drogas?
E
a resposta quem vai dá é um especialista, o guru indiano Maharishi Nahesh Yogi,
morto em 2008, o inspirador de várias músicas dos Beatles quando era mestre
deles. Certo dia lhe perguntaram porque
ele não aderia ao uso de drogas, tipo LSD, como o fazia seus amigos Beatles,
com o objetivo de ficar “fora de si”, em êxtase, em estado de completa
alucinação. Respondeu ele, não sei se querendo esconder o fato de também usar
drogas, que sua música substitui a droga perfeitamente em trazer alucinação e
extasiamento às pessoas. Portanto, aquele tipo de música podia muito bem
substituir a droga. Aí está a explicação porque as mocinhas que ouviam os
Beatles ficavam tão alucinadas quando os viam nos palcos cantando suas canções.
É
verdade. A música pode não causar problemas de saúde tão graves como as drogas
alucinógenas, mas causa sérios transtornos psíquicos ao estimular os baixos
instintos. Quem ouve um trio elétrico e se extasia com aquelas músicas,
imediatamente passa a se comportar animalescamente, perdendo completamente o
auto-controle sobre si mesmo.
Existem
músicas que podem fazer a pessoa relaxar, nos causar bons efeitos se forem
acompanhadas de ordem, de harmonia, de sentido cultural, etc., Existem músicas
que convidam o homem á contemplação das coisas mais altas, elevando o espírito
humano, como o canto gregoriano, por exemplo. Estas não possuem caráter
alucinógeno, como as de carnaval, demasiadamente excitantes e provocantes dos
baixos instintos humanos. Esta última é uma música que gera impulsos
irrefletidos: pular sofregamente, dar murros, gritar, enfim, entrar em êxtase.
Daí
se conclui que ela tem o mesmo efeito alucinógena do que uma droga tipo
cocaína, crack ou LSD. Com a diferença
que é aceita pacificamente por toda a sociedade. Sem nenhuma censura.
Nenhum comentário:
Postar um comentário