Fala-se muito no Brasil sobre o legado que a
revolução militar de 1964 nos deixou. E a mídia só ressalta o lado negativo das
prisões ilegais, torturas e mortes ocorridas com os elementos da esquerda. Não
se fala do bom legado, qual seja, os enormes benefícios trazidos pela
moralização da chamada “coisa pública” e um grande desenvolvimento econômico
que marcou época. De outro lado, não falam do legado negativo deixado pelas
esquerdas. Um deles foi o incremento da violência urbana no Brasil. É a partir
do final da década de 60 que começam a surgir os assaltos a banco através do
famoso “Comando Vermelho”, uma facção criminosa criada pelas esquerdas que
lutava contra os militares na década de 60. Fundada e alimentada pela esquerda,
é hoje o modelo de inúmeras outras facções como o PCC em São Paulo. Atualmente,
dizem que o “Comando Vermelho” não faz mais um trabalho característico das
esquerdas, sendo apenas mais uma falange de bandidos que assaltam e se
organizam para incrementar o tráfico de drogas. É fato notório que há elementos
estrangeiros ligados ao socialismo internacional que despejam rios de dinheiro
nas facções criminosas brasileiras, ou com fins de alimentar o tráfico de
drogas ou então simplesmente para angariar recursos. Líderes políticos
comunistas mantêm ligações com todas estas organizações criminosas, e os
elementos da esquerda dita moderada não desconhecem esta realidade.
Apesar das esquerdas alimentarem as
quadrilhas de traficantes e de guerrilheiros na Colômbia, tanto com recursos
financeiros quanto com apoio moral, até hoje o governo brasileiro nunca fez uma
condenação oficial daquela guerrilha, dizendo descaradamente que não se trata
de terroristas mas de opositores ao governo em luta armada. E por que não
agiria também a esquerda para acobertar e promover o banditismo do “Comando
Vermelho” e congêneres do Rio? Mas,
afinal, que queriam (ou querem) as esquerdas para o Brasil? Queriam paz?
Queriam um país próspero e progressista, livre da miséria e da pobreza? Ora,
continua nos programas dos partidos de esquerda (sem nenhuma exceção) a busca
pelo que eles chamam de “socialismo”. Mesmo depois da falência da URSS, quando
se revelou para o mundo as falácias e mentiras sobre o socialismo, na verdade
uma fonte de miséria e de pobreza, os elementos das esquerdas brasileiras (e
com eles alguns outros da América Latina) continuam a apregoar este utópico
socialismo. Todos vêem claramente que o “socialismo bolivariano” de Hugo Chávez
está levando a Venezuela cada vez mais para a miséria e a desgraça. Mesmo
assim, o programa deles continua o mesmo: socialismo, “socialismo ou morte”. Se
a morte não vier por alguma bala, virá por inanição, tal a miséria em que o
mesmo deixará aquele povo...
Há uma outra coisa: foram as esquerdas que
inauguraram no Brasil a esperteza política, o chamado popularismo oportunista
em busca de votos, a demagogia para se promover aos cargos públicos. A
esquerda, hoje, não visa mais as guerrilhas urbanas porque já detêm o poder
através de seu principal partido. Não seria esta sua tática se estivessem na
oposição a um regime declaradamente anti-esquerdista (ou anti-socialista, dá no
mesmo). Mas seus filhos não abortados continuam vivos: os traficantes e as
quadrilhas de assaltos a mão armada que se espalharam pelo Brasil.
De outro lado, os principais dirigentes
esquerdistas são péssimos exemplos para nossa população. Os governantes de um
povo influenciam toda a sua população pela vida que levam. Se forem honestos,
vão ser exemplos de honestidade. Se tiverem boa moral, serão exemplos de
moralidade e de respeito. No nosso caso, o ex-presidente Lula está sendo
apontado como um exemplo de operário que progrediu e chegou ao poder máximo,
mas na realidade não é assim que o povo o vê. Vêem-no como um homem que soube
usar da esperteza para galgar seus postos, como um sujeito labioso que engana
facilmente seus ouvintes com palavras falaciosas e, sobretudo, como um homem
que não quis estudar, não se esforçou para angariar maior desenvolvimento
cultural e, mesmo assim, “passa a perna” em todo mundo.Ele não seria o modelo
da revolta máxima, que seria a reação armada. Este papel caberia a outro, como
a sua sucessora, um péssimo mau exemplo de quem pegou em armas contra as
autoridades a fim de querer fazer prevalecer suas idéias mirabolantes do
socialismo utópico. E mau exemplo também por defender o aborto e apoiar o seu
partido que quer descriminalizá-lo entre nós.
Este modelo talvez seja o que vai vigorar no
Brasil a partir da segunda década do milênio, já inaugurado com os ataques dos
bandidos no Rio no final do ano 2010. Ora, não somente estes bandidos sabem que
a autoridade principal de nosso país já executou ação armada, mas toda a
população que poderá ver a luta armada como uma coisa natural e conseqüência
pura e simples da busca de seus ideais. A população não somente sabe que a
presidente já pegou em armas, mas também que todos os seus correligionários que
o fizeram não só foram perdoados mas até indenizados com gordas verbas do atual
governo. E podem muito bem pensar: “se a gente aderir aos bandidos, quem sabe
amanhã alguma ONG de direitos humanos vai conseguir que a gente receba indenizações
com a morte ocorrida nas mãos dos policiais que nos combatem”. Enfim, o crime
foi banalizado também pela esquerda, e a bandidagem do Rio pode-se dizer que é
um dos filhos não abortados desta montanha vermelha, que apesar de quase morta
ainda fumega.
Há um outro fato não comentado, mas
clamoroso. Sempre que um governante de esquerda assume um governo a violência
aumenta. Foi assim com Brizola no Rio, ocasião em que os bicheiros e os
traficantes mais aumentaram de poder. Foi assim com o último governo da Bahia
(PT), que teve a criminalidade aumentada consideravelmente. Foi assim também em
Pernambuco, um dos estados mais violento do Brasil exatamente porque lá sempre
mandou o PT. Quais as razões disso? Primeira razão: os bandidos sentem que a
autoridade não tem pulso para combater a marginalidade quando a repressão é
feita com “excessos de cuidados” aos direitos humanos. E aí eles se aproveitam
para aumentar sua ação, que muitas vezes ficam impunes por causa desta política
acentuadamente humanitária para com bandidos de alta periculosidade. Segunda
razão: a corrupção política domina a administração pública e vai servir de mau
exemplo até mesmo para os cidadãos de bem. Talvez os escândalos impunes
ocorridos no governo Lula tenham influenciado mais a marginalidade do que as gordas
verbas mandadas pelas diversas máfias que alimentam as quadrilhas do Rio.
Existiria uma terceira razão, esta localizada em algumas cidades em que a
autoridade local fez alianças com bandidos. Mas aí não entra em destaque apenas
a ação da esquerda mas um conjunto de problemas morais da sociedade moderna. Se
alguém pensa que Dilma Rousseff não serviu de mau exemplo quando declarou
francamente a sua participação na luta armada, e sem demonstrar nenhum
arrependimento, até pelo contrário contando vantagens, olhe para o Rio de
Janeiro de hoje, parecendo que os bandidos estão sempre saudando-a com suas
ações assemelhadas ao que ela já praticou. Esperemos para ver se a presidente
vai querer tratar os bandidos do Rio da mesma forma que ela gostaria que fosse
tratada pelos militares quando foi presa a quarenta anos atrás.
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