Isso ocorreu
durante a História por várias vezes: o discípulo fazer mais obras do que o
mestre ou fundador. Moisés fez o mar se abrir e Josué fez um rio parar, as
muralhas de Jericó caírem e o sol parar no horizonte. Moisés venceu cerca de 7
reis, enquanto Josué venceu mais de 30! Eliseu fez milagres mais estupendos do
que Santo Elias, seu mestre. São Paulo fez mais do que São Pedro. São Francisco
Xavier mais do que Santo Inácio.
O próprio Nosso
Senhor Jesus Cristo disse que aquele que tivesse fé faria obras maiores do que
as que Ele fez. Ele ressuscitou Lázaro após poucos dias de morto, mas São Tiago
ressuscitou São Pedro de Rates vários anos após a morte deste. Baseado nesse
princípio, Monsenhor João Clá realizou mais obras do que o Sr. Dr. Plínio, e em
pouco menos do que 30 anos após a morte de seu mestre.
Segundo dados
publicados pela revista “Arautos do Evangelho”, edição especial de novembro de
2024, a ação apostólica de Monsenhor João Clá deixou-nos um lastro espantoso de
obras fenomenais. Além de ter fundado mosteiros, igrejas e entidades católicas
sacrais, realizou estudos importantes em várias universidades. “Aprofundou seus
estudos teológicos com renomados catedráticos” de destaque, sendo que, de
alguns, publicou pequenas biografias em inglês e espanhol. “No desenvolvimento
de seus estudos acadêmicos obteve láureas em diversas universidades: Bacharel em
Teologia pelo Centro Universitário Ítalo-Brasileiro, de São Paulo; Licenciado
em Humanidades pela Pontifícia Universidade Católica Madre y Mestra, da
República Dominicana; Mestre em Psicologia pela Universidade Católica da
Colômbia; Doutor em Direito Canônico pela Pontifícia Universidade São Tomás de
Aquino – “Angelicum”, de Roma; Doutor em Teologia pela Universidade Pontifícia
Bolivariana”
Também destacou-se
como grande escritor, sendo autor de quase 30 obras, com milhões de exemplares
vendidos. Alguém pode indagar como alguém pode publicar tantos livros somente
em seu nome, não indicando em suas obras os que colaboraram nelas. Essa questão
eu já levantei com relação a autores antigos: como é que grandes escritores do
passado, como Santo Agostinho, São Tomás, ou até mesmo aqueles oradores famosos
tipo Cícero etc., publicaram tantas obras se naqueles tempos não havia recursos
que facilitassem tal trabalho? A resposta veio através de um estudioso (não
lembro agora o nome) que levantou essa questão a respeito de Santo Agostinho:
publicou dezenas de grandes obras, alcançando em edições modernas milhares de
exemplares numa época em que se escrevia com penas de aves ou através lapidação
em pedras. Segundo aquele estudioso, Santo Agostinho dispunha de mais de 40 copistas,
para os quais ele ditava seus pensamentos para os mesmos escrever, ou em pedras
ou papiros, não me lembro. Não, não era necessário que tais colaboradores
aparecessem em seus livros. Da mesma forma, tanto o Sr. Dr. Plínio quanto o
Monsenhor João dispunham de dezenas de colaboradores, munidos dos melhores
recursos modernos, como computadores, etc., facilitando digitação e compilação
de tais textos para publicação. Eles apenas coordenavam e conferiam a
excelência de tal trabalho. Aquilo era fruto de uma liderança natural nos
grupos católicos que fundaram, hoje todos debaixo da ordem dos Arautos do
Evangelho.
Relação das obras de Monsenhor João
Clá já publicadas:
1. Organizador
de Reflexões e exemplos de Santos, oportunos para nossos dias (1984);
2. Fr. Santiago
Ramírez, OP. A Champion of the Angelic Doctor Advances His Work (1984);
3. Fr. Cabreros de
Anta. CMF. A Firm Pillar of Canon Law in Our Century (1986);
4. Cardinal Sticker:
Salesian Erudite and Librarian of the Holy Catholic Church (1987);
5. Antonio Royo Marin,
OP. A Master on the Spiritual Life, a Brilliant Preacher and a Famous Writer
(1987);
6. Organizador
de Como Ruiu a Cristandade Medieval? Humanismo, Renascença e protestantismo (Edições
Brasil de Amanhã - 1992);
7. Mãe do Bom
Conselho (Edições Brasil de Amanhã – prefácio de Plínio Corrêa de Oliveira -
1992-2016);
8. Organizador
de Despreocupados... rumo à guilhotina. A autodemolição do Ancien Régime (1993);
9. Victorino Rodriguez
y Rodriguez, OP. A Star of Thomism Shines on Catholic Culture Amid the Store of
the Contemporary Crisit (1995);
10. Dona Lucília (1995-2013);
11. Pequeno Ofício da
Imaculada Conceição comentado (1997-2010 – Associação Católica
Nossa Senhora de Fátima – Instituto Lumen Sapientiae), em dois volumes;
12. Fátima, Aurora do
terceiro milênio (1998-2007);
13. Rosário, escudo e
força dos católicos (1999);
14. Jacinta e
Francisco, prediletos de Maria (2000);
15. Orações do dia a
dia (2001);
16. Sagrado Coração de
Jesus, tesouro de bondade e amor (2002);
17. Via-Sacra (2002);
18. Os mistérios
luminosos do Rosário (2003);
19. A medalha
milagrosa. História e celestiais promessas (2003);
20. Rosário, oração de
paz (2003);
21. Uma hora no pudiste
velar conmigo? Reflexiones para el tiempo cuaresmal (2010);
22. O inédito sobre os
Evangelhos. Comentários sobre os Evangelhos dominicais (2012-2014 –
Libreria Editrice Vaticana, Citá del Vaticano – Instituto Lumen Sapientiae),
coleção em sete volumes;
23. O dom da sabedoria
na mente, vida e obra de Plínio Corrêa de Oliveira (Libreria Ediitrice
Vaticana, Citá del Vaticano – Instituto Lumen Sapientiae, São Paulo - 2016),
coleção em cinco volumes;
24. Por fim, o meu
Imaculado Coração triunfará (2017);
25. Plínio Corrêa de
Oliveira. Um profeta para os nossos dias (Instituto Lumen
Sapientiea – Arautos do Evangelho - 2017);
26. São José: quem o
conhece? (Instituto Lumen Sapientiae – Arautos do Evangelho - 2017);
27. Maria Santíssima! O Paraíso de
Deus revelado aos homens (Associação Brasileira Arautos do Evangelho -
2019-2010), coleção em três volumes.
28. Organizador e
prefácio de “Opera Omnia – PLÍNIO CORRÊA DE OLIVEIRA” – (Editora
Retornarei, 2008), já prontos 3 volumes e em fase de conclusão os demais.
29. Organizador e
apresentador de “Notas Autobiográficas PLÍNIO CORRÊA DE OLIVEIRA” (Editora
Retornarei, 2008), já prontos 4 volumes e em fase de conclusão os demais.
Sua ação
apostólica teve salutar acolhida em várias partes do mundo. “Foi condecorado em
diversos países por sua atividade evangelizadora, cultural, científica e até
mesmo militar”. Recebeu a medalha Marechal Hermes dada pelo 2º Batalhão de
Polícia do Exército Brasileiro e o diploma de “Amigo do Regimento Raposo
Tavares. A Assembleia Legislativa de São Paulo lhe concedeu o “Colar de Honra
ao Mérito” e da Câmara Municipal da capital a “Medalha Anchieta”. Da Assembleia
Legislativa do Rio de Janeiro recebeu a ‘Medalha Tiradentes". “Entre as
distinções acadêmicas, contam-se a elevação a membro da Sociedade Internacional
Tomás de Aquino, na Espanha, e da Academia de Ciências do México, como também o
prêmio PROIN e o título de Doutor Honoris Causa, concedido pelo Centro
Universitário Ítalo-Brasileiro”
“No campo
eclesiástico, foi eleito membro efetivo da Pontifícia Academia da Imaculada, da
Cidade Eterna, e da Academia Marial de Aparecida, no Brasil. Bento XVI o nomeou
Cônego Honorário da Basílica Papal de Santa Maria Maior, em Roma, e Pronotário
Apostólico, assim como lhe conferiu a medalha “Pro Ecclesia Pontifice”, como
reconhecimento por sua obra em prol da Santa Igreja Católica” [1]
Sua maior ação,
porém, foi disseminar cada vez mais pelo mundo as famílias de almas que giravam
em torno da vocação do Sr. Dr. Plínio. Assim, fundou três institutos de Direito
Pontifício: Arautos do Evangelho, Sociedade Clerical de Vida Apostólica Virgo
Flos Carmeli (ramo sacerdotal dos Arautos), Sociedade Feminina de Vida
Apostólica Virgina Virginum (ramo das religiosas professas dos Arautos),
Instituto Filosófico-Teológico Santa Escolástica, entre os quais foram
organizados mais de 50 corais espalhados pelo mundo nos quase 80 países onde
atuam. Para dar maior formação religiosa aos seus membros fundou em São Paulo o
Instituto Teológico São Tomás de Aquino e o Instituto Filosófico
Aristotélico-Tomista. De outro lado, sob sua orientação também foram fundadas
várias escolas de níveis primários e médio, onde a primazia do ensino se baseia
na disciplina e no ensino da Doutrina Católica.
Para divulgar sua
obra entre a população fundou as revistas “Arautos do Evangelho” e “Dr.
Plínio”, além da revista acadêmica “Lumen Veritatis”, cujas edições somam mais
de um milhão de exemplares por mês. Faz parte também dessa divulgação das
doutrinas e princípios os vários canais que atuam na Internet, levando a
Contra-Revolução aos corações e aos lares mais distantes. Somados todos estes
canais espalhados pelo mundo ascendem a milhões a quantidade de acessos
diários.
De outro lado, com
seu apostolado foram e estão sendo construídos vários mosteiros, basílicas e
capelas, com estilos góticos de algo nível, como, por exemplo, o complexo da
casa de formação Thabor, em Caieiras (SP), junto à Basílica de Nossa Senhora do
Rosário; a Igreja de Nossa Senhora de Fátima, em Tocancipa (Colômbia); Basílica
de Nossa Senhora do Rosário, em Cotia (SP); mosteiro das freiras dos Arautos,
denominado Casa Monte Carmelo, em Caieiras (SP); Casa Lumen Prophetae, em
Franco da Rocha (SP); Oratório de Nossa Senhora da Reconquista, em Medelin
(Colômbia). Outras obras de grande destaque pela beleza artística e
espíritos de piedade estão sendo construídas, como no Paraguai e até na África.
Também no restante do Brasil, como a capela de São Salvador, na capital baiana
e em outras capitais. Para a realização de tão importantes templos sagrados, os
Arautos do Evangelho possuem grupos especializados de artistas, os quais se
dedicam tempo integral à sua vocação por amor a Deus e à causa católica.
Destacam-se, entre eles, excelentes pintores, escultores, decoradores,
arquitetos, músicos (muitos são até compositores, embora anônimos por vocação).
O lema é aquele dito pelo Papa João Paulo II: a beleza pode salvar o mundo.
Que outro discípulo
de Dr. Plínio realizou algo parecido com isso? Destaca-se entre os
tais “provectos” algum seguidor fiel do nosso Fundador que tenha pelo menos
dado continuidade ao que ele realizava?
Só lhes resta uma
saída: batam no peito, reconheçam seus erros e peçam perdão. Somente assim
conseguirão o milagre estupendo desta fumaça voltar a ser fogo, e um fogo
santo, bendito, sagrado, e não um fogo maldito.
VEJA TAMBÉM: https://quodlibeta.blogspot.com/2025/11/as-punhaladas-num-fundador.html
[1] Todos
estes dados foram extraídos da revista “Arautos do Evangelho’, edição extra de
novembro de 2024.

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