Quando eu
andava errante pelo mundo
Como um
filho pródigo sem destino,
Entrei numa
igreja pra lá rezar
Mas sem um
arrependimento genuíno
Sabia que
ali estava o Sacramento,
Que é o meu
Deus, Jesus Consagrado,
Naquelas
hóstias havia Corpo e Alma
De Quem
morreu por mim crucificado
Cabisbaixo,
mãos no rosto, rezei
Sentindo
algo chamar-me a atenção:
Era a figura
de Jesus no altar
Mostrando
Seu Sagrado Coração
Olhei para
aquela figura triste
Com o rosto fixo em meu interior;
Mirando seus olhos tão lacrimosos
Fiquei espantado, senti pavor...
De repente, vi-me ali por inteiro
Refletido naquele doce olhar,
Tornando-se Ele naquele instante
Severíssimo e duro a me julgar
Não suportando eu tanta censura,
Baixei a vista triste e envergonhado:
Tanto pecado Ele recriminava
Que senti-me um eterno condenado!
Uma intensa luz antevi brilhando
Sob Seu rosto, acima de Sua mão;
Estava esta
com o dedo apontando
A mostrar Seu bondoso coração
Levantei o rosto pra contemplá-Lo
Cercado de espinhos, sangue correndo;
Senti que por causa de meus pecados
Seu Coração estava me oferecendo
Um fogo ardente, de grande fulgor
Saía do Coração esplendoroso!
Para Ele, então, pude olhar tranqüilo
Em busca do Seu perdão amoroso
Vendo tanta bondade refletida
Naquele Coração tão sofredor
Confiei em alcançar d’Ele o perdão
E deixar de ser um vil pecador!
Levantei mais um pouquinho os meus olhos
Pra fixar-me de novo em seu olhar:
Não havia censura, nem tristeza
Mas doce sorriso a me confortar.
Se na Esperança vive o pecador
De alcançar de Jesus o Seu perdão:
Procure amparo com todo fervor
Em Seu terno e Sagrado Coração.
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