Bênçãos e maldições
Moisés lançou sobre seu povo.
O mundo moderno não
estaria sujeito às mesmas bênçãos e maldições, sendo que estas últimas em grau
muito maior?
Assim falou Moisés:
“Eis que eu ponho hoje diante dos vossos olhos a bênção e a maldição; a bênção
se obedecerdes aos mandamentos do Senhor vosso Deus, que hoje vos prescrevo; a
maldição, se não obedecerdes aos mandamentos do Senhor vosso Deus, mas vos
apartardes do caminho que eu hoje vos mostro, e fordes após os deuses
estranhos, que não conheceis” (Deut 11) .
Em seguida explica que a bênção seria dada do alto do monte Garizin e a
maldição virá do monte Hebal.
A fim de que bênçãos
e maldições só recaíssem sobre aqueles que realmente as merecesse, em seguida
mandou separar o povo em dois grupos, de um lado os que mereceriam ser
abençoados e do outro os que deveriam ser amaldiçoados. Reuniu sobre o monte de Garizin, após passarem o Rio Jordão,
a metade dos patriarcas das tribos de Israel, Simeão, Levi, Judá, Issacar, José
e Benjamin e lhes ordenou que dessem ao povo reunido as bênçãos que ele estava
mandando. E sobre o monte Hebal mandou reunir os patriarcas restantes das tribos
Rúben, Gad, Aser, Zabulão, Dan e Neftali a fim de deitarem as maldições que ele
lhes ditara.
E hoje, onde reuniria
ele dois grupos, a fim de serem, separadamente, abençoados e amaldiçoados?
Quais são os que, atualmente, merecem ser abençoados? E quais o que devem ser
amaldiçoados? Talvez não seja difícil fazer a separação, dada a radicalização cada
vez maior, ou pelo bem, ou pelo mal, existente no mundo moderno.
Segue Moisés: “E os
levitas pronunciarão e dirão em alta voz a todos os homens de Israel:
- Maldito o homem que
faz imagem de escultura ou fundida, etc.” (Deut. 27, 11-15).
Se Moisés fosse vivo,
diria hoje: maldito o homem que idolatra objetos, animais e pessoas, dando
culto ao secundário e desprezando o verdadeiro Deus. Hoje não existe mais
aquela idolatria antiga, onde se cultuava objetos de pedra ou madeira. Mas há
outras idolatrias. E neste grupo
estariam incluídos milhões de pessoas que idolatram artistas, cantores,
jogadores de futebol, políticos, etc
E seguem-se outras
maldições: maldito o que não honra o seu pai, maldito o que transpõe os marcos
do seu próximo, maldito o que perverte a justiça, etc. etc. E hoje, quantos
ainda honram seu pai, quantos amam o seu próximo, quantos respeitam a justiça?
Estas maldições são
como que um preâmbulo das que viriam depois. É verdade que antes Moisés manda
algumas bênçãos:
“Ora se tu ouvires a
voz do Senhor, teu Deus, pondo em prática e observando todos os seus
mandamentos, que eu hoje te prescrevo, o Senhor teu Deus te exaltará sobre
todas as nações que há na terra. Todas estas bênçãos virão sobre ti e te
alcançarão, contanto que ouças os teus preceitos. Serás bendito na cidade e
bendito no campo. Será bendito o fruto do teu ventre, etc.”. Em seguida estão
abençoados os frutos da terra, dos animais, os celeiros e tudo o que pertence
ao homem que cumpre a Lei de Deus. Assim como naqueles tempos, seriam
abençoados hoje aqueles que seguissem verdadeira a Lei de Deus, em local
separado de onde recaíssem as maldições.
Estas bênçãos, porém,
ocupam menos espaço nas Sagradas Escrituras do que as maldições, as quais vêm
logo a seguir:
“Porém, se tu não
quiseres ouvir a voz do Senhor, teu Deus, para observar e por em prática
todos os seus mandamentos e cerimônias, que hoje te prescrevo, virão sobre
ti todas estas maldições e te alcançarão. Serás maldito na cidade, maldito no
campo. Maldito o teu celeiro e malditas as tuas obras. Maldito o fruto do teu
ventre, o fruto da tua terra, as manadas dos teus bois e os rebanhos das tuas
ovelhas. Serás maldito ao entrar e maldito ao sair.” Ah, e hoje? Quem mora na
cidade ou no campo que pratica os mandamentos divinos? De tal modo afronta a
Deus que só merecem a maldição sobre os filhos (frutos do ventre) e sobre o que
produz a terra (os frutos) e os animais que o homem cria. “Maldito ao entrar e
ao sair”, isto é, em todo lugar que entra e sai o homem de hoje, mais ainda,
mau como é, só encontra maldições por causa de suas obras.
Mas Moisés não se
circunscreve ao genérico e passa a entrar em detalhes: “O Senhor mandará sobre
ti a fome e carestia, a maldição sobre todas as obras que fizeres... O Senhor te pegue a peste... O Senhor te fira
com a pobreza, com febre e com frio, com calor e secura, com ar corrompido e
com ferrugem...”. E como tais maldições se parecem com os castigos previstos
nas profecias sobre os dias atuais: fome, carestia, pestes, pobreza, doenças e
desastres da natureza.
Até agora as
maldições caem sobre aquilo que cerca o homem, mas aí vem coisa pior, as
maldições sobre coisas remotas ou que não afetam diretamente a pessoa, mas lhe
dizem respeito indiretamente: “O céu, que está por cima de ti, seja de bronze,
e a terra, que pisas, seja de ferro. Em lugar de chuva mande o Senhor sobre a
tua terra areia, e do céu caia cinza sobre ti... O Senhor te faça cair diante
de teus inimigos...” As maldições caem sobre tais homens até depois de
mortos: “Sirva o teu cadáver de pasto a
todas as aves do céu e às feras da terra, e não haja quem as afugente”. Como
hoje tais maldições recaem sobre o homem de uma forma mais violenta, temos que
admitir que vai chover fogo do céu, vai parar de chover por algum tempo
provocando secas e fome, as guerras farão com que muitos “caiam nas mãos de
seus inimigos”, e tais maldições cairão nos homens até depois de mortos, pois
consta nas profecias sobre os castigos atuais que haverão tantos cadáveres
insepultos espalhados pela terra que causarão pavor, não havendo quem consiga
afugentas as aves que os estarão devorando.
“O Senhor te castigue
com a úlcera do Egito, e (fira) de sarna e de comichão aquela parte de teu
corpo por onde se lançam os excrementos, de sorte que não possas curar-te”. Oh!
Meu Deus! E quantas e quantas doenças atuais se parecem, ou são até pior, do
que estas descritas por Moisés. Úlceras e sarnas são pequenas em comparação com
AIDS e outras mazelas modernas. E sem curas.
“O Senhor te fira de
loucura, de cegueira e de frenesi, de sorte que andes às apalpadelas ao
meio-dia como um cego... E em todo o tempo sejas vítima de calúnias... Recebas uma mulher, e outro durma com ela...
Plantes uma vinha e outra a vidime. O teu boi seja imolado diante de ti e não
comas dele...” Sim, ele fala de coisas
daqueles tempos, mas podemos muito bem considerar que algo parecido possa
ocorrer nos dias de hoje, como loucura, cegueira e frenesi: basta que olhemos
na quantidade enorme de gente que anda pelas ruas, de celulares nas mãos, às
tontas, tropeçando, caindo ou até sendo acidentados, muitos atacados de loucura
e frenesi.
Em seguida vêm as maldições
sobre a família e os bens: “Os teus filhos e as tuas filhas sejam entregues a
outro povo, e vejam-no os teus olhos, e desfaleçam de os ver todo o dia, e não
haja força na tua mão. Os frutos da tua terra, e todos os teus trabalhos
coma-os um povo que tu não conheces, e sejas sempre vítima da calúnia e
oprimido todos os dias... O Senhor te
fira com a chaga maligna nos joelhos e nas pernas, e não possas ser curado
desde a planta do pé até ao alto da cabeça”.
Que dizer das inúmeras pessoas que são traficadas, escravizadas e
levadas por outras nas guerras modernas? Será que a Europa, brevemente, estará
livre disso com a tão propalada invasão muçulmana?
As maldições
continuam a atingir o rei que governa tal povo, as plantas, as colheitas,
filhos e filhas, etc. Estas maldições virão até que o povo seja destruído
completamente, até a dispersão. A razão: “porque não ouvistes a voz do Senhor,
teu Deus, nem observastes os teus mandamentos nem as cerimônias que
ele te prescreveu. Quer dizer, falando-se em tempos modernos, dairão
maldições terríveis sobre os governantes atuais. E “várias nações serão
aniquiladas”, conforme avisou Nossa Senhora em Fátima, como fruto de maldições
que cairão sobre elas.
A seguir Moisés passa
a profetizar o que viria a ocorrer de futuro com o povo hebreu: “Haverá
perpetuamente em ti e na tua posteridade sinais e prodígios; porque não
servistes ao Senhor, teu Deus, com gosto e alegria de coração, por causa da
abundância de todas as coisas” (Deut 28, 1-46).
Por causa disso, aquele povo não seria mais superior aos outros, mas
seria escravizado e dominado por estrangeiros, etc. Estas maldições permanecem até o momento,
pois o povo hebreu perdeu toda e qualquer hegemonia sobre as demais nações,
sendo aplicável isso ao mundo hoje com relação aos grupos e políticos que
governam contra as leis divinas: nunca mais conseguirão exercer qualquer
hegemonia ou domínio sobre os demais, embora hoje tenham qualidades superiores,
como o Europeu, por exemplo.
Estão próximos, pois,
os dias em que Deus mandará separar os homens em dois grupos: num local ficarão
aqueles destinados às suas bênçãos e num outro suas maldições. Feitas em
separado, ocorrerão fatos que comprovarão seus efeitos sobre uns e sobre
outros: será que os Santos Anjos não separarão os homens maus dos bons a fim de
que se possam efetuar tais bênçãos e maldições?
Aqueles que forem
abençoados construirão depois o Reino de Cristo, sob a denominação de Reino de
Maria, e os que forem amaldiçoados serão destruídos com tudo o que lhes
acompanham. Para sempre. Ou até o fim dos tempos.
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