terça-feira, 25 de junho de 2013

Por uma reforma moral


(A análise imparcial dos males da atual Constituição, feita por Dr. Plinio, caiu no ostracismo)

Discute-se a prerrogativa de um plebiscito com o objetivo de uma “reforma política”. Precisamos, realmente, de uma reforma política ou de uma “reforma moral?”

Alguns anos atrás, numa conferência para familiares de seus seguidores em São Paulo, Dr. Plínio foi solicitado a dar uma sugestão para melhorar a situação do Brasil. Como hoje, várias perguntas eram feitas naquela época: o que fazer para diminuir a criminalidade? O que fazer para melhorar a moralidade pública? O que fazer, ou que lei deve ser aprovada, para fazer o Brasil sair deste caos e seguir seu rumo histórico de forma pacífica?

Para responder a tantas perguntas foi necessária uma só resposta, dada naquela época por Dr. Plínio:

- Na situação em que nos encontramos, nenhuma lei ou medida mudará o rumo do país. Uma lei só é necessária: que se cumpram os 10 de mandamentos da Lei de Deus e tudo o mais virá por acréscimo.

Isto é, se os políticos cumprirem os mandamentos divinos serão seguidos pela população; ou então, se a população em peso seguir tais mandamentos, os políticos, forçosamente, também o farão. Não há outra saída. A solução para todos é tornar-se verdadeiro cristão. As outras leis serão decorrentes do cumprimento da Lei de Deus. Se todos cumprissem os mandamentos divinos não haveriam corruptos, nem entre os políticos, nem entre a própria população; não haveria tantas violências e injustiças.

Falamos de reforma moral em vez de reforma política. Mas, um governo pode pleitear perante a população uma “reforma moral?” Pode. Nem tudo aquilo que um governante faz é baseado nas letras da Constituição. Há discursos sobre tantas coisas, sobre problemas nacionais os mais diversos, sem que estejam previstos na Constituição. Então, por exemplo, a convocação de uma cruzada por uma reforma moral pode ser feita por qualquer cidadão investido de qualquer cargo político. E, com certeza, seria bem aceita pela população. Seria como convocar todos para alfabetizar os ignorantes.

Mas, perdendo tempo em discussões inúteis e inócuas, a mídia convoca diariamente os melhores juristas para saber se é legítima a convocação de um plebiscito para a propalada “reforma política”. Se tais juristas, em sua maioria, cumprissem antes de tudo os preceitos morais, não haveria a menor dúvida entre eles do caminho a seguir. Pois a lei existe em função de regras morais vividas pela sociedade; estas regras estão na base de tudo, sem elas nem existiria a nação.

No entanto, a Suprema Corte decide não em função das leis morais, mas da letra escrita na constituição; e, às vezes, até mesmo para atender pressões internacionais. E assim, aprovaram aberrações imorais como o casamento homossexual e a expulsão de populações pacíficas e trabalhadores de terras tidas como “indígenas”, experiências com embriões humanos, libertação de criminosos, etc. Há mais, mas citei apenas algumas das aberrações que o STF,tem aprovado nos últimos anos. Tudo isso para fazer eco a alguns ávidos por mudanças que não são, nem de longe, os anseios de nosso povo. Há suspeitas fundadas de que todas essas medidas foram aprovadas sob pressão da própria ONU, o órgão que mais promove o aborto, o casamento homossexual e tantas aberrações morais que campeiam no mundo de hoje.

Os últimos protestos se dirigem também contra uma organização internacional, a FIFA, por querer mandar no Brasil, mas não se fala contra a ONU, uma organização espúria que tem feito tanto mal ao nosso país com imposição de medidas legais que ferem profundamente o sentimento cristão de nosso povo. Por que os protestos não falam contra o aborto? Porque essa minoria que protesta também é destituída de sentimentos morais, nem se sabe exatamente o que eles representam ou o que querem.

Os princípios morais de uma “reforma política”

Em primeiro lugar temos que analisar onde se encontra a legitimidade do poder político. Eis algumas análises, sob o ponto de vista moral:

1. O povo pode escolher um político numa eleição, nomeia-o, aclama-o, mas não é quem lhe confere os poderes próprios ao cargo, como o de legislar ou de aplicar as leis: isso cabe à “carta magna” elaborada por uma elite de notáveis;.

2. O poder político só pode ser tirado por uma comissão de notáveis que tenha recebido tal prerrogativa (no mundo moderno, pelos deputados eleitos pelo povo). Isto é, pode eleger e colocar o político no cargo, mas na hora de tirá-lo só quem pode fazê-lo são seus pares políticos. É verdade que os que “cassam” mandatos políticos receberam do povo uma procuração para fazê-lo, mas aí temos dois pesos e duas medidas: para colocar o sujeito no cargo a eleição é feita pelo povo, mas para tirá-lo não é o povo que decide. Não seria justo que houvesse também uma “deseleição” para tirar o sujeito do cargo se este não cumprir o que lhe exigia o mandato? Esta idéia tão propalada de que a simples eleição criteriosa vai moralizar a vida pública não funciona, pois ela vem sendo pregada a tantos anos e não se vê o seu resultado prático.

3. A nossa Constituição não foi fruto dos anseios de nosso povo, mas de conciliábulos de uma minoria. Não há qualquer autenticidade de suas deliberações, porquanto muitas delas são contrárias aos sentimentos morais da nação. É por isso que causa até hoje tanta confusão. Há uma grande quantidade de artigos que estão indefinidos, a espera de que os políticos o façam; enquanto outros foram definidos de forma açodada e errada. Uma delas é a definição de família, tida como um simples ajuntamento de duas pessoas ou mais, quando, no senso moral de nossa população família é fruto de um casamento entre homem e mulher com seus respectivos filhos.

Uma boa lição de moral dos políticos para o povo brasileiro era se todos renunciassem a seus cargos e os pusessem a disposição; ou então se aceitassem pacificamente o fim dos partidos políticos, tidos como meros antros de formação de quadrilhas, e criassem um sistema de representação política através das classe sociais. Talvez fosse uma reforma revolucionária e única no mundo, uma lição para os políticos de outros países que sofrem os mesmos problemas de representatividade. Mas, não seria uma verdadeira reforma que atenderia os anseios de nossa população?

Que tipo de reforma vai ser submetida à apreciação do povo? Aquela que os anseios e necessidade de ordem e paz da população ou, mais uma vez, apenas para atender aos interesses dos grupos partidários?
Parece que a presidente perdeu uma boa oportunidade de manter alta sua popularidade, aliás, toda ela baseada em meras medidas demagógicas de assistencialismo social.

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