terça-feira, 24 de setembro de 2024

UM PEDIATRA PREVÊ NO FUTURO UMA ONDA DE SUICÍDIOS DEVIDO À OFENSIVA TRANS ENTRE CRIANÇAS

 


A ofensiva Transgênero que está ocorrendo em todo o mundo ocidental através de leis promovidas pelo lobby LGBT alegam estar protegendo os menores, mesmo retirando o poder aos pais para decidir. Para isso, esses regulamentos permitem tratamentos hormonais e bloqueadores da puberdade para menores que alegam ser trans.

No entanto, os políticos que estão legislando não alegam mais nada além daquilo que os promotores das próprios leis, ignorando os avisos que têm sido dado por muitos médicos sobre o perigo de dar a estas crianças hormônios dinâmicos com disfunção de gênero.

Augura uma "onda de suicídios"

Este é o caso do endocrinologista infantil americano Quentin Van Meter. São os médicos desta especialidade que têm de prescrever tratamentos hormonais, mas, no entanto, este médico prevê uma "onda de suicídios" no futuro entre as crianças que agora têm reclamado como transexuais e ofereceram todos estes tratamentos.

Dr. Van Meter compara a situação atual com a experiência que o Dr. John Money, inventor da ideologia de gênero, fez com dois bebês gêmeos, Bruce e Brian Reimer, que ele usou como cobaias humanas e terminou com o suicídio de ambos .

Ele considera que a "terrível tragédia" desses gêmeos, um dos quais foi mutilados, pode ser repetido com essa onda de médicos que "cegamente" estão prescrevendo bloqueadores de puberdade e cirurgias de redesignação sexual para crianças com disforia.

Um estado normal de saúde?

Dr. Van Meter diz que os médicos de quase 50 tipos de clínicas nos Estados Unidos que tratam de crianças com disforia de gênero, consultam o “transgenderism” como uma "saúde normal" que pode ser tratada com terapias hormonais ou cirúrgicas, ignorando a puberdade.

Lembre-se também que na Austrália, as crianças não precisam mais pedir a um juiz para se submeter à terapia hormonal. A criança mais jovem que acessou os bloqueadores da puberdade na Austrália tinha 10 anos de idade. Na sua opinião, muitas clínicas de gênero nos EUA trabalham com crianças que estão em risco de cometer suicídio por causa de problemas psicológicos profundos que surgem como disforia de gênero.

Em sua carreira, ele tem lidado com crianças e jovens com conflitos com a sua identidade sexual e está convencido de que as crianças precisam de contínuo aconselhamento intensivo em vez de terapias hormonais nocivas. "Eu não vi nenhum paciente transgênero que não tivesse uma quantidade significativa de problemas psicológicos ocultos".

Os estudos do psicólogo Zucker

Este endócrino recomenda mais estudos como o que levou em Toronto o psicólogo Kenneth Zucker, que tratou crianças com disforia de gênero por mais de 20 anos e descobriu que a grande maioria foi capaz de "curar" as feridas psicológicas.

Traduzido em números: apenas dois por cento dos meninos e 10 por cento das meninas persistiram em sua condição transgênero após as consultas.

Mas o aviso de que isto endócrino é que agora "estamos empurrando para ser 100 por cento das crianças, não dois ou dez por cento, e que veremos em vinte ou trinta anos a partir de agora é uma onda de suicídios que nunca experimentamos ".

Os riscos dos tratamentos hormonais

Dr. Van Meter lembra que as crianças que tomam esses tipos de hormônios são propensas a doença tromboembólica, acidente vascular cerebral, doenças cardíacas e até mesmo alguns tipos de câncer relacionado com as hormonais que são introduzidas no corpo. 

Esse médico esclareceu que esse não era o dever de cuidado que os pediatras tinham quando realizavam seus estudos médicos. "Você transforma a criança em um adulto que está doente pelo resto de sua vida", disse Van Meter.

"As pessoas da ciência, devem abrir os olhos e basta olhar: Este é um conjunto de padrões que não se aplica a outra ciência médica", alerta o médico, que denuncia a quantidade de meninos que terão grandes alterações físicas.

"Dói meu coração ver que isso acontece, não posso calar a boca", diz ele.

(Transcrito e traduzido de: https://www.religionenlibertad.com/polemicas/990231157/Un-pediatra-augura-en-el-futuro-una-Aoleada-de-suicidiosA-debido-a-la-ofensiva-trans-entre-los-ninos.html)

sexta-feira, 20 de setembro de 2024

GUERRA NUCLEAR OU NOVA ORDEM MUNDIAL



Para tratar de assunto tão candente não é necessário ser especialista, como ocorre normalmente na mídia ao ouvir certas vozes sobre temas atuais. Basta ter bom senso, e vai ser usando o mesmo que vou tecer alguns comentários sobre o tema acima, pois o bom senso é um dom acessível a todos, especialistas ou não.

Durante o governo de Ronald Reagan, se não me engano, houve uma controvérsia sobre perigo da guerra nuclear e um oficial de alta patente americano teceu alguns comentários muito oportunos sobre o tema. Dizia aquela autoridade que nenhum país lucra com uma guerra atômica, pois, mesmo vencendo, só vai conquistar ruínas, um país destruído. Qual a vantagem em detonar uma guerra deste tipo? Nenhuma; pois, como bem frisou o militar, mesmo para quem vence tal guerra não é nenhuma vantagem conquistar ruínas, um país destruído. 

Detonar a guerra, não, mas fazer ameaças de que vai usá-la contra o adversário é uma arma de propaganda psicológica muito mais eficaz. A mídia chegou a denominar tal estratégia de  “Psy war”.  Quer dizer, perante o perigo de tão terrível hecatombe há grande possibilidades do inimigo ceder em alguns pontos da política internacional apenas perante a ameaça da guerra. Somente do ponto de vista psicológico a guerra atômica pode ser de grande vantagem, para amedrontar e ganhar terreno no plano ideológico, mas não na estratégia militar de conquista de território.

Estamos agora perante outra ameaça da guerra nuclear,  com a Rússia falando claramente sobre o perigo da mesma. A Rússia não possui recursos tecnológicos para enfrentar as grandes potências mundiais. Nem um carro ela foi capaz de produzir com boa tecnologia e ganhar o mercado. Nessa atual guerra de invasão da Ucrânia o que se viu foi um desastre desta inoperância tecnológica: vários tanques de guerra ficaram no caminho por defeitos técnicos e outros insucessos nas operações militares por causa de falhas tecnológicas. Sendo assim, é possível que ao ser acionado o botão da bomba por Moscou a mesma nem decole e exploda em sua própria base de lançamento. 

O discurso da guerra atômica não passa, portanto, de um blefe do Putin. Espera que com o pânico da guerra o inimigo ceda em vários aspectos da política e eles assim predominem sem grandes esforços. 

Há outra questão. Trata-se das elites que propagam a chamada “Nova Ordem Mundial”, a qual pode usar o terror causado pela ameaça da guerra apenas para fazer prevalecer os princípios desta “nova ordem”, que não tem nada de ordem, mas de pura desordem e caos. Eles podem até explodir uma bomba em determinada cidade, mas se tiverem preparado de antemão um teatro dantesco para causar pânico em todo o mundo. E após tal catástrofe estaria preparado em toda a terra o clima favorável à propagação das ideias, por exemplo, de uma sociedade tribal, fazendo com que multidões deixem as cidades e emigrem para as matas. Estamos apenas no terreno das hipóteses, pois, por enquanto, não há notícias sobre a existência de um palco mais visível desse teatro a não ser a guerra contra a Ucrãnia.

O que poderá acontecer? Santa Bernardete Suobirous deixou uma carta em que fala sobre algumas previsões proféticas para o nosso tempo. Numa dessas previsões ela diz que vai explodir uma grande bomba numa cidade do oriente (não diz o nome da cidade), matando cerca de 5 milhões de pessoas. Ela não diz que vai haver uma guerra assim, mas apenas a explosão de uma bomba. Quer dizer, o plano pode ser explodir uma bomba atômica numa única cidade para alarmar o mundo e trazer trágicas consequências para a humanidade, a mais importante para eles a aceitação da NOM em toda a terra. 

Veremos brevemente se, realmente, usarão de tais planos. E não demorarão muito, pois dizem que os planos para implantar essa denominada “nova ordem” em todo o mundo tem um prazo: será no ano 2030.


ESTAMOS NOS PROLEGÔMENOS DE UMA GUERRA ATÔMICA?


É verdade que sempre houve guerras, talvez nunca tenha havido um período histórico em que elas tenham deixado completamente de existir. Mas nunca houve uma época em que as guerras tenham acontecido em tal quantidade, em tal volume e tão catastróficas como as que ocorreram durante o século XX e estão dando continuidade neste século XXI. Calcula-se que tenham morrido mais de 150 milhões de pessoas nas principais guerras ocorridas no século passado. O insuspeito historiador de esquerda, famoso nos Estados Unidos, Eric Hobsbawm, calcula que tenham morrido mais de 187 milhões de pessoas durante as guerras ocorridas no século XX, mais de 10% da população mundial existente em 1913.

Nunca houve antes uma guerra mundial. Na primeira Grande Guerra, muitas nações não se envolveram nos conflitos, porém na Segunda apenas 12 das cerca de 160 nações do mundo deixaram de dela participar. Nas guerras movidas pelo Comunismo, tal foi a mortandade, que foi a partir daí que surgiu o termo “genocídio” para indicar o extermínio de um povo ou nação. Segundo os cálculos mais otimistas, o Comunismo Internacional assassinou impunemente durante o século XX mais de cem milhões de pessoas. E tais cálculos não foram feitos de forma aleatória, nem se originam de fontes parciais: foram extraídos do livro “Livro Negro do Comunismo: crimes, terror e repressão” (Editora Robert Laffont, 850 páginas), publicado por um insuspeito grupo de historiadores franceses, ex-comunistas, ex-maoístas ou ex-trotkistas. Nicolas Weth pesquisou sobre os massacres no bloco soviético (mais de 20 milhões de vítimas), Jean Louis Margolin na China, Vietnã e Camboja (mais de 69 milhões), Karel Bartosek no Leste europeu (mais de um milhão), Pierre Rigoulot na Coréia do Norte (mais de 2 milhões), Yves Santamaria na África (mais de 1,7 milhão), Pascal Fontaine na América Latina e Jean Louis Panné e Stéphane Courtois os massacres realizados pelo “Komintern” no âmbito internacional.

Da mesma forma, as perseguições religiosas nos países dominados pelo Comunismo foram as mais bárbaras, mais insanas, mais desumanas já havidas em toda a História. Nem sequer as atrocidades patrocinadas pelos imperadores romanos contra os primeiros cristãos foram piores que as dos comunistas. E o que se vê hoje nos países dominados pelo islamismo radical é uma das perseguições mais desumanas contra os cristãos, os  quais estão praticamente sendo dizimados sem que haja nenhuma reação de ajuda dos países ricos do Ocidente. E a doutrina das “repúblicas islâmicas” têm semelhança com a do marxismo por prever um Estado provedor e dirigente de toda a sociedade.

As guerras que predominaram no século XX foram também as mais bárbaras já havidas em toda a história da humanidade. Nos períodos históricos anteriores os homens se defrontavam nos combates frente a frente, pessoa a pessoa, espada contra espada, onde se sobressaía sempre o valor humano, a bravura, a destreza e o bom treino dado aos exércitos. As guerras modernas caracterizam-se por serem desumanas, cruéis, com armas mortíferas dirigidas contra centenas, milhares e até milhões de pessoas, sejam civis ou militares, usando-se tão somente de recursos tecnológicos. Quando os Estados Unidos da América revidaram o ataque do Iraque contra o Kuwait, na famosa Guerra do Golfo em 1991, utilizaram de tais recursos tecnológicos altamente destrutivos e desumanos que os comentaristas diziam que a partir daquela guerra não haveria mais lugar para lances heróicos onde se destacasse o valor humano. Num confronto em que cada lado utilizou em torno de 600 ou 700 mil homens, num período curto de 43 dias, foram contabilizadas baixas de apenas 126 soldados entre americanos e seus aliados, conforme avaliação feita por Jean-Louis Dufour, especialista no estudo de conflitos contemporâneos.  

No entanto, por ocasião da invasão do Iraque feita pelas forças anglo-americanas em março de 2003, o total de baixas foi considerado elevado para os padrões das guerras modernas e tecnológicas, talvez porque se optou por uma guerra convencional de invasão, talvez porque os cálculos sejam pessimistas.  A respeito das guerras, o jornal Washington Post escreveu num editorial de 22.04.96: “As guerras do nosso século XX têm sido ‘guerras totais’ contra combatentes e civis... As bárbaras guerras de séculos passados foram briguinhas de rua em comparação com estas”. Um dos fatores mais dramáticos destas guerras é que elas afetam muito mais a população civil. Segundo o historiador grego Éric Hobsbawm é crescente o número de civis que são vítimas das guerras: "O contraste entre a Primeira Guerra Mundial e a Segunda é dramático: apenas 5% dos que morreram na Primeira Guerra eram civis; na Segunda Guerra esse número aumentou para 66%. É geralmente suposto que de 80% a 90% daqueles afetados por guerras hoje sejam civis".  É o que está ocorrendo agora na guerra da Rússui contra a Ucrânia.

O “leit-motiv” das guerras tinha sido até o século passado a religião, a ideologia, as questões de fronteiras, o ódio racial, etc. Porém prevê-se que a partir do século XXI as guerras sejam motivadas mais por causa de etnias, rivalidades entre raças ou culturas. No século XX já houve um início de tais guerras, quando verificamos expurgos étnicos e genocídios em várias partes do mundo: a terrível mortandade perpetrada pelo “kmer vermelho” no Camboja em nome da igualdade (frio assassinato de mais de 3 milhões de pessoas), a “faxina étnica”  na Bósnia, as guerras tribais de Ruanda com quase um milhão de mortos, etc. Estima-se que o assassinato indiscriminado por motivos étnicos tenha matado mais gente do que nas guerras convencionais. 

No Oriente Médio foram feitas dezenas de tentativas para pacificar palestinos e israelenses. Tudo em vão. O ódio cresce mais ainda e as escaramuças guerreiras banham a área com mais sangue, sejam através de atentados terroristas, sejam por investidas bélicas. Enfim, nosso civilizado século XX foi o século do ódio, da guerra, do morticínio, do genocídio, onde a injustiça campeou impunemente. Foi também o século do gozo dos prazeres materiais. E estamos verificando nesta segunda década do século XXI um recrudescimento cruel de novas guerras, como as que ocorreram nos países árabes, em especial no Egito e na Siria, e o terrorista “estado islâmico” com milhares de mortes de uma forma bárbara e insana. E, agora, a guerra da Rússia contra a Ucrânia.

Quando houve a tão falada queda do muro de Berlim em 1989, a mídia anunciou para o mundo o fim da “guerra fria” entre a URSS e os Estados Unidos. Pareceu a muitos que o mundo ia mergulhar numa nova era, de paz e de harmonia. Ledo engano. Um relatório da ONU sobre refugiados concluía melancolicamente, em 1995, que após o fim da rivalidade entre as superpotências muitos pensaram que os conflitos se extinguiriam, mas aconteceu o contrário: neste mesmo ano ocorreram 71 guerras no mundo, o dobro do ano anterior. Andrew Messing, diretor da Alta Comissão da ONU para refugiados, declarou que os maiores perigos deixados pelo fim da guerra fria foram a proliferação de armas nucleares e biológicas. Quer dizer, o perigo de guerras cada vez mais destruidoras, cruéis e desumanas. E o perigo da guerra atômica aumenta nesses últimos dias com a possibilidade do Irã e a Coreia do Norte fabricarem a sua bomba, já que Índia, Paquistão e Israel possuem cada um a sua. 

O que lucraria fazer uma guerra atômica?

Segundo estrategistas de guerra, a tática mais moderna e eficiente de ataque não é aquela antiga técnica de ocupação, a chamada “guerra de invasão”, como está fazendo a Rússia agora contra a Ucrânia. A simples ocupação de um território envolve problemas de vários tipos, com implicações de diversas naturezas, como dominar as pessoas, as instituições, a arte, a cultura, etc. O poder político não é tudo. Assim, os estrategistas modernos criaram o termo “psy war”, guerra psicológica, pela qual domina-se apenas por métodos psicológicos e políticos. De outro lado, o que lucraria um ataque com armas nucleares? Certamente, a destruição do país inimigo. E vale a pena dominar um país destruído? Vale a pena conquistar ruínas?

Diz-se, desta forma, que todo falatório de agressão dos russos é mera fanfarrice, serve apenas como jogo psicológico para esfriar a reação do inimigo. Pode até ser que cheguem a lançar alguma bomba atômica, como os Estados Unidos fizeram no Japão na segunda guerra, mas apenas para servir de intimidação e para acovardar o inimigo. De outro lado, é tão ruim a tecnologia russa, já demonstraram tanto imperícia e precariedade de recursos tecnológicos, que, ao lançarem a bomba atômica, a mesma nem chegue a subir e exploda no local de lançamento destruindo até mesmo alguma cidade russa.

quinta-feira, 19 de setembro de 2024

TOMADA DE CÓRDOBA SE CONCLUI COM OS MOUROS CARREGANDO OS SINOS DE COMPOSTELA DE VOLTA PARA AQUELA CIDADE

 


Aqueles sinos que hoje os peregrinos ouvem tocar em Compostela foram objetos de um feito histórico, conforme narram as crônicas: 

Após dias de sangrenta batalha e muito sofrimento, finalmente São Fernando de Castela consegue vencer a guerra e dominar Córdoba, entrando na cidade, cuja entrega foi feita no dia 29 de junho de 1236, festa de São Pedro e São Paulo.

Ao receber as chaves da cidade das mãos do mouro o rei elevou os olhos ao céu e exclamou em voz alta:

- Louvor para sempre a Ti, Jesus Cristo, meu Senhor, que por tua grande misericórdia e os rogos da gloriosa Santa Maria, valestes deste servo e cavaleiro e por meio dos meus suores ganhastes para tua santa Lei esta cidade de Córdoba!

Em seguida o rei mandou o cronista escrever: “Convém a saber, que no segundo ano em que eu, o rei Fernando, pus cerco na famosíssima cidade de Córdoba, e cooperando para melhor dizer fizemos tudo pela graça do Espírito Santo, por meio de meus suores foi esta cidade restituída ao culto cristão”. Alguns instantes ficou o rei como se estivesse escutando os anjos do céu a comemorar o evento e, voltando a si de seu êxtase, ordenou que de imediato fosse plantada a santa Cruz e hasteado o pendão de Castela no mais alto minarete da mesquita.

Algum tempo depois, foram encontrados numa mesquita os sinos que Almanzor havia mandado retirar de Compostela e ser trazidos para ali nos ombros de escravos cristãos. No mesmo instante, São Fernando se lembrou de uma promessa feita à Santa Maria, quando ainda era bem mais jovem, e determinou que aqueles sinos fossem colocados nos ombros de prisioneiros mouros para serem levados de volta a Compostela como sinal de reparação à afronta feita em tempos passados ao cristianismo.

Conquistar uma praça, e tão forte e importante como Córdoba, custava muito sangue e suor. As lágrimas das contrariedades ficaram para depois, quando se fazia necessário consolidar aquela conquista. Ali haviam muitas dificuldades a superar, mas a pior era convencer seus próprios homens a ficar administrando aquela cidade e adjacências. Os mouros, é verdade, abandonaram em grande número a cidade, mas por pouco tempo, pois muitos deles logo resolviam voltar. Um fato inusitado é que muitos se converteram ao cristianismo como fruto apostólico incansável do santo frei Telmo. Assim, duramente, as coisas foram se tornando mais fáceis de serem conduzidas.

Talvez a conquista de Córdoba se tivesse dado muito tempo depois, com muito mais sacrifício e martírio, se aquele punhado de heróis que tomaram no início o bairro de Ajarquia não tivessem tido a santa ousadia de partir sozinhos para a conquista, sem o conhecimento do rei porque tinham pressa.


(Extraído do livro “Nuestra Señora en el Arzon”, de C. Fernandez de Castro, A. C. J., publicada em 1948 pela Editora Escelicer, S.L., de Cádiz, Espanha).