sexta-feira, 20 de setembro de 2024

GUERRA NUCLEAR OU NOVA ORDEM MUNDIAL



Para tratar de assunto tão candente não é necessário ser especialista, como ocorre normalmente na mídia ao ouvir certas vozes sobre temas atuais. Basta ter bom senso, e vai ser usando o mesmo que vou tecer alguns comentários sobre o tema acima, pois o bom senso é um dom acessível a todos, especialistas ou não.

Durante o governo de Ronald Reagan, se não me engano, houve uma controvérsia sobre perigo da guerra nuclear e um oficial de alta patente americano teceu alguns comentários muito oportunos sobre o tema. Dizia aquela autoridade que nenhum país lucra com uma guerra atômica, pois, mesmo vencendo, só vai conquistar ruínas, um país destruído. Qual a vantagem em detonar uma guerra deste tipo? Nenhuma; pois, como bem frisou o militar, mesmo para quem vence tal guerra não é nenhuma vantagem conquistar ruínas, um país destruído. 

Detonar a guerra, não, mas fazer ameaças de que vai usá-la contra o adversário é uma arma de propaganda psicológica muito mais eficaz. A mídia chegou a denominar tal estratégia de  “Psy war”.  Quer dizer, perante o perigo de tão terrível hecatombe há grande possibilidades do inimigo ceder em alguns pontos da política internacional apenas perante a ameaça da guerra. Somente do ponto de vista psicológico a guerra atômica pode ser de grande vantagem, para amedrontar e ganhar terreno no plano ideológico, mas não na estratégia militar de conquista de território.

Estamos agora perante outra ameaça da guerra nuclear,  com a Rússia falando claramente sobre o perigo da mesma. A Rússia não possui recursos tecnológicos para enfrentar as grandes potências mundiais. Nem um carro ela foi capaz de produzir com boa tecnologia e ganhar o mercado. Nessa atual guerra de invasão da Ucrânia o que se viu foi um desastre desta inoperância tecnológica: vários tanques de guerra ficaram no caminho por defeitos técnicos e outros insucessos nas operações militares por causa de falhas tecnológicas. Sendo assim, é possível que ao ser acionado o botão da bomba por Moscou a mesma nem decole e exploda em sua própria base de lançamento. 

O discurso da guerra atômica não passa, portanto, de um blefe do Putin. Espera que com o pânico da guerra o inimigo ceda em vários aspectos da política e eles assim predominem sem grandes esforços. 

Há outra questão. Trata-se das elites que propagam a chamada “Nova Ordem Mundial”, a qual pode usar o terror causado pela ameaça da guerra apenas para fazer prevalecer os princípios desta “nova ordem”, que não tem nada de ordem, mas de pura desordem e caos. Eles podem até explodir uma bomba em determinada cidade, mas se tiverem preparado de antemão um teatro dantesco para causar pânico em todo o mundo. E após tal catástrofe estaria preparado em toda a terra o clima favorável à propagação das ideias, por exemplo, de uma sociedade tribal, fazendo com que multidões deixem as cidades e emigrem para as matas. Estamos apenas no terreno das hipóteses, pois, por enquanto, não há notícias sobre a existência de um palco mais visível desse teatro a não ser a guerra contra a Ucrãnia.

O que poderá acontecer? Santa Bernardete Suobirous deixou uma carta em que fala sobre algumas previsões proféticas para o nosso tempo. Numa dessas previsões ela diz que vai explodir uma grande bomba numa cidade do oriente (não diz o nome da cidade), matando cerca de 5 milhões de pessoas. Ela não diz que vai haver uma guerra assim, mas apenas a explosão de uma bomba. Quer dizer, o plano pode ser explodir uma bomba atômica numa única cidade para alarmar o mundo e trazer trágicas consequências para a humanidade, a mais importante para eles a aceitação da NOM em toda a terra. 

Veremos brevemente se, realmente, usarão de tais planos. E não demorarão muito, pois dizem que os planos para implantar essa denominada “nova ordem” em todo o mundo tem um prazo: será no ano 2030.


ESTAMOS NOS PROLEGÔMENOS DE UMA GUERRA ATÔMICA?


É verdade que sempre houve guerras, talvez nunca tenha havido um período histórico em que elas tenham deixado completamente de existir. Mas nunca houve uma época em que as guerras tenham acontecido em tal quantidade, em tal volume e tão catastróficas como as que ocorreram durante o século XX e estão dando continuidade neste século XXI. Calcula-se que tenham morrido mais de 150 milhões de pessoas nas principais guerras ocorridas no século passado. O insuspeito historiador de esquerda, famoso nos Estados Unidos, Eric Hobsbawm, calcula que tenham morrido mais de 187 milhões de pessoas durante as guerras ocorridas no século XX, mais de 10% da população mundial existente em 1913.

Nunca houve antes uma guerra mundial. Na primeira Grande Guerra, muitas nações não se envolveram nos conflitos, porém na Segunda apenas 12 das cerca de 160 nações do mundo deixaram de dela participar. Nas guerras movidas pelo Comunismo, tal foi a mortandade, que foi a partir daí que surgiu o termo “genocídio” para indicar o extermínio de um povo ou nação. Segundo os cálculos mais otimistas, o Comunismo Internacional assassinou impunemente durante o século XX mais de cem milhões de pessoas. E tais cálculos não foram feitos de forma aleatória, nem se originam de fontes parciais: foram extraídos do livro “Livro Negro do Comunismo: crimes, terror e repressão” (Editora Robert Laffont, 850 páginas), publicado por um insuspeito grupo de historiadores franceses, ex-comunistas, ex-maoístas ou ex-trotkistas. Nicolas Weth pesquisou sobre os massacres no bloco soviético (mais de 20 milhões de vítimas), Jean Louis Margolin na China, Vietnã e Camboja (mais de 69 milhões), Karel Bartosek no Leste europeu (mais de um milhão), Pierre Rigoulot na Coréia do Norte (mais de 2 milhões), Yves Santamaria na África (mais de 1,7 milhão), Pascal Fontaine na América Latina e Jean Louis Panné e Stéphane Courtois os massacres realizados pelo “Komintern” no âmbito internacional.

Da mesma forma, as perseguições religiosas nos países dominados pelo Comunismo foram as mais bárbaras, mais insanas, mais desumanas já havidas em toda a História. Nem sequer as atrocidades patrocinadas pelos imperadores romanos contra os primeiros cristãos foram piores que as dos comunistas. E o que se vê hoje nos países dominados pelo islamismo radical é uma das perseguições mais desumanas contra os cristãos, os  quais estão praticamente sendo dizimados sem que haja nenhuma reação de ajuda dos países ricos do Ocidente. E a doutrina das “repúblicas islâmicas” têm semelhança com a do marxismo por prever um Estado provedor e dirigente de toda a sociedade.

As guerras que predominaram no século XX foram também as mais bárbaras já havidas em toda a história da humanidade. Nos períodos históricos anteriores os homens se defrontavam nos combates frente a frente, pessoa a pessoa, espada contra espada, onde se sobressaía sempre o valor humano, a bravura, a destreza e o bom treino dado aos exércitos. As guerras modernas caracterizam-se por serem desumanas, cruéis, com armas mortíferas dirigidas contra centenas, milhares e até milhões de pessoas, sejam civis ou militares, usando-se tão somente de recursos tecnológicos. Quando os Estados Unidos da América revidaram o ataque do Iraque contra o Kuwait, na famosa Guerra do Golfo em 1991, utilizaram de tais recursos tecnológicos altamente destrutivos e desumanos que os comentaristas diziam que a partir daquela guerra não haveria mais lugar para lances heróicos onde se destacasse o valor humano. Num confronto em que cada lado utilizou em torno de 600 ou 700 mil homens, num período curto de 43 dias, foram contabilizadas baixas de apenas 126 soldados entre americanos e seus aliados, conforme avaliação feita por Jean-Louis Dufour, especialista no estudo de conflitos contemporâneos.  

No entanto, por ocasião da invasão do Iraque feita pelas forças anglo-americanas em março de 2003, o total de baixas foi considerado elevado para os padrões das guerras modernas e tecnológicas, talvez porque se optou por uma guerra convencional de invasão, talvez porque os cálculos sejam pessimistas.  A respeito das guerras, o jornal Washington Post escreveu num editorial de 22.04.96: “As guerras do nosso século XX têm sido ‘guerras totais’ contra combatentes e civis... As bárbaras guerras de séculos passados foram briguinhas de rua em comparação com estas”. Um dos fatores mais dramáticos destas guerras é que elas afetam muito mais a população civil. Segundo o historiador grego Éric Hobsbawm é crescente o número de civis que são vítimas das guerras: "O contraste entre a Primeira Guerra Mundial e a Segunda é dramático: apenas 5% dos que morreram na Primeira Guerra eram civis; na Segunda Guerra esse número aumentou para 66%. É geralmente suposto que de 80% a 90% daqueles afetados por guerras hoje sejam civis".  É o que está ocorrendo agora na guerra da Rússui contra a Ucrânia.

O “leit-motiv” das guerras tinha sido até o século passado a religião, a ideologia, as questões de fronteiras, o ódio racial, etc. Porém prevê-se que a partir do século XXI as guerras sejam motivadas mais por causa de etnias, rivalidades entre raças ou culturas. No século XX já houve um início de tais guerras, quando verificamos expurgos étnicos e genocídios em várias partes do mundo: a terrível mortandade perpetrada pelo “kmer vermelho” no Camboja em nome da igualdade (frio assassinato de mais de 3 milhões de pessoas), a “faxina étnica”  na Bósnia, as guerras tribais de Ruanda com quase um milhão de mortos, etc. Estima-se que o assassinato indiscriminado por motivos étnicos tenha matado mais gente do que nas guerras convencionais. 

No Oriente Médio foram feitas dezenas de tentativas para pacificar palestinos e israelenses. Tudo em vão. O ódio cresce mais ainda e as escaramuças guerreiras banham a área com mais sangue, sejam através de atentados terroristas, sejam por investidas bélicas. Enfim, nosso civilizado século XX foi o século do ódio, da guerra, do morticínio, do genocídio, onde a injustiça campeou impunemente. Foi também o século do gozo dos prazeres materiais. E estamos verificando nesta segunda década do século XXI um recrudescimento cruel de novas guerras, como as que ocorreram nos países árabes, em especial no Egito e na Siria, e o terrorista “estado islâmico” com milhares de mortes de uma forma bárbara e insana. E, agora, a guerra da Rússia contra a Ucrânia.

Quando houve a tão falada queda do muro de Berlim em 1989, a mídia anunciou para o mundo o fim da “guerra fria” entre a URSS e os Estados Unidos. Pareceu a muitos que o mundo ia mergulhar numa nova era, de paz e de harmonia. Ledo engano. Um relatório da ONU sobre refugiados concluía melancolicamente, em 1995, que após o fim da rivalidade entre as superpotências muitos pensaram que os conflitos se extinguiriam, mas aconteceu o contrário: neste mesmo ano ocorreram 71 guerras no mundo, o dobro do ano anterior. Andrew Messing, diretor da Alta Comissão da ONU para refugiados, declarou que os maiores perigos deixados pelo fim da guerra fria foram a proliferação de armas nucleares e biológicas. Quer dizer, o perigo de guerras cada vez mais destruidoras, cruéis e desumanas. E o perigo da guerra atômica aumenta nesses últimos dias com a possibilidade do Irã e a Coreia do Norte fabricarem a sua bomba, já que Índia, Paquistão e Israel possuem cada um a sua. 

O que lucraria fazer uma guerra atômica?

Segundo estrategistas de guerra, a tática mais moderna e eficiente de ataque não é aquela antiga técnica de ocupação, a chamada “guerra de invasão”, como está fazendo a Rússia agora contra a Ucrânia. A simples ocupação de um território envolve problemas de vários tipos, com implicações de diversas naturezas, como dominar as pessoas, as instituições, a arte, a cultura, etc. O poder político não é tudo. Assim, os estrategistas modernos criaram o termo “psy war”, guerra psicológica, pela qual domina-se apenas por métodos psicológicos e políticos. De outro lado, o que lucraria um ataque com armas nucleares? Certamente, a destruição do país inimigo. E vale a pena dominar um país destruído? Vale a pena conquistar ruínas?

Diz-se, desta forma, que todo falatório de agressão dos russos é mera fanfarrice, serve apenas como jogo psicológico para esfriar a reação do inimigo. Pode até ser que cheguem a lançar alguma bomba atômica, como os Estados Unidos fizeram no Japão na segunda guerra, mas apenas para servir de intimidação e para acovardar o inimigo. De outro lado, é tão ruim a tecnologia russa, já demonstraram tanto imperícia e precariedade de recursos tecnológicos, que, ao lançarem a bomba atômica, a mesma nem chegue a subir e exploda no local de lançamento destruindo até mesmo alguma cidade russa.

Nenhum comentário: