quinta-feira, 2 de junho de 2011

Religiosos rebeldes dividem os católicos do Equador

O Presidente do Equador visita o bispo rebelado Dom López, que "jejua" em praça pública, dando assim conotação política ao problema religioso criado pelo bispo jubilado de Sucumbios. Demonstra assim que a Teologia da Libertação distoa do Evangelho, onde diz:

"Quando jejuardes não ponhas o rosto triste, como fazem os hipócritas,os quais desfiguram seu rosto para que se note que jejuam. Lhes asseguro que com isso já receberam sua recompensa. Vós, em troca, quando jejuardes, perfuma tua cabeça e lava teu rosto para que teu jejum não seja conhecido pelos homens, senão por teu Pai que vê os segredos do coração: e teu Pai que vê no secreto, te recompensará” Mt 6, 16-18)".

Monsenhor Gonzalo López OCD não se tem contentado em dividir seu Vicariato e promove com seu jejum a divisão do pais.

Transcrevemos abaixo um elucidativo artigo divulgado em Sucumbios Equador , onde se analisa as causas mais profundas da crise artificial criada pelos agitadores da TL naquele país. Anteponho, também, comentários feitos por aquele blog.


O pretendido chamado à reconciliação promovido pelo bispo rebelde de Sucumbios durante seu jejum eucarístico no Parque da Alameda de Quito, despertou muitos católicos adormecidos que não queriam ver as feridas causadas pela mal chamada Teologia da Libertação.
Nas fileiras dos frades, dos curas e das monjas da Igreja Católica estão acordando perante o alarido indignado destas minorias transviadas frente à presença da verdadeira Igreja de Cristo. Os grupos de religiosas que acodem em verificar o estado de saúde do ancião bispo emérito do Vicariato de San Miguel de Sucumbios, não se pode dizer que sejam a representação de todas as mulheres de Sucumbios, como se empenha e nos fazer crer a senhora Delia Malvay, presidenta de uma “Federação” que agrupa a elite ativa do ISAMIS Carmelita. Humildemente se considera a redentora e representante de todos, e está disposta a assinar todos os manifestos que lhe apresentem. Este artigo que nos enviaram e que publicamos com gosto, nos pareceu discernir o que está acontecendo no Equador.
O Presidente está dividindo o País em dois grupos irreconciliáveis. E enquanto alguns dormiam, as minorias organizadas tomam o poder.
Porém se a maioria desperta diante de tanta gritaria, todavia se podem eliminar os grandes problemas que se apresentam ao iniciar-se este século XXI.
(segue o artigo)
“Quando o território que compreendia a Real Audiência de Quiito pertencia ao Reino da Espanha, as idéias e costumes das gentes eram monoliticamente de cunho cristão, o fervor e a coerência conviviam em alto grau e não havia questionamentos de nenhuma classe.
Com o advento da República o Equador se formou em concepções filosóficas diversas, a grande maioria da população totalmente católica, e pequenos círculos de pensadores se fizeram eco às idéias nascidas durante a ilustração, consumadas durante a Revolução Francesa e continuadas no século XIX sob o fio devastador da espada de Garibaldi.
Consolidada a Nação, não se fizeram esperar as grandes polêmicas por formas de governo inspirados em um ou outro modelo. Gabriel Garcia Moreno ergueu-se como o paladino na defesa do Direito Cristão e Eloy Alfaro encarnou o mais furioso dos jacobinos.
Morto Garcia Moreno pelo facão assassino financiado pelas lojas, não houve outro personagem que defendesse com o mesmo afinco o pensamento das maiorias, pelo contrário as “montoneras” Alfaristas por meio da violência tomaram o poder.
Durante quase noventa anos esta tendência governou o Equador, sem um respaldo da opinião pública, mas sim mediante as fraudes eleitorais ou golpes de estado.
No Equador contemporâneo a grande divisão de pensamento se manteve, as forças políticas representativas do País se dividiam em dois pólos irreconciliáveis: Conservadores e Liberais.
No primeiro terço do Século XX aparece uma terceira posição com a finalidade de diminuir a grande brecha de idéias, o Populismo, representado por o eloqüente e culto Dr. José Maria Velasco Ibarra, mas também terrivelmente contraditório, posto que em ocasiões esgrimia posições conservadores e em outras posturas liberais mas sempre apoiado por seguidores de um ou outro pólo.
Na atualidade a secularização da sociedade decorrente da influência do hedonismo moderno, fez acreditar que o problema Religioso no Equador estava sepultado. O Socialismo do Século XXI se ufana de suas vitórias e no horizonte político não termina aparecendo algo diferente devido à erodida imagem da democracia fruto da corrupção do sistema.
Sem embargo faz sete meses que o Papa Bento XVI aceita a renúncia do Bispo de Sucumbios por cumprir o limite de idade e nomeia aos Arautos do Evangelho encarregados da Diocese.
Ao longo de quarenta anos o trabalho pastoral do Bispo López Marañon se centrou numa ação social desprendida de religiosidade, de Sacramentos, e baseou seu trabalho nos preceitos da Teologia da Libertação, desenvolveram Isamis dando às costas aos ensinamentos da Igreja Católica.
Em sete meses os Arautos do Evangelho evangelizaram, transmitiram Mensagem de Jesus Cristo, fomentaram a devoção à Virgem Maria, celebraram Missas diariamente, distribuíram os Sacramentos, e com seu exemplo de um tipo humano e atitudes coerentes com o espírito Católico inspirado na máxima evangélica de “Sede santos como meu pai Celestial o é”, começaram a sacralizar a vida da sociedade civil, encantaram a população e encheram um grande vazio e orfandade produzidos pela ausência de autêntico catolicismo.
A reação das cúpulas de Isamis não se fez esperar, se declararam em rebeldia ao mandato Papal e começou uma desleal e desenfreada luta para retomar o controle da Diocese e expulsar os Arautos do Evangelho.
Os agitadores, Carmelitas e alguns seguidores, não encontraram nenhum eco público na Hierarquia Eclesiástica, então recorreram às autoridades da sociedade civil de um governo socialista. Executivo, Assembléia Nacional, Universidade cujo reitor foi deputado socialista, homenagearam e concederam condecorações ao bispo jubilado. Instruíram suas minoritárias bases para tomar violentamente a Catedral de Sucumbios e outras instalações, desde a rádio diocesana manejada pelos rebeldes, as provocações e os ataques contra os Arautos do Evangelho foram incessantes.
Por toda resposta os Arautos continuaram seu trabalho, enquanto todo o Equador tomou posição frente ao problema, praticamente todos os meios de imprensa noticiaram com grande destaque o que sucedia em Sucumbios, imprensa escrita, televisada, rádio, as redes sociais, portais e blogs, descreviam com grande detalhe uma e outra posição, mais de uma vintena de artigos dos mais notáveis homens de opinião do país saíram à luz pública comentando os fatos, o governo tomou partido e pressionou fortemente a Igreja, inclusive ameaçou de alterar as relações diplomáticas com o Vaticano mediante o “Modus Vivendi”. Na Espanha e Alemanha as redes sociais se faziam eco do problema.
O assunto religioso, uma forma de ser Católico de acordo com a orientação do Magistério da Igreja e do Papa ou outra de acordo a uma desfiguração do catolicismo, enfrentaram-se no Equador polarizando a opinião pública. O aparente triunfo da secularização da sociedade caiu por terra, e ninguém ficou alheio ou indiferente perante a questão religiosa, pronunciando-se por uma ou outra parte, inclusive as circunstanciais problemáticas políticas ficaram de lado enquanto transcorria a polêmica. Apesar dos esforços realizados ao longo da vida republicana do Equador para adormecer o profundo espírito religioso Católico dos equatorianos, não logrou tal objetivo, e quando a Igreja Católica exerce seu ministério com todo seu esplendor nosso povo se maravilha, a piedade e a virtude afloram. Hoje por hoje no Equador se tem posicionado um paradigma: Ser Católico é conforme a forma dos Arautos do Evangelho ou aos rebeldes ao Papa.
Apesar das ordens religiosas terem saído de Sucumbios, o dilema continua e o povo cristão de Sucumbios favorável aos Arautos clama por sua volta e está disposto a levar seu pedido a Roma, as cifras de preferência têm diferenças abismais, na marcha a favor dos rebeldes depois de quarenta anos de trabalho se juntaram trezentas pessoas, os Arautos depois de pedir ao povo fiel que não se manifestem, não puderam deter uma marcha de oito mil pessoas. Somos a voz dos que não têm voz dizem os partidários dos Arautos do Evangelho e não deixaremos de trabalhar até que voltem.

Jaime A. Dousdebés Veintimilla

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