Embora o tema esteja compulsoriamente em pauta pela mídia por causa da violência diária, hoje procura-se a todo custo evitar de se falar na morte. E para torná-la mais prosaica está cada vez mais crescendo o número daqueles que mandam cremar ou incicernar os corpos de seus entes queridos falecidos. Um jornal paulista informa que os custos de tais serviços estão cada vez mais procurados e mais caros. Sem deixar de incluir, é claro, as homenagens aos falecidos, que a família nunca quer deixar de fazê-lo. Ora, se é politicamente correto que usemos acima de tudo o natural e não o artificial, como é que se explica essa preferência pela cremação (a fritura do corpo) ou a incineração (transformação de tudo em cinzas) com o intuito de se desfazer o mais rapidamente possível do cadáver? Se a preferência deve ser pelo natural, o normal seria que o corpo se desfizesse da mesma forma como foi feito, isto é, de uma forma orgânica e consumido pelos elementos da terra. O artificial, a destruição do corpo de uma forma rápida, revela apenas uma pressa desnecessária em se desfazer do mesmo, talvez para dar guarida àquela idéia de que a morte, até mesmo na maneira de consumir o corpo, nos fala de dor e de uma pena divina.
Agora surgiu um estudo nos Estados Unidos em que se comprova que pensar na morte nos faz muito bem, conforme informa o site Notícias Pró Família.
Estudo mostra que pensar na própria morte ajuda sua vida
John-Henry Westen
Sempre foi um costume antigo dos judeus e então cristãos meditar em suas mortes como um meio de se esforçar para viver uma vida virtuosa. Esse costume está quase que morto hoje em dia, com os aconselhamentos sofisticados de que nunca devemos ficar pensando em coisas mórbidas ou negativas.
Por isso, a psicologia secular precisou ressuscitar a verdade de que meditar na própria morte é benéfico para nossa vida.
Um novo estudo que será publicado numa edição vindoura da revista Psychological Science (Ciência Psicológica) fez com que algumas pessoas pensassem acerca da morte de um modo abstrato ou de um modo específico e pessoal e constatou que as pessoas que pensavam especificamente acerca de sua própria morte tinham mais probabilidade de se preocupar com a sociedade.
A Dra. Laura E.R. Blackie, estudante da Universidade de Essex, Inglaterra, e seu orientador, Philip J. Cozzolino, recrutaram 90 pessoas no centro de uma cidade britânica. Pediu-se que alguns respondessem a perguntas gerais sobre a morte — tais como seus pensamentos e sentimentos sobre a morte e o que eles achavam que aconteceria se morressem. A outros se pediu que se imaginassem morrendo no incêndio de um apartamento e então cinco perguntas foram feitas sobre como eles achavam que lidariam com a experiência e como eles achavam que suas famílias reagiriam.
Aqueles que refletiram em suas próprias mortes pessoais tinham uma probabilidade mais significativa de se importar com a sociedade conforme foi indicado por doações de sangue.
“A morte é uma motivação muito forte”, disse Blackie. Ela disse que quando as pessoas estão cientes de que sua vida é limitada, “isso pode ser um dos melhores presentes que temos na vida, motivando-nos a abraçar a vida e abraçar metas que sejam importantes para nós”.
“Em todas as tuas obras lembra-te de teu fim, e nunca pecarás” Siraque 7:40
Traduzido por Julio Severo: www.juliosevero.com
Fonte: http://noticiasprofamilia.blogspot.com
Veja também este artigo original em inglês: http://www.lifesitenews.com/blog/study-it-helps-your-life-to-think-specifically-about-your-own-death
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