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segunda-feira, 21 de abril de 2025

QUARTO CENTENÁRIO DA INVASÃO E EXPULSÃO DOS CALVINISTAS HOLANDESES NA BAHIA

 



Estamos comemorando no início do próximo mês o quarto centenário da expulsão dos holandeses na Bahia, ocorrido em maio de 1625. Data tão significativa era para ser comemorada festivamente por nosso povo, memória importantíssima de nossa história.

A propósito dessa data, publicamos a seguir o texto de nosso artigo estampado na revista “Catolicismo” (setembro de 1995), comentando sobre a invasão de 1624 e demais investidas dos holandeses, expulsos do território baiano por aguerridos defensores da Fé católica

Catolicismo publicou três estudos (julho/ 86, janeiro e fevereiro) sobre as invasões holandesas ocorridas no Brasil no século XVII. Durante 30 anos tentaram os hereges criar um enclave, usando então Pernambuco como cabeça-de-ponte para implantar a religião "reformada" protestante.

No presente artigo poremos em realce apenas as investidas calvinistas contra a cidade de São Salvador da Bahia de Todos os Santos, sede do Governo-Geral do Brasil e importante ponto estratégico.

Será preciso lembrar que, desde 1580, Portugal havia sido anexado ao reino da Espanha. Desta forma, o território brasileiros e demais colônias lusas ficaram sob domínio da coroa espanhola até 1640, quando Portugal recobrou sua independência.

 

A resistência contra a tomada de Salvador

Uma armada invasora holandesa, composta de 26 naus grandes e 13 mercantes, postou-se diante da capital baiana em abril de 1624.

Subjugada a cidade, os invasores entregaram-se a saques, profanações e sacrílegos[1]. Os desterrados, que constituíam a maioria da população, calculando-se dez mil só de portugueses, refugiaram-se pelas cercanias. Os fazendeiros e donos de engenhos acolhiam a todos com caridade, não faltando comida e abrigo aos que os procuravam.

Dispersos pelos matos, resolveram os luso-brasileiros assentar arraial na aldeia indígena do Espírito Santo.

Diogo de Mendonça Furtado, Governador-Geral do Brasil, havia sido preso e enviado à Holanda. Assim, o governador de Pernambuco, Matias de Albuquerque, em consequência do sistema de sucessão adotado na época, passou a ser a maior autoridade encarregada de coordenar a resistência armada. Contudo, devido à grande distância e difícil comunicação com Recife, O' povo baiano aclamou capitão-mor o Bispo Dom Marcos Teixeira, posteriormente denominado Bispo Guerreiro.

Imediatamente Dom Marcos transformou a aldeia do Espírito Santo em acampamento de retirantes e Quartel General da resistência anticalvinista. Não obstante ser o local muito acanhado, ergueram-se uma capela e algumas frutificações.

As táticas denominadas de assaltos, sob o comando do Bispo, serviram de modelo para a formação do que mais tarde se denominou companhias de emboscadas (guerrilhas, em termos atuais), por ocasião da expulsão definitiva dos holandeses de Pernambuco, em 1654, cognominada Insurreição Pernambucana.

Entendendo que a tomada da cidade fora castigo do Céu, devido aos vícios e pecados de seus habitantes, Dom Marcos passou a fazer rigorosas penitências, com vigílias e jejuns, de modo a se tomar exemplo para todas as classes sociais de seu bispado.

 

O milagre da cruz

Certa ocasião, os hereges atacaram a Ilha de Itaparica em busca de mantimentos, desembarcando num engenho em cuja entrada havia um cruzeiro de madeira. Vendo a cruz, odiada por todo herege, os invasores nela aplicaram algumas cutiladas. A cruz milagrosamente se torceu, virando-se para um lado, parecendo indicar o caminho a seguir pelos batavos. Estes depararam-se então com um dos nossos comandantes, chamado Afonso Rodrigues da Cachoeira, o qual, com a ajuda de alguns índios, matou oito dos hereges. O fato milagroso ocasionou tanta veneração votada àquela cruz, que dela fizeram-se relíquias responsáveis por muitas curas.

A brava resistência aos invasores criou condições propícias para o enfraquecimento do inimigo e a grandiosa vitória da armada espanhola-lusitana, que veio libertar a Bahia no ano seguinte.

 

A resposta da nobreza

Ao chegar a Portugal e Espanha, a notícia da invasão holandesa causou profunda comoção. Parecendo sair de um letargo, portugueses e espanhóis aprestaram-se logo a organizar uma expedição para libertar a Bahia. Determinou o rei de Espanha a todos os sacerdotes que celebrassem missas, rezassem uma novena e ladainhas nessa intenção. Em Lisboa, o Santíssimo Sacramento ficou exposto à adoração pública, em súplica pela concretização da expedição.

Dirigiu o rei da Espanha, com data de 7 de agosto de 1624, carta a seus governadores espalhados pelo vasto império, convocando todas as naus disponíveis para dirigir-se ao Brasil, já a 20 do mesmo mês, para expulsar os invasores.

A campanha pela libertação da Bahia empolgou nobres e plebeus, lusos e espanhóis.

Dom Afonso de Noronha, do Conselho do Estado e antigo Vice-Rei da Índia, foi o primeiro a se alistar. Em seguida, inscreveram-se mais de 100 fidalgos.

 

A reconquista da cidade do Salvador

As notícias sobre a vinda da armada para libertar a Bahia já tinham chegado aos ouvidos dos holandeses, que com muito afã se prepararam para o confronto. Também eles aguardavam a chegada de uma armada de socorro mandada por Amsterdã.

Ao contrário da invasão de 1624, a reconquista da Bahia, um ano depois, deparou com uma praça bem fortificada pelos holandeses e disposta a tudo para não se entregar. Foi construído um forte novo com uma fornalha de três bocas, onde se esquentavam pelouros e se faziam outros fogos para o combate; foram assestadas 92 peças de artilharia, e ainda diversas trincheiras disseminadas pela cidade, algumas das quais muito bem fortificadas. Na praia firam erguidos sete baluartes, alguns capazes de conter 100 mosqueteiros. Além do mais, possuíam os batavos 22 navios de guerra bem equipados.

Anteriormente à chegada da armada, os católicos mantinham os holandeses sob intenso cerco, não os deixando sair da cidade "nem para pegar um limão". A 29 de março de 1625, dia da fundação da cidade, véspera do Domingo da Ressurreição, chegou a expedição espanhola-lusa a Salvador, sendo o desembarque efetuado imediatamente.

Já em terra, os combatentes distribuíram-se com suas companhias pelos montes principais que circundavam a cidade, recolhendo-se em casas ou barracos de palha. Nobres e soldados, todos trabalhavam na preparação do assédio à cidade.

Os capitães das mais nobres estirpes luso-espanholas estavam ali presentes, porque o ideal da nobreza exige uma vida inteiramente dedicada ao sacrifício pela Fé católica e pelo Rei.

 

Rendição holandesa e desagravo pelas profanações

No início de maio de 1625, um ano após a invasão batava em território baiano, entravam os católicos triunfantes na cidade de São Salvador. Arriada a bandeira dos holandeses, hastearam as de Portugal e Espanha.

A rendição dos holandeses ficou para sempre marcada na memória de nosso povo. Até hoje se conserva a mesa onde foi assinada a rendição, no mesmo lugar, que é a magnífica sacristia do Convento do Carmo, em Salvador. Na contra-capa da presente edição, apresentamos foto desse local, ora transformado em Museu.

Haviam sido profanados vários lugares dedicados à prática da Religião: o Colégio dos jesuítas transformado em mercado, a igreja contígua, em adega, e outras igrejas utilizadas como armazéns de pólvoras etc. Haviam também sido enterrados nas igrejas, principalmente na Catedral, os corpos dos comandantes holandeses mortos em combate. Após o desfile de vitória, esses restos mortais foram dali removidos, sendo as igrejas re-consagradas ao culto divino.

 

Resolvem os holandeses invadir a Bahia novamente

Depois dessa primeira invasão da Bahia, terminada em 1625, voltaram os calvinistas a atacá-la, em março de 1627, quando o almirante Piet Heyn, praticando pirataria na costa e burlando-se dos canhonaços disparados da cidade, conseguiu atacar uma frota de 26 navios mercantes e roubar grande parte da mercadoria, principalmente açúcar.

Os holandeses haviam se apoderado de Olinda e Recife desde 1630. Ao saber das desavenças existentes entre o Conde de Bagnuolo e o novo Governador-Geral, Pedro da Silva, Maurício de Nassau decidiu atacar Salvador. O conde de Bagnuolo era um nobre napolitano que havia tomado parte na expedição contra os holandeses, em 1625.

 

Mais uma tentativa frustra de tomar a Bahia

Assim, vindo de Pernambuco com 35 navios bem armados e seis mil homens, em abril de 1638 chegava Nassau a Salvador. Porém, foi ele sucessivamente repelido, pois as forças luso-brasileiras da Bahia estavam não só melhor preparadas, como também com espírito mais aguerrido.

Os combates duraram aproximadamente um mês, e já no dia 25 de maio, após sucessivas derrotas, resolveu Nassau fugir vergonhosamente, sem ter obtido uma vitória sequer. Pela firmeza da resistência, o governardor Pedra da Silva recebeu o título de o "Duro".

Tendo perdido boa parte de seu exército nessa expedição, ficou o chefe holandês com seu prestígio irremediavelmente comprometido.

 

País dividido e protestante?

E assim, mais uma vez, o território brasileiro foi salvo da dominação dos hereges. Primeiramente devido à proteção especial da Divina Providência. Depois, em virtude da atuação de homens que manifestaram possuir um espírito característico da mais alta nobreza: nobres pelo sangue e nobres por sua bravura.

A esses valorosos deve o Brasil haver-se mantido fiel à Religião verdadeira e forjado sua nacionalidade, como também preservado sua unidade territorial, sem as divisões ocorridas em tantos outros países.

É nosso dever agradecer tais dádivas providenciais e pedir a Deus e à Padroeira nacional, Nossa Senhora da Conceição Aparecida, que nossa Pátria continue a se manter fiel àqueles princípios pelos quais lutaram tantos heróis do passado, cuja firmeza na luta e fortaleza na Fé tornaram possível perpetuar no Brasil o verdadeiro espírito católico”.

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FONTES DE REFERÊNCIA:

I Francisco Adolpho Varnhagen, História Geral do Brasil, Ed. e & Laemmert, Rio, 1874.

2. Robert Southey, História do Brasil. Ed. Garnier, Rio, 1862.

3. Gaspar Barleus, História dos feitos (de Maurício de Nassau) praticados durante oito anos no Brasil. Ed "Fundação de Cultura Cidade do Recife, 1980.

 

 



[1] Segundo testemunho dos próprios holandeses, que diziam isso para se vangloriar, os invasores levaram para a Holanda 7 navios carregados de riquezas – objetos de ouro e prata, além sedas e outros tecidos de luxo – demonstrando assim que Salvador era a maior e mais rica cidade das Américas, sendo que toda essa riqueza tinha vindo de Portugal.


domingo, 20 de abril de 2025

CONCLUSÃO DAS BODAS DE CANÁ: PERPÓSITOS DE CASTIDADE NO INÍCIO DO MATRIMÔNIO

 

 

Após as festividades de casamento, vejam como Catarina de Emmerich descreve os propósitos dos noivos no final da festa:

“Ao terminar o banquete de bodas aproximou-se de Jesus a o noivo a sós, e falou com Ele, cheio de humildade, e declarou como todas as suas paixões haviam se  apaziguado; e não sentia já desejos, e se propunha a viver em continência com sua esposa, se ela o consentisse; e chegando a esposa, dizendo o mesmo com Jesus, os chamou a ambos e lhes falou do matrimônio e da pureza que tanto agrada a Deus e dos frutos múltiplos da castidade e do espírito. Falou de muitos profetas e de santos, pessoas que haviam vivido em castidade e haviam oferecido a Deus Pai sua carne, e que estes adquiriam filhos espirituais, convertendo a homens perdidos, os quais haviam conduzido para o bem, e que esta descendência é santa e grande. Tudo isto o explicou com parábolas de semear e de colher. Eles fizeram então um voto de castidade e de viver como irmãos, pelo período de três anos. Ajoelharam-se diante do Senhor, que os abençoou.

Na tarde do quarto dia das festas foram conduzidos ambos esposos a sua casa com uma solene comitiva de convidados. Levavam uma espécie de candelabro com diversas luzes formando uma letra; adiante iam meninos levando duas coroas de flores, uma fechada e outra aberta, e desprendiam delas flores diante da casa dos esposos. Jesus estava já em casa e os recebeu e os abençoou. Os sacerdotes estavam presentes, mas desde que viram a maravilha nas bodas, mostraram-se humildes.

No sábado ensinou Jesus na sinagoga de Caná por duas vezes. Falou referindo-se às festas de bodas, à obediência e aos piedosos sentimentos dos esposos. Quando saiu da sinagoga se viu rodeado de pessoas que lhe pediam de joelhos compaixão pelos enfermos. Operou aqui duas curas milagrosas. Um homem havia caído de uma torre, havia morrido, e tinha todos os membros despedaçados. Jesus se aproximou e ordenou os membros, tocou as feridas e lhe mandou levantar-se e ir pra casa; o qual o fez muito alegre, depois de haver dado graças a seu Salvador. Este homem tinha mulher e filhos. Foi levado também a um possuído do demônio que, estando furioso, havia sido amarrado a uma pedra. Jesus o libertou do demônio e de suas ataduras. Curou também vários gotosos e uma mulher hidrópica, pecadora. Foram sete os que curou. Algumas pessoas não puderam vir para as festas de bodas e como ouviram dizer que depois do sábado ia retirar-se dali, já não quiserem deter-se mais. Os sacerdotes, depois que viram o milagre das bodas lhe deixaram obrar, e estas curas se fizeram na presença deles. Os discípulos não estavam presentes”.   

 

(Transcrito da obra inédita “A FELICIDADE ATRAVÉS DA CASTIDADE”, de minha autoria, página 396. Traduzido de “Visiones e Revelaciones de la Ven. Ana Catalina Emmerick”, de Clemens Brentano, Bernardo E. Overberg y Guilhermo Wesener”, tomo IV – La primera pascua de Jerusalém – Editorial Surgite - pág. 44)

 

sábado, 5 de abril de 2025

QUE SAUDADES DA VELHA ESQUERDA!

 



Saudades da esquerda? Como é que se pode ter saudades de uma coisa tão ruim?  É que minha saudade é apenas por causa de certos fatores dignos de nota, e que hoje a esquerda não tem mais. Embora cheia de erros de filosofia a esquerda no passado tinha pensadores, havia alguns que ainda botavam a cabeça para funcionar, embora iludidos e tentando iludir os demais.

Lembro bem que no meu tempo de colégio, quando frequentava o Liceu do Ceará, passava pela Praça do Ferreira antes de pegar meu ônibus e lá encontrava uma turma entusiasmada em debates ideológicos. Naquele tempo a esquerda tinha pensadores. Havia um líder estudantil, chamado “Parangaba” (comunista tão finório que terminou seus dias de vida em Cuba), diretor do DCE do Liceu, que era um dos principais elementos dos debates, ao lado de outros personagens do povo. Discutia-se temas como liberdade, propriedade privada, socialização da economia, poder estatal, imperialismo americano (sem falar no imperialismo russo, é claro)  etc. Após as discussões todo mundo ia para sua casa com as mesmas concepções, com exceção de um ou outro jovem. Eu, apesar de muito jovem , ouvia os debates, mas nunca me simpatizava por aquelas ideias esquerdistas, havia algo de bom senso que o impedia. E era esse o comportamento de toda a sociedade, toda a opinião pública, a qual nunca aprovava os ideais da esquerda quando estes eram apresentados de forma direta e com sinceridade.

Apesar de tudo, naquele tempo o pessoal da esquerda ainda pensava. Alguns deles tinham alguma ideia na cabeça, mesmo errada e levando ao caos.

Hoje, tudo mudou. É bem verdade que se trata de um fenômeno generalizado em toda a sociedade: as pessoas não conseguem mais pensar antes de tomar qualquer atitude, agem somente por impulsos. Sim, mas o pessoal da esquerda anda na pior situação de broncura intelectual. Intelectuais de esquerda de hoje, quem são? Além de alguns professores de escolas públicas, com emprego garantido pelo resto da vida, quem mais? Ciro Gomes no Brasil? Macron na França? Biden nos Estados Unidos? Maduro na Venezuela? Que miséria! Que pobreza intelectual! Eu diria que não se deve citar Lula porque ele nem é de esquerda propriamente dito, pertence ao partido dos oportunistas simplesmente. É mais vazio do que o caos do espaço.

Mas, essa mudança não foi abrupta, não foi repentina, foi feita aos poucos.  Primeiramente, após a queda do muro de Berlim, pararam de pregar a república sindicalista, o poder estatal comunista pleno, com promoção em escala mundial para o “socialismo capitalista chinês” (onde os magnatas do capitalismo mundial passaram a aplicar seu dinheiro), dando ênfase ao movimento ecológico. O partido verde passou a ser a vedete, embora com poucos seguidores. Chegaram até a proscrever as siglas do PC em alguns países, pois o termo comunista só causava repulsa na população. Em vez de socialismo, em vez de PC e outras siglas assustadoras, passaram a incrementar LGBT, feminismo, etc. E, de sigla em sigla, o movimento esquerdista perdeu seu colorido ideológico principal, ficando completamente vazio de sentido filosófico econômico e social.

Que defendem eles hoje? Em vez de discursos ideológicos inflamados como outrora o que se vê hoje são mulheres mal vestidas, algumas despidas, junto com alguns homens também seminus, a maioria cheio de tatuagens, manifestando-se como se fossem os bárbaros dos tempos pré medievais. Os expoentes da esquerda passaram a ser representados por arruaceiros tipo “Black blocs”, por aqui, enquanto que na Europa e Estados Unidos eles compunham um violento grupo de agitação social indefinido. Ideias: nada! Sim, há algumas ideias que não se podem chamar como tais, pelo conteúdo de coisas desconexas e antinaturais, como ideologia de gênero, homossexualismo, aborto, promíscuo uso de drogas, etc. Ideias de comportamento social ou até mesmo o próprio socialismo de estado é coisa morta. E quando o fazem, como o MST, caem logo no isolamento social. A esquerda hoje não age na sociedade como quem prega ideias, mas como grupo que faz agitação com convulsões sociais, visando não o poder mas espalhar o caos na sociedade.

O poder, pelo menos o poder, deveria ser esse o objetivo principal.  Mas em 1968, na revolução de Sorbonne, em Paris, pregaram a derrubada do próprio poder. Alguns chegaram a pregar “abaixo o poder!”. Também criaram “slogans” até um pouco inteligentes, como o famoso “é proibido proibir” e tantos outros. Hoje, não se vê nada disso a não ser palavreados idiotas e sem sentido, feitos por quem não consegue mais botar o cérebro para funcionar. A esquerda continua um fenômeno de elite, tão podre quanto as elites modernas, mas destituída hoje da capacidade intelectual das elites do passado. Tudo indica que a força principal que lhes alimenta é o PCC, tanto o daqui (o Primeiro Comando da Capital) quanto o da China (Partido Comunista Chinês), mas ambos pensando unicamente em dinheiro.

O exemplo mais frisante dessa morte ideológica da esquerda é a guerra sem quartel que eles faziam (e ainda fazem) contra o ex presidente Bolsonaro, nomeando-o gratuitamente de genocida e dando razão aos que condenam o medicamento que estava curando o povo da covid. Envolviam-se com a pandemia, um problema sanitário, com fanatismo invulgar, e nada mais. Ideias, zero! Pois é: tomara que a esquerda aprenda a pensar e volte a mostrar claramente suas ideias ao povo: só assim eles enterrarão mais rapidamente seus conceitos com a rejeição popular. Descolados do povo, eles nunca mais conseguirão defender claramente seus ideais.

Ah, esqueci de frisar: nas décadas passadas eles pensavam um pouco, mas também agiam muito, pois foi quando fizeram várias guerrilhas genocidas tentando tomar o poder. Ainda bem que fracassaram completamente e, hoje, até mesmo tais guerrilhas faliram por falta de apoio popular. A única saída deles, caso o Brasil volte para as mãos de um presidente conservador, será novamente a guerrilha, talvez até comandada pelas quadrilhas de traficantes. Idealismo, porém, nada!