Agora, com o anúncio da morte do terrorista, muitas controvérsias circulam pela mídia. O jornal “Le Monde” levanta várias contestações, por sinal, inúteis: por que foi morto e não preso e levado a julgamento? Por que não se lhe permitiram realizar uma cerimônia religiosa com o cadáver? Há certeza sobre a identidade do morto? Exija-se exames de DNA, etc. Tantas interrogações é de molde a querer desacreditar a operação militar, como tantas outras desacreditadas pela mídia mundial. E, no fundo, carregar de simpatias o seu público pelo criminoso.
Há outras interrogações a fazer: por que os militares americanos, tão eficientes em suas operações de guerra, demoraram tanto tempo para eliminar tão perigoso bandido? É sabido que, logo após a invasão do Afeganistão, tanto Bin Laden quanto um seu lugar-tenente, um tal de Omar (como tantos outros Omar que existem por lá) escapou “milagrosamente” de um cerco feito por milhares de soldados americanos. Quantos cercos estes homens diabólicos escaparam, enganando “milagrosamente” militares tão experimentados quanto os americanos? Por que circularam diversos vídeos em que aparentemente o terrorista renovava suas ameaças aos americanos sem que se verificasse a autenticidade dos mesmos? Aliás, a maioria de tais ameaças era veiculada pela tendenciosa rede Al Jazira, e nunca a mídia internacional pôs em dúvida a veracidade dos mesmos.
Não se sabe ao certo se Bin Laden realmente estava vivo ou se já havia sido morto há muitos anos. Esta suspeita é mais evidente, não por causa da mídia, mas por fatores outros. É que a imprensa sempre cria seus “mitos” e os sustenta durante anos. Um de tais “mitos” foi o do terrorista Carlos “O Chacal”, um super-bandido venezuelano das últimas décadas do século passado, que agia impunemente em vários países, dando a impressão de alta capacidade pessoal, de um lado, e de fracasso das polícias, de outro. Também criava no público um fascínio por suas ações, pois às vezes a esperteza cria mais fascínio do que a justiça... Outros bandidos criaram também fama internacional pela esperteza, audácia e capacidade de desafiar os mais poderosos do mundo. Mas tal fama é graciosa, fruto do trabalho bem feito pela mídia.
Um de tais bandidos foi Bin Laden. Era necessário que aparecesse aos olhos do grande público aquela figura meio idiota, meio imbecil, de olhar baixo parecendo um retardado, com características verdadeiramente de um miserável, com aquela barba imunda dando-lhe aspecto de um faquir, era necessário que aparecesse figura tão tacanha como desafiadora do poder americano. O fraco enfrentando o mais forte. E, mesmo morto, era necessário que parecesse aos olhos do público que ainda vivia e causava sensação de medo e de desafio ao maior poder da terra. Por causa disso, não se tem certeza de que o cadáver atual seja do próprio Bin Laden.
De outro lado, tal cadáver seria necessário para ressuscitar um outro defunto: o do prestígio de Obama, que cai a cada dia nos Estados Unidos. Agora, com a notícia da morte do terrorista, a popularidade do governante americano vai até ás alturas. Talvez até supere a popularidade de Bush quando invadiu o Afeganistão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário