domingo, 8 de março de 2015

COMO NASCEU A "CIÊNCIA" GENÉTICA?

Como nasceu a "ciência" genética?
Fala-se hoje em ciência genética como o conhecimento mais avançado que possuem os homens, a ponto de se fazer experiências mirabolantes com os órgãos da vida. Começaram a fazer tais experiências com animais, como sempre, para depois passar para as pessoas humanas. De simples cruzamentos de espécies se passou para a geração espontânea de novos seres, de novas "espécies", tudo feito em laboratórios com a manipulação de células e fórmulas científicas.
A técnica chamada de "clonagem" de animais progrediu tanto que já se fala em fazer o mesmo com seres humanos.
Pode-se conjecturar, a estas alturas, se não estamos prestes a ver surgir entre nós a entidade imaginada por Fausto, e celebrizada no famoso romance “Fausto”, de Goethe, o “Homúnculo”.  Trata-se de um “ser”  humano que os antigos feiticeiros pretendiam fazer criar, ou gerar, sem corpo, sem peso e sem sexo, mas dotado de um cérebro superdotado. Goethe imaginou a criação do “homúnculo” a ser produzido artificialmente em laboratório pelos personagens Fausto e Wagner. O tal “homúnculo”  teria a capacidade de tudo ver, inclusive os sonhos e pensamentos mais recônditos dos homens, mas seria incompleto, porque não teria o poder de amar e nem teria consistência e plenitude física.  Tratar-se-ia de um homem de proveta, feito em laboratório, exclusivamente constituído por cérebro e espírito e dotado de grande poder psíquico. Tal seria a capacidade criadora do homem moderno para conseguir tal feito se não tivesse também a participação do demônio e a permissão de Deus...
 Mas, será que esse tipo de “ciência” é alguma novidade na humanidade decaída?  Na Sagrada Escritura se fala de homens gigantes, gerados através da cópula entre demônios e as “filhas dos homens”. Estes gigantes se expandiram pela terra e formaram verdadeiras nações. “Ora, naquele tempo, havia gigantes sobre a terra. Porque depois que os filhos de Deus tiveram comércio com as filhas dos homens, e elas geraram filhos, estes foram homens possantes e desde há muito afamados” (Gen 6, 4). "Filhos de Deus” é uma expressão bíblica para designar os anjos.
Referidos gigantes se expandiram pela terra. No tempo de Moisés havia uma tribo de gigantes chamada “emins” e outra chamada “enacins”. Uma delas descendia dos moabitas, filhos de Lot: “Os emins foram os seus primeiros habitantes, povo grande e forte de tal estatura que se tinham por gigantes, da linhagem dos enacins. Enfim os moabitas chamam-nos de emins” (Deut 2, 10). Haviam outras tribos de gigantes. Em terra de Amon havia uma tribo chamada zomzomin, “povo grande e numeroso, e de tal estatura, como os enacins, que o Senhor exterminou diante dos amonitas, e fez habitar estes em lugar daqueles...” (Deut 2, 21). Um gigante famoso foi o filisteu Golias, com 6 côvados de altura, cerca de 2,80 m.  E outro também foi Og, morto por Moisés juntamente com toda a família.
Em sua obra Cidade de Deus, Santo Agostinho afirma: "Deixo em aberto a questão da possibilidade de Vênus ter dado à luz Enéias através do coito com Anquises. Questão semelhante aparece nas Sagradas Escrituras, onde se pergunta se os anjos do mal, tendo copulado com as filhas dos homens, teriam assim povoado a terra de gigantes, ou seja, de homens anormalmente fortes e grandes" (Livro 3, cap. 2). No entanto, em outra parte, Santo Agostinho é mais explícito: "É crença generalizada, cuja verdade é testemunhada por muitos através da própria experiência, ou, ao menos, pelo testemunho de terceiros de indubitável honestidade e que passaram pela experiência, que Sátiros e Faunos têm aparecido a mulheres devassas, a procurá-las e manter coito com elas.  E que certos demônios tentam e conseguem, assiduamente, essa obscenidade, o que é testemunhado por pessoas absolutamente dignas de confiança, sendo portanto insolente negá-lo”  (Livro 5, cap. 23).   De tal forma esta tese foi aceita pacificamente dentro da Igreja, entre teólogos e santos, que São João Bosco afirma sem nada opor em sua obra "História Sagrada", que tais gigantes foram gerados pela cópula diabólica.
Não é difícil explicar prática e teologicamente como isso ocorreu, ou poderia ocorrer ainda. Sendo os anjos maus dotados de poderes extraordinários, como podem com permissão de Deus transportar qualquer corpo material no espaço, podem também eles transportar o sêmen masculino e inocular numa mulher. Segundo o próprio São Tomás de Aquino, o demônio não é o agente fecundador mas apenas um intermediário. Sendo assim, a criança ali gerada é filha do homem de onde foi extraído o sêmen: “Como diz Agostinho, ‘muitos experimentados, ou instruídos pelos experientes, confirmam que os Silvanos e os Faunos, chamados vulgarmente íncubos, são muitas vezes luxuriosos com as mulheres, desejando-as e realizando o ato carnal com elas, de modo que é imprudente negar tal fato. Porém os santos anjos de Deus de nenhum modo puderam assim manchar-se, antes do dilúvio. Por onde, entendem-se por filhos de Deus os de Set, que eram bons; porém, a Escritura chama filhas dos homens às nascidas da estirpe de Caim. Nem é para admirar que delas pudessem nascer gigantes, embora nem todos assim o nascessem, mas muito mais antes que depois do dilúvio’. Se, porém, por vezes alguns nasceram de coito com os demônios, tal não se operou pelo sêmen emitido por eles ou pelos corpos assumidos, mas pelo sêmen de algum homem, obtido para tal fim; e isto por ter o mesmo demônio, súcubo em relação ao homem, se tornado íncubo com relação à mulher, assim como assumem as sementes de outros seres para a geração de alguns deles, como diz Agostinho. De modo que o nascido de tal operação não é filho do demônio, mas do homem de quem foi obtido o sêmen”. (Summa I, q LI, art. III).[1]
As condições em que tal fertilização se deram, e talvez os efeitos causados pelo contato maligno, ou mesmo de qualquer outro efeito diabólico, fazem com que aquela criança se torne um ser agigantado e forte. Houve, portanto, alguma mutação genética que o anjo mau conseguiu colocar no sêmen antes de inoculá-lo na mulher.





[1] “Íncubo”significa que se deita por cima, e “súcubo” que se deita por baixo, para designar ações demoníacas no coito carnal humano. 

quarta-feira, 4 de março de 2015