quinta-feira, 31 de julho de 2014

RELÍQUIAS DOS REIS MAGOS COMPLETAM 850 ANOS NA ALEMANHA





ROMA, 30 Jul. 14 / 08:52 am (ACI/Europa Press).- O Papa Francisco nomeou o Arcebispo de Milão (Itália), Cardeal Angelo Scola, como seu enviado especial na comemoração do 850º aniversário do traslado das relíquias dos Reis Magos de Milão (Itália) a Colônia (Alemanha). Esta comemoração acontecerá em 28 de setembro de 2014.
Segundo a história divulgada pelo site da Catedral de Colônia, a mãe do imperador Constantino, Santa Elena, encontrou as relíquias dos Reis do Oriente na cidade de Sabá e as transladou até a capital do Império Romano, Constantinopla, hoje Istambul.

Três séculos depois, o então Bispo de Milão, São Eustorgio, viajou a Constantinopla para que o imperador aceitasse a sua nomeação episcopal e este lhe deu de presente as relíquias dos três Reis que retornaram com ele à cidade italiana.

Entretanto, quando o imperador Barbarossa sitiou Milão, o Arcebispo de Colônia, Rainald von Dassel, descobriu que uma igreja milanesa custodiava as relíquias. A abadessa deste convento era irmã do prefeito da cidade e prometeu dar as relíquias a Von Dassel em troca de proteger a vida de seu irmão da fúria do imperador.

Por isso, depois do ataque à cidade, o Arcebispo de Colônia só pediu uma recompensa ao imperador: que permitisse que a abadessa abandonasse a cidade de Milão com tudo aquilo que pudesse carregar sobre seus ombros. O imperador se enfureceu quando percebeu que o que tinha levado sobre suas costas era o seu irmão. A abadessa cumpriu com a sua parte do trato e desta forma as relíquias puderam chegar a Colônia.

Atualmente, o Santuário dos Magos do Oriente na Catedral de Colônia é o maior e artisticamente mais significativo e ambicioso relicário da Idade Média. As relíquias foram transladadas de Milão a Colônia em 1164 e, desde 1190 a 1220 (30 anos) um grupo de artesãos trabalhou no santuário, no atelier do ourives Nicolás Verdún.

A ornamentação do santuário inclui ouro e prata, figuras douradas, painéis de filigrana, pedras preciosas, colunas e arcos. As imagens refletem episódios da história da salvação desde o começo dos tempos até o Juízo Final.

O santuário teve que ser reduzido depois de ser escondido das tropas revolucionárias francesas em 1974, mas depois foi restaurado entre 1961 e 1973. Atualmente, está construída por cima do altar maior medieval na parte de trás do coro interno, convertendo esta área no principal foco da catedral gótica que foi construída como um relicário de pedra para este tesouro.

            *                         *                            *

Veja na nossa postagem anterior:

quinta-feira, 10 de julho de 2014

Estado de Israel: a causa da revolta muçulmana e palestina?





Mais uma vez a questão Palestina se acentua com a guerra decretada entre as duas partes: judeus e palestinos. Centenas de foguetes e bombas caem de lado a lado. E as nações assistem perplexas dois povos confrontando-se numa guerra insana.

Desde o ano 70 de nossa Era, quando Jerusalém foi destruída pelos romanos, os judeus ficaram dispersos pelo mundo. Esta dispersão e destruição de Jerusalém estão previstas em várias profecias, inclusive do próprio Nosso Senhor Jesus Cristo. É a famosa diáspora judaica que perdura até os dias atuais. No decorrer de quase 2 mil anos os judeus ficaram dispersos pelo mundo sem terra onde pudessem se estabelecer politicamente no concerto das nações.

Foi o judeu Theodor Herzl que lançou o “movimento sionista”, visando criar o Estado de Israel. Em 1904, Herzl obteve uma audiência com o Papa São Pio X, do qual obteve a seguinte resposta ao pedido de apoio ao seu movimento: “De duas uma: ou os judeus guardarão sua antiga fé e continuarão a esperar pelo Messias, que nós cristãos cremos já ter vindo à terra, - e nesse caso negarão a divindade de Cristo, e não poderemos ajudá-los; ou então irão para a Palestina não professando nenhuma religião, e nesse caso nada teremos a ver com eles”.

Mais adiante, São Pio X acrescenta: “A fé judaica foi o fundamento de nossa própria fé, mas foi ultrapassada pelo ensinamento de Cristo e não podemos admitir que ela tenha qualquer validade hoje em dia. Os judeus, que deviam ser os primeiros a reconhecer Jesus Cristo, não o fizeram ainda”.

Herzl argumentou que o povo judeu vivia errante e precisava de uma terra, ao que o Papa retrucou:  “Tem que ser Jerusalém?”. O judeu respondeu que não estava pedindo Jerusalém, mas a Palestina. Mesmo assim o Papa não concordou: “Não nos podemos declarar a favor desse projeto”.

No decorrer do século XX, de uma forma misteriosa (principalmente durante o Nazismo), começou a haver uma ignominiosa perseguição aos judeus dispersos pelo mundo e alguns milhões deles foram mortos. Isso causou nas Nações Unidas um sentimento de pena (um tanto artificial) deste povo, fazendo com que após a Segunda Guerra a ONU reunida tivesse aprovado a concessão de um território para ele.  Escolheram a Palestina, região onde surgiram os judeus, mas ocupada há séculos por muçulmanos, árabes ou não.  Para que os judeus ocupassem o terreno doado arbitrariamente pela ONU teriam que expulsar os atuais ocupantes, e para isto tiveram que mover uma guerra, a primeira de uma série delas...

É bem verdade que, logo após a proclamação de seu Estado, Israel foi implacavelmente atacado por países muçulmanos, alguns com regimes islâmicos (Egito, Líbano, Síria, Iraque, etc.), os quais não reconheciam o novo país naquela área, pois temiam o que veio ocorrer depois: a expulsão dos palestinos. Dentro de poucos dias, Israel (auxiliado inclusive por tropas francesas e inglesas) já era dono de área superior àquela preceituada pela ONU, expulsando inapelavelmente a população civil de suas propriedades para serem ocupadas pelos judeus imigrantes.

Consta de um “Petit Guide de Terre Sainte”, escrito em 1964 pelo padre franciscano Paulin Lamaire, as seguintes observações: “No momento em que extinguiu o Mandato Britânico sobre a Palestina (1947), ali existia uma população de 2.260.000 habitantes, dos quais 1.140.000 eram muçulmanos, vivendo ao lado de cerca de 775.000 judeus, 145.000 cristãos e 15.000 outros. Atualmente, segundo o recenseamento de 1960, existem em Israel 2.140.000 habitantes, dos quais apenas 240.000 não são judeus. Os cristãos são agora perto de 45.000, os muçulmanos, próximo de 135.000 e os druzos, 17.000”.  Em 1948, o Estado de Israel tinha 12.000 km2, aumentando para 21.000 km2 a partir de 1967. Sua população total, hoje, supera os 8 milhões de habitantes, a maioria composta de judeus (cerca de 7 milhões). Segundo o censo de 2012 vivem por lá cerca de 1,6 milhão de árabes e alguns milhares de cristãos.  Inicialmente, escolheram como capital a cidade Tel Aviv, mas a partir de 1980 o parlamento israelense (Knesset) proclamou Jerusalém como capital, embora houvesse resolução da ONU em contrário.

De 1948 até nossos dias o Estado de Israel não teve um só dia de paz. Depois da guerra de 1948, veio a de 1956 (em 29 de outubro, a “campanha do Sinai), apoiados por forças anglo-francesas, e a grande guerra dos seis dias em 1967. A ONU tem procurado sempre estar favorável a Israel, e nunca suas resoluções foram cumpridas, porque aquela organização tem se mostrado inteiramente incapaz de solucionar os conflitos internacionais. Vejamos, por exemplo,  como as coisas, no âmbito da ONU, ocorrem:

-          Em data de 29 de novembro de 1947 (apenas dois anos depois da formal criação da ONU), foi aprovada a resolução n. 181, que decide pela divisão do território palestino em dois Estados, um judeu e outro composto pelos atuais ocupantes da região. O Estado judeu foi criado logo no ano seguinte, por decisão e imposição dos mesmos, mas o palestino nunca o foi até nossos dias;

- Resolução n. 303, de 9 de dezembro de 1949, determina que a cidade de Jerusalém tenha “status”  internacional e seja administrada pela ONU. Hoje, os judeus mandam na cidade, embora ainda tolerem algumas áreas cristãs e muçulmanas;

-  Após a guerra dos seis dias, a 22 de novembro de 1967, resolução n. 242 do Conselho de Segurança da ONU determina que Israel se retire dos territórios ocupados naquela guerra. Nada se cumpriu até o momento;

-  Resolução n. 3379, de 10.11.75, qualifica o sionismo como uma forma de racismo e de discriminação racial. Mas tudo no papel, nada na prática, pois nenhum país ousou pôr em uso contra o sionismo as leis que eles criaram contra o nazismo e outras formas de racismo;

-          Em março de 1978 são aprovadas duas resoluções, de n. 425 e 426, exigindo o fim das ações bélicas de Israel contra o Líbano e decide criar uma força internacional da ONU na região. Em parte, isto foi cumprido, mas após terrível massacre dos judeus contra palestinos em Sabra e Chatilla;

-  Em 14 de dezembro de 1978, a resolução 33/71 da Assembléia Geral da ONU proíbe seus integrantes de cooperação bélica com Israel e de lhe fornecer qualquer equipamento militar. Sabe-se que os Estados Unidos até hoje mantêm forte cooperação e ajuda militar a Israel, sem qualquer censura do inócuo organismo da ONU;

-  Mais uma resolução é feita, em 30 de junho de 1980, a de n. 476, determinando que Israel se retire dos territórios ocupados na guerra de 1967. Tal resolução, como as demais, foi ignorada por Israel;

- Com violência inaudita, o exército de Israel lança tanques de guerra contra loucos atiradores de pedras, forçando mais uma resolução do Conselho de Segurança da ONU, em 07 de outubro de 2000, a de n. 1322, que condena tais ações bélicas. Israel continua surdo ao que determina o máximo organismo internacional de paz entre as nações.

Como esperar, pois, que Israel atenda hoje ao pedido da ONU para cessar fogo?



A impressão que se tem é que o judaísmo, infiltrado e poderoso em vários setores chaves dos postos de mando (ONU, Estados Unidos, etc), consegue “abafar” normas que possam impedir o crescimento do Estado judaico. Mas de outro lado, quanto mais este Estado cresce, mais aumenta o ódio de seus vizinhos contra ele. Assim, aquilo que poderia ser tido como um desafio ao próprio Deus, que lhes amaldiçoou com a dispersão pelo mundo por causa do deicídio praticado em Jesus Cristo, trouxe aos judeus amargos frutos, uma convivência difícil com vizinhos inconformados e justamente revoltados, a ponto talvez de provocar, ou melhor suscitar, um sentimento de repúdio entre eles para com o Ocidente Cristão e a deflagração de uma Revolução islâmica universal. Pior ainda, suscitou entre eles a formação de redes terroristas capazes de horríveis ataques suicidas, com bombas atadas ao próprio corpo do atacante, e com a morte de inúmeras vítimas civis inocentes. 

O problema da Palestina é tão importante para a revolução islâmica que todos os terroristas e dirigentes muçulmanos em geral o alegam como principal ódio que mantêm contra a América do Norte. Quando Israel os guerreia, os combate com seu exército, com seus tanques e bombas “legais”, está diretamente lhes açulando o ódio contra os Estados Unidos e contra todo o Ocidente cristão. Pesquisa publicada pelo jornal “Al Watan” (em abril de 2002), da família real da Arábia Saudita, constatou que 60% dos sauditas odeiam os EUA. Perante a pergunta “Você odeia o Ocidente em geral?”, 49% responderam que sim, 30% não, e o restante se manteve indiferente. Perguntados qual a razão deste ódio, 75% responderam que era por causa do apoio logístico que os americanos davam aos judeus no conflito israelo-palestino.

E assim, tanto Israel quanto o Próprio EUA e a ONU ficam num impasse: precisam acalmar os beligerantes palestinos islâmicos e lhes prometem criar um Estado, um País onde possam viver; mas como manter este povo na fronteira de Israel com perigo constante para seu território? Mais cedo ou mais tarde, estando a Palestina estruturada como País e com assento na ONU, o Estado de Israel correria perigo. Da mesma forma os judeus não abrem mão de seu território, conquistado a ferro e fogo. Como sair do impasse? Aparentemente como as coisas andam no momento, não há saída. O impasse continua, as guerras continuam e Israel terá que conviver sem paz...

A solução para o problema encontra-se por enquanto nas elucubrações teóricas utópicas: todos os judeus se tornarem muçulmanos ou então todos muçulmanos tornarem-se judeus, ou, mais difícil ainda, quase impossível, muçulmanos e judeus tornarem-se cristãos. Provavelmente, será a única solução para a Palestina, embora hoje pareça utópica e irrealizável. Para que haja paz é necessário que a doutrina praticada entre aqueles povos seja a de um amor fraterno verdadeiro, e isso só existe entre cristãos, especialmente os católicos. Um religioso franciscano que dirige uma escola em Israel declarou recentemente que os católicos por lá são vistos como seres de outro planeta, e isso porque praticam uma coisa inusitada: a capacidade de perdoar; Sim, judeus e islamitas não sabem o que é perdoar, e por isso odeiam-se tanto.

Há uma outra questão. A imposição de um poder pela força nunca foi estratégia segura e duradoura. A forma usada por Israel de impor seu estado laico pela força das armas nunca vai conseguir trazer paz a seu povo. Isso só ocorrerá no dia em que seus líderes levarem em conta a noção cristão de perdão e compreensão humana de seus adversários. Se nada disso ocorrer continuarão se degladiando infinitamente.


quarta-feira, 9 de julho de 2014

AÇÃO ANGÉLICA NA REGÊNCIA DA OPINIÃO PÚBLICA







Alguém poderia dizer que é temeridade falar de ação sobrenatural ou preternatural em futebol. No entanto, eu acredito piamente numa ação dos Santos Anjos para a condução e regência da opinião pública. E vou basear minha crença em fatos concretos, como os ocorridos aqui no Brasil.

É incontestável que o governo brasileiro procurava obter dividendos políticos com a promoção da Copa do Mundo. Trata-se de uma jogada ardilosa que os militares souberam se aproveitar muito bem, fizeram escola na década de 70, especialmente com Médici: com um bom desempenho da nossa seleção nessa Copa, procura-se atrair a massa da população para uma despreocupante alegria e certo esquecimento temporário dos cruciais problemas nacionais.  É o que se costumou chamar “pão e circo”. Além do mais, os governantes gostam de alardear que tudo de bom é fruto de sua ação (as chuvas, as boas safras, o crescimento econômico, etc.), até mesmo as vitórias da seleção nacional.

Atualmente, como a atual presidente vem numa crescente queda de popularidade e também crescente rejeição pela classe média, os marqueteiros que assessoram a presidência viram na promoção da Copa uma boa oportunidade de barrar tal impopularidade. Falei acima de rejeição pela classe média, pois ainda não se constata tal fato na população em geral. Mas, como a classe média tem sido fator importante para influenciar o resto da população, termina por impor seu ritmo de pensar em outras camadas da população.  E o partido que está no poder teme que a rejeição crescente pela presidente ganhe corpo em todas as outras classes sociais, especialmente nas mais humildes e numerosas. Eles sabem que mesmo ganhando as eleições, mas sem que tal rejeição seja estancada, possa provocar danos ruinosos não somente nas eleições, mas depois num segundo mandato, podendo ocasionar a cassação da reeleita e o estrondoso fracasso de seu partido e os planos para implantar o socialismo no Brasil. Seria pior a queda de Dilma após ser reeleita do que a perca do mandato nas atuais eleições.

A Copa do Mundo só daria dividendos favoráveis ao governo se nossa seleção fosse campeã. Ou então daria dividendos muito mais promissores e vantajosos. Propagou-se incasavelmente nos dias que antecederam a Copa do Mundo as benesses dessa suntuosa promoção: alegava-se o ganho com turismo, os estádios bem construídos e uma infinidade de vantagens para nosso povo. Quando os jogos se iniciaram, a presidente ainda tentou auferir vantagens indo ao início do torneio, mas foi vaiada. Noutra dia foi até xingada por uma turba no estádio, ambiente freqüentado por gente de classe média, especialmente numa Copa do Mundo (cujos ingressos são inacessíveis aos pobres).  Tais episódios soam mal para a propagação de uma boa imagem da popularidade da presidente e de seu governo.  Mesmo assim, enquanto a seleção foi bem na Copa a queda de popularidade de Dilma não foi tão acentuada – o povo se esquecia dela e de seu governo para se preocupar somente com o futebol.

Mas, de repente: um fracasso estrondoso, inexplicável, estonteante, que causou perplexidade mundial. A que se deve tal fracasso? Alegaram-se mil razões, mas nenhuma delas foi ao cerne do problema. Tendo o principal jogador se machucado de uma forma traumática, de repente baixou sobre os demais um clima psicológico ruim e de desânimo. Não, nossa seleção não jogou mal, pessimamente, porque não sabia jogar, porque não estava preparada, etc., etc., Pelo contrário, ela é composta dos melhores jogadores do mundo, os quais brilham nos melhores clubes da Europa; o preparo técnico foi perfeito e cheio de tecnologia moderna. Nada indica que negligenciaram algo para que não desse certo ganhar o campeonato.  Não, tudo estava corretamente bem feito. Naquele jogo em que o time da Alemanha acertou com tamanha eficácia a bola nas redes de nossa seleção não houve somente competência dos alemães, ou negligência e falta de sorte dos nossos jogadores, mas houve muito fortemente uma ação providencial dos Santos Anjos. Talvez tenham exagerado na dose, mas era para deixar bem patente que algo de extraordinário e sobrenatural ocorria naquele jogo. Pois o Brasil precisava tomar um choque psicológico na opinião pública que pudesse impedir que tudo desse certo para  o atual governo. E tudo foi de águas abaixo. E com a seleção, certamente irá de águas abaixo também o governo e o partido que nos governa.

Para corroborar a ação dos Santos Anjos nessa Copa, as duas seleções que vão disputar a final do torneio são exatamente as das nações dos dois Papas vivos, Francisco e Bento XVI. Por um fator de regência política, Deus não queria que o Brasil brilhasse nessa Copa. Mas que brilhassem as nações de dois Papas vivos.