segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Homenagem ao dia do catequista



No último domingo de agosto é celebrado o Dia do Catequista. Deixamos aqui uma homenagem a todos estes homens e mulheres que dedicam seu trabalho e seu afeto para que a mensagem de Jesus tenha a boa acolhida no coração das crianças, dos jovens e dos adultos.

Também a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) celebrou o dia “com admiração, reconhecimento e gratidão”, lembrando que “celebrar o Dia do Catequista é sempre uma graça, motivo de alegria e de reflexão mais profunda sobre o ser do catequista, sua vocação e missão na Igreja e na sociedade”.

Para homenagear este dia a CNBB divulgou o vídeo abaixo.






O Catecismo através da História

Nos primeiros séculos, a Igreja só tinha mestres semelhantes aos Apóstolos. Os catequistas eram seus doutores. Esta função divina de ensinar, de maneira simples e familiar , a Doutrina Cristã era a mesma que os bispos herdaram de Jesus Cristo; consideravam-na peculiar à sua qualidade de pais e pastores. Quando, com o aumento do número de fiéis, viram-se constrangidos pela força das circunstâncias a passar essa tarefa a outros, tiveram o cuidado de escolher, para tão nobre missão, os homens mais capacitados e virtuosos de sua igreja.
Os mais destacados doutores dos primeiros séculos da Igreja ufanaram-se da função de catequista e da preparação dos catecúmenos para o batismo. São Cirilo, bispo de Jerusalém, Santo Ambrósio, arcebispo de Milão, São Gregório de Nissa e Santo Agostinho até compuseram livros, que ainda conservamos, para orientar os catequistas e ensinar-lhes o método de transmitirem os princípios da fé às crianças e aos adultos que se preparavam para o batismo.
Na igreja de Alexandria funcionava uma célebre escola de catequistas para instruir os catecúmenos. Pantenus, São Clemente de Alexandria e Orígenes, que sucessivamente a dirigiram, deram à escola tanta fama, que para ela acorriam pessoas das mais longínquas regiões. Nela, São Gregório Taumaturgo aprendeu os rudimentos da fé e fez progressos tais, que o tornaram célebre pelos séculos afora.
Entre as honrarias da Igreja de Constantinopla, o registro dos serviçais menciona a de catequista, cujas funções eram instruir o povo e todos os que abandonavam a heresia para retornar ao seio da Igreja Católica. Orígenes foi encarregado da doutrina aos catecúmenos já aos dezoito anos quando ainda era leigo. Em Cartago, São Cipriano nomeou para o mesmo serviço um mestre de retórica chamado Optato. Declara-o nestes termos: “Nomeamos Optato, um dos leitores, mestre dos catecúmenos”. Duzentos anos depois, o diácono Deogratias exercia idêntica função na mesma igreja, e foi a seu pedido que Santo Agostinho compôs o belo livro intitulado: “De catequizandis rudibus” . Tudo isso comprova que se confiava essa tarefa ora a um diácono, ora a um sacerdote e, às vezes, até a um simples leigo e que, na seleção de catequistas, olhava-se menos a posição social da pessoas do que seus talentos, virtudes e dons particulares.
Isso continuou até que, tendo a maioria dos homens abraçado o cristianismo, a falta de catecúmenos fez desaparecer aos poucos a função de catequista. Em tal situação, os pais e as mães e, na falta deles, os padrinhos e as madrinhas assumiram o encargo de ensinar a doutrina às crianças. Ao mesmo tempo, os bispos fundaram escolas para instruir a juventude na religião e nas ciências humanas. A criação, nas igrejas catedrais, do título de “écolâtre”, ou chanceler, remonta àquela época. Os que eram investidos dessa dignidade deviam supervisionar as escolas primárias e tinham o direito de: nomear os mestres e as mestras de primeiras letras e dar-lhes posse; resolver e julgar eventuais divergências; e, elaborar estatutos e regulamentos para as escolas primárias e exigir-lhes exata observância.
Foi daí que surgiu a “Escolástica”. O termo “Escolástico” vem do latim “Scholasticus”, que designava o clérigo dirigente da escola vinculada à igreja catedral. Na França medieval, a palavra latina foi deformada para “scolastre”, gerando o termo francês “Écolâtre”. No início do Cristianismo era muito comum se determinar que alguém ensinasse o Catecismo, sendo depois regulamentada aquela função com a designação de um clérigo que, futuramente, ficou dirigindo a escola vinculada à igreja principal, ou catedral. No decorrer dos anos, o termo foi evoluindo até tomar o significado que tem hoje: nome de um método de ensino utilizado nas escolas e universidades medievais a partir do século XI. Várias etapas compõem esse método. A primeira consiste em comentar e explicar os autores, isto é, os escritores considerados autoridades na matéria tratada. A isso chama-se “lectio”, na verdade uma exposição que começa com a análise do texto, de sua correção e significação. A seguir, uma discussão (“disputatio”), onde se estabelece a sentença, isto é, o ensinamento que se pode tirar do texto. A partir do momento em que esse texto é posto em questão, surge a terceira fase do método (‘questio”) na qual alunos e mestres apresentam a conclusão do que examinaram (“determinatio”), sempre dirigida pelo professor. Então, “lectio”, “disputatio”, “questio”, e “determinatio” formam o caminho percorrido pela Escolástica para se chegar á Verdade, que seria a “conclusio”. Duas vezes por ano, os professores organizavam uma reunião chamada “quodlibet”, em que propunham o debate de um tema sugerido por qualquer pessoa presente. A Escolástica tornou-se, com o tempo, o nome que sintetiza as doutrinas teológicas e filosóficas dominantes na Idade Média, cujo cume foi atingido com o Tomismo.
A maioria dos concílios medievais, notadamente os de Châlons-sur-Saône (813), Aix-la-Chapelle (816), Paris (829), Meaux (845), Troflé (909), e Latrão (1179 a 1198), recomendavam encarecidamente a fundação de escolas e obrigaram os párocos a ensinarem o catecismo ao povo.
Apesar do empenho da Igreja, ainda havia muita ignorância religiosa. Jean Charlier, conhecido como Jean de Gerson, ou simplesmente como Gerson, (1363-1429) famoso reitor da Universidade de Paris e teólogo notável, teve que escrever um livro , “Traité du zèle pour attirer les petits enfants à Jésus-Christ” (Tratado do zelo para levar as criancinhas à Jesus Cristo), com objetivo de catequizar as crianças. Ele próprio, reitor e teólogo de fama, exerceu as funções de catequista em Lion, tendo por isto sido julgado como pessoa de mente fraca.
Anos depois, o Concílio de Trento promulgava vários decretos cujos objetivos eram a catequese. Num deles cada vigário era obrigado a dar o catecismo às crianças, aos domingos e dias de festa. Numerosos concílios provinciais confirmaram e publicaram os decretos do Concílio de Trento, obrigando por sua vez seus pastores a serem catequistas de suas paróquias. Na Itália, São Carlos Borromeu foi o primeiro a apoiar a medida, ordenando inclusive que as crianças fossem chamadas ao catecismo pelo toque do sino.
Nos dias atuais a catequese (dar aulas de catecismo) é função quase exclusiva dos leigos, havendo pouquíssima (ou quase nula) participação de sacerdotes ou religiosos de modo geral nesta sublime missão. Da mesma forma, o catecismo dedicado às crianças não sofreu substanciais modificações didáticas, sendo que a última data ainda do tempo de São Pio X, há exatos cem anos.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Crescem as vocações entre os jovens

A Glória TV está exibindo um vídeo que mostra a alegre manifestação de um grupo de 140 jovens clarissas. Trascrevemos abaixo o texto de apresentação de vídeo:

O menos importante o testemunho das Clarissas do Convento da Assunção, em Lerma é tanto a sua juventude e atratividade física em grande parte, mas é óbvio que a atenção ao ver que um grupo de meninas decidiu entrar para um convento de clausura .
A mensagem que está enviando é o vazio espiritual em que grande parte da juventude, não só espanhol está envolvido em especial nestes momentos em que os políticos são extremamente ocupados e preocupados com a tomada de Cristo fora da vida pública e escolas. Mais porém, consumismo e materialismo ateu nunca pode preencher ou corrigi-lo. Isso só leva à decadência.
O excesso de ateísmo, o materialismo, abortos, alcoolismo e abuso de drogas levou à busca de um retiro espiritual. Jovens com uma suposta liberdade e uma vida pela frente, eles decidem abandonar tudo para seguir Cristo até o fim. Nem todos têm a coragem de fazê-lo... ...vizinhos Lerma só ver Clarissas da Assunção quando vão votar. Eles ficam até às 06:30 e passar seis horas por dia à oração.

Vêm de toda a Espanha, com seus títulos debaixo do braço: farmacêutico, físico, atrizes, publicitários, advogados, estudantes, empresários ou empregados. De todas as classes sociais. Neguri, mas também de Leganés. Alguns, amigos do presidente da Endesa e da chefe da polícia, Juan Cotino. Além disso, nos bairros pobres de Madrid, Sevilha, Badajoz e Bilbao. As meninas gostam de Alejandra executivo brilhante da Arthur Andersen. "Você está louco, ficar lá", coro de seus companheiros quando eles disseram que tem uma freira de clausura. "Eu percebi que a luta pelo dinheiro e prestígio social não foi suficiente para dar sentido a uma vida", diz ela.

Cardeal Rouco Varela enche a boca ao falar sobre as freiras: "Você pode imaginar que há um mosteiro das Clarissas de 123 religiosos, cuja idade média não é superior a 30 anos? Todas elas vêm das profissões mais bem sucedidos no movimento das mulheres em Espanha. Não há nenhum quarto, dormindo em beliches, oito estão aguardando para entrar no mosteiro. Por que não dizer ao mosteiro para perturbar sua paz. " O nome que o Cardeal não, o local funcionou o milagre da carreira de fertilidade, não é outro senão a Ascensão das Clarissas de Lerma (Burgos). A irmã Veronica, alguns chamam de "a nova Clara", em referência ao fundador da congregação, Clara de Assis, o amor de Deus e São Francisco, que criou a ordem guiado por um lema: "Meu Deus e meu tudo" . Berzosa Veronica nasceu em 27 agosto 1965 em Aranda de Duero (Burgos). Seu pai era um empresário e professor de música. No dia de seu nascimento, porque ele finalmente lançou foguetes veio uma menina depois de quatro meninos. Um bebê bonito, olhos verdes, que cresceu em uma família feliz como se fosse um abacaxi. A menina que recebe instruções de Deus.

O primeiro, como ela declarou no livro Clara ontem e hoje (editorial CCB), um confessor lhe dá o dia de sua primeira comunhão: "Se você quer ser feliz um dia, inaugura um par de sapatos de uma semana, matando um freira porco vida de clausura. " Veronica cresce, torna-se uma bela moça que toma as crianças de rua, o estudo, parte de uma quadrilha que vai para boates e drogas fumam e tomam um namorado que era tão apaixonado por ela até comprou um cavalo. Mas isso não é preenchido. "Alguma coisa dentro de mim me pediu para encontrar descanso. Vendo como as pessoas destroem suas vidas, eu queria encontrar algo que não está terminado, era eterno. " E ele encontrou em um convento de Clarissas morrendo. Quando ela chegou, ela tinha 23 anos no mosteiro de Lerma não entra um novato. Alguns aposta que não teria passado em tudo.

Não só durou, mas reviveu o convento. Aos 24, ele escolheu Deus ", porque não vale a pena gastar as forças que tem um fim." Vocações começaram a fluir atraído pelo ímã da irmã Verônica, uma freira de olhos verdes e sardas se tornar um mestre de noviços. freiras futuro tornar-se consciente da existência do convento de boca em boca, através de amigos ou na juventude Páscoa. Eles organizam durante a Páscoa e as meninas, de mosteiros, paróquias e congregações em toda a Espanha, são capazes de satisfazer as Clarissas de Lerma. Assim, a Irmã Maria chegou Olatz, um Bilbao que tinha tudo e qualquer coisa à esquerda, "Cristo roubou meu coração. Ele está em toda parte. Eu sinto que vale a pena dar-lhe tudo e tudo é pequeno. " E a Irmã Elizabeth, Patrícia, irmã Ana Belén Sister ... até que o último candidato, que entrou no sábado.

sábado, 21 de agosto de 2010

Esplendorosa Homenagem a Assunção de Nossa Senhora

Harmonia, disciplina, esplendor, maravilhamento e beleza, é tudo o que se destaca numa maravilhosa cerimônia dedicada às solenidades da festa da Assunção de Nossa Senhora, realizada pelos Arautos do Evangelho por seus seminaristas e demais membros. Assista na TV Arautos.

sábado, 14 de agosto de 2010

Prevista nova multidão de peregrinos na Caminhada com Maria em Fortaleza


Fortaleza (Sexta-feira, 13-08-2010, Gaudium Press) A cidade de Fortaleza, no Ceará, receberá no próximo domingo, 15, mais de um milhão e meio de pessoas de todo o mundo, que irão participar da Caminhada com Maria 2010. A procissão, que este ano terá como tema "Fica Conosco Senhor", é uma homenagem à solenidade de Nossa Senhora da Assunção padroeira da capital cearense.
Os peregrinos começarão a romaria por volta das 15h, na Igreja Nossa Senhora da Assunção, no bairro de Vila Velha. No total, caminharão 8 quilômetros portando a coroa da Virgem, até chegar ao destino final: a Catedral Metropolitana de Fortaleza, localizada no Centro da Cidade. Neste templo religioso, acontecerá, por volta das 19h, a cerimônia solene de coroação da imagem de Nossa Senhora da Assunção.
Para o dia anterior à Caminhada, a arquidiocese de Fortaleza preparou também uma moto-romaria, na qual um pelotão de mulheres motociclistas levará a coroa de Nossa Senhora - a mesma que será portada na romaria de domingo - até a praça do conjunto polar.
Os organizadores do evento informam que os peregrinos terão segurança total proporcionada por moto patrulhas e um policiamento aberto de 200 policiais. O corpo de bombeiros da cidade também estará a postos caso haja necessidade.


Veja nossa postagem sobre a VII Caminhada com Maria, ocorrida em 15 de agosto do ano passado, quando chamamos a atenção com esta epígrafe: "Como atrair multidões como esta?... são os devotos de Maria".

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Manifestação ímpar da Fé de nosso povo

Quando o Brasil foi descoberto, logo foi batizado com nomes católicos: Terra de Santa Cruz ou Ilha de Vera Cruz. Porém, já desde aqueles áureos tempos, houve uma verdadeira perseguição a tão lindo nome. Como os mapas geográficos eram feitos por tipógrafos renascentistas ou humanistas, todos eles infensos à religiosidade de nosso povo, começaram a colocar nos mapas não os nomes verdadeiros, mas o que lhes convinha, ou seja "terra dos brasis", ou simplesmente "brasil", por causa da árvore que aqui se cultivava. O mesmo ocorreu com a América, cujo nome verdadeiro "Nova Hispaniola", foi alterado naqueles mapas por "Ameriggo" ou "América", em homenagem a um amigo deles (também renascentista e humanista) Américo Vespúcio, apenas porque fez uma carta descrevendo o novo continente, cometendo-se assim uma grande injustiça com Colombo.
No Brasil, se não temos o país todo com o nome com que foi originalmente batizado, temos pelo menos uma cidade, Santa Cruz, situada no Rio Grande do Norte, e onde parece que há ainda uma pujante fé católica verdadeira. Um exemplo foi dado recentemente.
Uma estátua de 56 metros de altura de Santa Rita de Cássia, a padroeira da cidade, foi inaugurada naquela cidade.
"O fundador da cidade era devoto de Santa Rita de Cássia e construiu a primeira capela em homenagem à santa em 1825. Desde então ela é padroeira da cidade. Anualmente, em 22 de maio, dia de Santa Rita de Cássia, mais de 60 mil pessoas costumam vir para a cidade em peregrinação", diz o padre Aerton Sales, reitor do Santuário de Santa Rita na cidade. Santa Rita de Cássia é conhecida como santa das causas impossíveis.
A imagem de Santa Rita de Cássia fará parte do complexo Alto de Santa Rita, que oferecerá auditório para 225 pessoas, restaurante e capela. Segundo o Governo do Rio Grande do Norte, a obra contou com um investimento de cerca de R$ 6 milhões, com recursos municipais, estaduais e federais, e deve incrementar o turismo e uma maior manifestação da religiosidade do nosso povo. Vejam abaixo um vídeo institucional sobre o evento, um mostrando as etapas da construção do monumento e o terceiro com um teatro realizado na Festa de Santa Rita de Cássia.








terça-feira, 10 de agosto de 2010

domingo, 8 de agosto de 2010

Minueto de Boccherini, música profana que dá paz de espírito

São Domingos, Arauto do Rosário


Hoje, 8 de agosto, é dia de São Domingos de Gusmão, o Arauto do Santo Rosário. Fundador, missionário e pregador de cruzadas, tornou-se, juntamente com São Francisco de Assis, o sustentáculo da Igreja no século XIII. Clique aqui e veja no site dos Arautos do Evangelho a sua hagiografia. Na Audiência Geral de 03 de fevereiro deste ano, o Papa Bento XVI teceu os seguintes comentários sobre este grande Santo:

São Domingos de Gusmão
Caros irmãos e irmãs
Na semana passada apresentei a figura luminosa de Francisco de Assis, e hoje gostaria de vos falar de outro santo que, na mesma época, ofereceu uma contribuição fundamental para a renovação da Igreja do seu tempo. Trata-se de São Domingos, fundador da Ordem dos Pregadores, também conhecidos como Padres Pregadores.
O seu sucessor na orientação da Ordem, Beato Jordão da Saxónia, oferece um retrato completo de São Domingos no texto de uma oração famosa: "Inflamado de zelo por Deus e de ardor sobrenatural, pela tua caridade sem confins e o fervor do espírito veemente, consagraste-te inteiramente com o voto da pobreza perpétua à observância apostólica e à pregação evangélica". É ressaltada precisamente esta característica fundamental do testemunho de Domingos: ele falava sempre com Deus e de Deus. Na vida dos santos, o amor pelo Senhor e pelo próximo, a busca da glória de Deus e da salvação das almas caminham sempre juntos.
Domingos nasceu em Caleruega, na Espanha, por volta de 1170. Pertencia a uma nobre família da Velha Castilha e, ajudado por um tio sacerdote, formou-se numa célebre escola de Palência. Distinguiu-se imediatamente pelo interesse no estudo da Sagrada Escritura e pelo amor aos pobres, a tal ponto que chegou a vender os livros, que na sua época constituíam um bem de grande valor, para socorrer com o lucro as vítimas de uma carestia.
Tendo sido ordenado sacerdote, foi eleito cónego do cabido da Catedral na sua Diocese de origem, Osma. Embora esta nomeação pudesse representar para ele algum motivo de prestígio na Igreja e na sociedade, ele não a interpretou como um privilégio pessoal, nem como o início de uma carreira eclesiástica brilhante, mas como um serviço a prestar com dedicação e humildade. Não é porventura uma tentação, a da carreira, do poder, uma tentação da qual não estão imunes nem sequer aqueles que desempenham um papel de animação e de governo na Igreja? Recordei-o há alguns meses, durante a consagração de alguns Bispos: "Não procuremos o poder, o prestígio e a estima para nós mesmos... Sabemos como as coisas na sociedade civil e, com frequência, também na Igreja sofrem pelo facto de que muitos deles, aos quais foi conferida uma responsabilidade, trabalham para si mesmos e não para a comunidade" (Homilia durante a Capela Papal para a Ordenação episcopal de cinco Excelentíssimos Prelados, 12 de Setembro de 2009).
O Bispo de Osma, que se chamava Diogo, um pastor verdadeiro e zeloso, observou depressa as qualidades espirituais de Domingos, e quis valer-se da sua colaboração. Juntos, partiram para o Norte da Europa a fim de realizar missões diplomáticas que lhes eram confiadas pelo rei de Castilha. Viajando, Domingos descobriu dois desafios enormes para a Igreja do seu tempo: a existência de povos ainda não evangelizados, nas extremidades setentrionais do continente europeu, e a laceração religiosa que debilitava a vida cristã no Sul da França, onde a acção de alguns grupos heréticos criava confusão e o afastamento da verdade da fé. A acção missionária a favor daqueles que não conheciam a luz do Evangelho e a obra de reevangelização das comunidades cristãs tornaram-se assim as metas apostólicas que Domingos se propôs alcançar. O Papa, que o Bispo Diogo e Domingos visitaram para pedir conselho, pediu a este último que se dedicasse à pregação aos Albigenses, um grupo herético que defendia uma concepção dualista da realidade, ou seja, com dois princípios criadores igualmente poderosos, o Bem e o Mal. Por conseguinte, este grupo desprezava a matéria como proveniente do princípio do mal, rejeitando até o matrimónio, chegando mesmo a negar a encarnação de Cristo, os sacramentos em que o Senhor nos "toca" através da matéria, e a ressurreição dos corpos. Os Albigenses apreciavam a vida pobre e austera – neste sentido, eram também exemplares – e criticavam a riqueza do Clero daquela época. Domingos aceitou com entusiasmo esta missão, que realizou precisamente com o exemplo da sua existência pobre e austera, com a pregação do Evangelho e com debates públicos. A esta missão de pregar a Boa Nova ele dedicou o resto da sua vida. Os seus filhos teriam realizado inclusive os outros sonhos de São Domingos: a missão ad gentes, ou seja, àqueles que ainda não conheciam Jesus, e a missão àqueles que viviam nas cidades, sobretudo nas universitárias, onde as novas tendências intelectuais eram um desafio para a fé dos cultos.
Este grande santo recorda-nos que no coração da Igreja deve sempre arder um fogo missionário, que impele incessantemente a fazer o primeiro anúncio do Evangelho e, onde for necessário, a uma nova evangelização: com efeito, Cristo é o bem mais precioso que os homens e as mulheres de todos os tempos e lugares têm o direito de conhecer e de amar! E é consolador ver que até na Igreja de hoje são muitos – pastores e fiéis leigos, membros de antigas ordens religiosas e de novos movimentos eclesiais – que com alegria despendem a sua vida por este ideal supremo: anunciar e testemunhar o Evangelho!
Depois, a Domingos de Gusmão uniram-se outros homens, atraídos pela mesma aspiração. Deste modo, progressivamente, da primeira fundação de Toulouse teve origem a Ordem dos Pregadores. Com efeito, Domingos em plena sintonia com as directrizes dos Papas do seu tempo, Inocêncio III, Honório III, adoptou a antiga Regra de Santo Agostinho, adaptando-a às exigências de vida apostólica que o levaram, bem como os seus companheiros, a pregar passando de um lugar para outro, mas depois voltando aos próprios conventos, lugares de estudo, oração e vida comunitária. De modo particular, Domingos quis dar relevo a dois valores considerados indispensáveis para o bom êxito da missão evangelizadora: a vida comunitária na pobreza e o estudo.
Antes de tudo, Domingos e os Padres Pregadores apresentavam-se como mendicantes, isto é, sem vastas propriedades de terrenos para administrar. Este elemento tornava-os mais disponíveis ao estudo e à pregação itinerante, e constituía um testemunho concreto para as pessoas. O governo interno dos conventos e das províncias dominicanas estruturou-se segundo o sistema de cabidos, que elegiam os seus próprios Superiores, sucessivamente confirmados pelos Superiores maiores; portanto, uma organização que estimulava a vida fraterna e a responsabilidade de todos os membros da comunidade, exigindo fortes convicções pessoais. A escolha deste sistema nascia precisamente do facto que os Dominicanos, como pregadores da verdade de Deus, tinham que ser coerentes com quanto anunciavam. A verdade estudada e compartilhada na caridade com os irmãos constitui o fundamento mais profundo da alegria. O Beato Jordão da Saxónia diz de São Domingos: "Ele acolhia cada homem no grande seio da caridade e, dado que amava todos, todos o amavam. Fez para si uma lei pessoal de se alegrar com as pessoas felizes e de chorar com aqueles que choravam" (Libellus de principiis Ordinis Praedicatorum autore Iordano de Saxonia, ed. H. C. Scheeben [Monumenta Historica Sancti Patris Nostri Dominici, Romae, 1935]).
Em segundo lugar, com um gesto intrépido, Domingos quis que os seus seguidores adquirissem uma formação teológica sólida e não hesitou em enviá-los às Universidades dessa época, embora não poucos eclesiásticos vissem com desconfiança estas instituições culturais. As Constituições da Ordem dos Pregadores atribuem muita importância ao estudo como preparação para o apostolado. Domingos queria que os seus Padres se dedicassem a isto sem poupar esforços, com diligência e piedade; um estudo fundado na alma de todo o saber teológico, ou seja, na Sagrada Escritura, e respeitador das interrogações formuladas pela razão. O desenvolvimento da cultura impõe àqueles que desempenham o ministério da Palavra, a vários níveis, que sejam bem preparados. Portanto exorto todos, pastores e leigos, a cultivar esta "dimensão cultural" da fé, a fim de que a beleza da verdade cristã possa ser melhor compreendida e a fé seja verdadeiramente alimentada, fortalecida e também defendida. Neste Ano sacerdotal, convido os seminaristas e os sacerdotes e estimar o valor espiritual do estudo. A qualidade do ministério sacerdotal depende também da generosidade com que se aplica ao estuo das verdades reveladas.
Domingos, que quis fundar uma Ordem religiosa de pregadores-teólogos, lembra-nos que a teologia tem uma dimensão espiritual e pastoral, que enriquece a alma e a vida. Os presbíteros, os consagrados e também todos os fiéis podem encontrar uma profunda "alegria interior" na contemplação da beleza da verdade que vem de Deus, verdade sempre actual e viva. O lema dos Padres Pregadores – contemplata aliis tradere – ajuda-nos a descobrir, além disso, um anseio pastoral no estudo contemplativo de tal verdade, pela exigência de comunicar aos outros o fruto da própria contemplação.
Quando Domingos faleceu, em 1221 em Bolonha, a cidade que o declarou padroeiro, a sua obra já tinha alcançado grande sucesso. A Ordem dos Pregadores, com o apoio da Santa Sé, difundiu-se em muitos países da Europa, em benefício da Igreja inteira. Domingos foi canonizado em 1234, e é ele mesmo que, com a sua santidade, nos indica dois meios indispensáveis a fim de que acção apostólica seja incisiva. Em primeiro lugar, a devoção mariana, que ele cultivou com ternura e deixou como herança preciosa aos seus filhos espirituais, que na história da Igreja tiveram o grande mérito de difundir a recitação do santo Rosário, tão querida ao povo cristão e tão rica de valores evangélicos, uma autêntica escola de fé e de piedade. Em segundo lugar Domingos, que assumiu o cuidado de alguns mosteiros femininos na França e em Roma, acreditou até ao fundo no valor da oração de intercessão pelo bom êxito do afã apostólico. Só no Paraíso compreenderemos quão eficazmente a oração das irmãs claustrais acompanham a obra apostólica! A cada uma delas dirijo o meu pensamento grato e carinhoso.
Estimados irmãos e irmãs, a vida de Domingos de Gusmão estimule todos nós a sermos fervorosos na oração, corajosos na vivência da fé e profundamente apaixonados por Jesus Cristo. Por sua intercessão, peçamos a Deus que enriqueça sempre a Igreja com autênticos pregadores do Evangelho.
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Saudação
Amados peregrinos de língua portuguesa, uma cordial saudação de boas-vindas para todos, com votos de que a vossa visita ao lugar da Confissão de Pedro seja rica de graças e luzes do Alto, que vos ajude a ser sempre autênticas e incansáveis testemunhas de Cristo. Em seu Nome, dou-vos a minha Bênção, extensiva aos vossos familiares e comunidades cristãs.

Os nove modos de rezar de São Domingos de Gusmão


As Nove Maneiras de Oração de São Domingos foi escrito por um autor anônimo, provavelmente em Bolonha, em algum momento entre 1260 e 1288. A fonte de sua informação foi a Irmã Cecília do Mosteiro de St. Agnes, em Bolonha (que tinha sido recebida pelo hábito de S. Domingos) e outros que tinham estado em contato com o Fundador Santo. Este documento atesta a venerável eminente santidade do Santo, mostrando algo de sua vida íntima e intenso amor de Deus. Os trabalhos iniciais da obra foram acompanhados por desenhos em miniatura para ilustrar as diferentes posturas que São Domingos teve quando estava em oração.


Santos doutores, como Agostinho, Ambrósio, Gregório, Hilário, Isidoro, João Crisóstomo, João Damasceno, Bernardo e outros autores muito piedosos, tanto gregos como latinos, trataram com grande amplitude da oração, a têm recomendado e descrito; têm dissertado acerca de sua necessidade, utilidade e modo de fazê-la, assim como da preparação e impedimentos para a mesma. Porém o glorioso e venerável doutor Tomás de Aquino e Alberto Magno, da Ordem dos Pregadores, ao longo de suas obras, do mesmo modo que Guilherme no tratado das virtudes, têm exposto com nobreza, santidade, devoção e elegância a maneira de orar na qual a alma se serve dos membros do corpo para lançar-se com maior devoção a Deus. Deste modo, a alma, uma vez que move o corpo é movida por ele, e assim em algumas ocasiões entra em êxtase, como ocorria com São Paulo, outras vezes em arroubamento, como acontecia com o profeta David. Deste modo rezava com freqüência Domingos e algo diremos aqui sobre o particular.
Também os santos do Antigo e do Novo Testamento rezavam desta maneira algumas vezes. Porque tal modo de orar excita alternativamente a devoção, da alma ao corpo, e do corpo à alma. Este modo de oração fazia prorromper em forte pranto a São Domingos e se acendia o fervor de sua boa vontade em tal grau que não conseguia ocultá-lo sem que transluzisse sua devoção através de uma certa expressão corporal. Sua alma em oração se elevava às vezes a formular petições, rogos e ações de graças.
Se aludirá a seguir de seus modos especiais de rezar. Não se faz menção detalhada daqueles outros que tinha, muito devotos e constantes, na celebração da missa e recitação do ofício divino, onde se percebia o momento como se elevava freqüentemente em espírito por cima de si e se mantinha no trato com Deus e os anjos durante a oração das horas canônicas, bem fora no coro ou de viagem.
Primeiro modo de orar
O primeiro modo de orar consista em humilhar-se ante o altar, como se Cristo representado nele, estivesse ali real e pessoalmente e não apenas simbolicamente. Comportava-se assim em conformidade ao seguinte texto do livro de Judite: “sempre te agradou a súplica dos mansos e humildes” (Jud. 9, 16). Pela humildade obteve a Cananéia quanto desejava (MT 15, 21-18) e o mesmo o filho pródigo (Lc 15, 11-32). Inspirava-se também nestas palavras: “Eu não sou digno que entreis em minha casa (MT 8,8); Senhor, ante ti tenho me humilhado sempre (Salmo 146, 61)”.
E assim, nosso Pai, mantendo o corpo ereto, inclinava a cabeça, olhando humildemente a Cristo o reverenciava com todo seu ser, considerando sua condição de servo e a excelência de Cristo. Ensinava a fazê-lo assim aos frades quando passavam diante do crucifixo, para que Cristo, humilhado por nós até o extremo, nos visse humilhados ante sua majestade. Mandava também soa frades que se humilhassem deste modo ante o mistério da Santíssima Trindade quando se cantasse o Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. Este modo de orar inclinando profundamente a cabeça, como se mostra na gravura, era o ponto de partida de suas devoções.

Segundo modo de orar
São Domingos rezava também, com freqüência, completamente prostrado, rosto em terra. Doía-se em seu interior e se apostrofava a si mesmo, e o fazia às vezes em tom tão alto que em algumas ocasiões o ouviam recitar aquele versículo do Evangelho: “Ó Deus! Tem compaixão deste pecador” (Lc 18, 13). Com piedade e reverência, recordava freqüentemente aquelas palavras de Davi: “Sou eu o que pecou e obrou iniquamente” (Salmo 50, 5). Chorava emitindo fortes gemidos; depois, exclamava: “Não sou digno de contemplar a grandeza do céu, por causa de minha iniqüidade, porque tenho provocado tua ira e tenho obrado mau ante teus olhos”. Do salmo, que começa “com nossos ouvidos”, oh Deus temos ouvido, recitava com vigor e devoção o versículo que diz: “Porque minha alma foi humilhada até o pó, e meu corpo pegado à terra (salmo 43, 26)”; e também: “Pegada ao solo está minha alma, conserva minha vida conforme tua palavra (Salmo 118, 25)”.
Em alguma ocasião, querendo ensinar aos frades com quanta reverência deviam orar, dizia-lhes: “Os piedosos Reis magos entraram na casa, viram o menino com Maria sua Mãe, e, caindo de joelhos, O adoraram (MT 2, 11)”. É, pois, certo que também nós encontramos o Homem-Deus com Maria, sua escrava; vinde, adoremos, prostremo-nos por terra, choremos ante o Senhor que nos criou (Salmo 94, 6). Exortava também aos jovens, dizendo: “Se não podeis chorar vossos pecados porque não os tens, há muitos pecadores necessitando de misericórdia e caridade. Por eles gemeram os profetas e os apóstolos. Contemplando-os Jesus, chorou amargamente, e o mesmo fazia o santo profeta David, dizendo: “Vindo aos renegados, sentia asco (Salmo 118, 158)”.

Terceiro modo de orar
Motivado São Domingos por tudo quanto procede, se elevava do solo e se disciplinava com uma cadeia de ferro, dizendo: “Tua disciplina me adestrou para o combate” (Salmo 17, 35)”. Esta é a razão pela qual a Ordem inteira estabeleceu que todos os frades, trazendo à memória o exemplo de São Domingos, se disciplinassem com varas sobre suas costas nuas, nos dias de descanso depois das completas. Venerando este exemplo, recitam o salmo que começa: “Misericórdia, Deus meu (Salmo 50)”, ou aquele outro: “Desde o mais profundo clamo a ti, Senhor (Salmo 129)”. A disciplina se toma para expiação das próprias culpas, ou pelas daqueles de cujas esmolas vivem. Em conseqüência, ninguém, por inocente que seja, deve se apartar desde santo exemplo. Tal modo de oração fica refletido na figura seguinte.

Quarto modo de orar
Depois disto, São Domingos, ante o altar da igreja o una sala capitular, voltava-se para o crucifixo, o olhar com suma atenção, e ajoelhava-se uma e outra vez; fazia muitas genuflexões. Às vezes, após a reza das completas e até á meia noite, ora levantava-se, ora ajoelhava-se, como fazia o apóstolo Santiago, ou o leproso do Evangelho que dizia, de joelhos: “Senhor, se quiserdes, podeis curar-me” (MT 8, 2), ou como Estevão que, ajoelhado, clamava com voz forte: “Não lhes tenha em conta este pecado” (Atos 7,60). O Pai São Domingos tinha uma grande confiança na misericórdia de Deus, tanto em seu favor quanto para o bem de todos os pecadores e em amparo dos frades jovens que enviava a pregar. Em ocasiões não podia conter sua voz e os frades o escutavam dizer: “A ti, Senhor, vos invoco, não sejas surdo à minha voz, não vos cale” (Salmo 27, 1); assim como outras palavras pelo estilo da Sagrada Escritura.
Em outras ocasiões falava para seu interior, sem que ouvisse em absoluto o que dizia, permanecendo absorto de joelhos, às vezes por longo tempo. Havia momentos nos quais parecia que neste modo de orar sua alma penetrava nos céus; logo era visto transbordante de gozo e enxugando-se as lágrimas. Levantava-se nele um grande desejo, como um sedento que se dirigia para a fonte ou peregrino que já estava perto da pátria. Crescia e se fortalecia em seu ânimo; ao levantar-se e ajoelhar-se o fazia com uma grande compostura e agilidade. Estava tão acostumando a ajoelhar-se que, em viagem, nas casas onde se hospedavam, depois do caminhar cansativo e nos caminhos, enquanto dormiam e descansavam os demais, ele voltava para as genuflexões coma arte própria sua e peculiar ministério. Ensinava aos frades à orar desta mesma maneira, mais com o exemplo do que com as palavras.

Quinto modo de orarAlgumas vezes o Pai São Domingos, estando no convento, permanecia em pé, erguido ante o altar, mantinha seu corpo direito sobre os pés, sem apoiar-se nem obter ajuda de coisa alguma. Às vezes tinha as mãos estendidas ante o peito, a modo de livro aberto, e assim se mantinha com muita reverência e devoção, como se lesse ante o Senhor. Na oração se lhe via meditar a palavra de Deus, e como se a relatasse docemente para si mesmo. Servia-lhe de exemplo aquele gesto do Senhor, que se lê no Evangelho segundo São Lucas, a saber: Que entrou Jesus segundo seu costume, quer dizer, no sábado, na sinagoga e levantou-se para fazer a leitura (Lc 4, 16). E também se disse no salmo: Finéias levantou-se, e orou, e a praga cessou (Salmo 105, 30).
Às vezes juntava as mãos à altura dos olhos, entrelaçando-as fortemente e dando uma com outra, como ungindo-se a si mesmo. Elevava também as mãos até os ombros, tal como faz o sacerdote quando celebra a missa, como se quisesse fixar o ouvido para perceber com mais atenção algo que se lhe diria desde o altar. Se tivesses visto, leitor, a devoção com que rezava em pé, te houvera parecido que contemplavas a um profeta que, com um anjo ou com Deus, ora falava, ora escutava, ora meditava em silêncio sobre o que lhe havia sido revelado. Se quando ia a caminho furtava logo às escondidas algum tempo para rezar, sua mente em contínua vigília, tendia no momento para o céu; logo o ouvirias pronunciar com grande doçura e delicadeza algumas palavras consoladoras, tomadas do cérebro e do mais substancial da Sagrada Escritura; parecia que as havia tirado das fontes do Salvador. Os frades se animavam muito com este exemplo, contemplando ao seu Pai e Mestre; se dispunham com maior devoção a orar, reverente e continuamente. Como estão os olhos da escrava fixos nas mãos de sua senhora, e como estão os olhos dos escravos fixos nas mãos de seus senhores (Salmo 122,2).

Sexto modo de orarÀs vezes se via também orar ao Pai São Domingos, com as mãos e braços abertos e muito estendidos, a semelhança da cruz, permanecendo direito na medida em que lhe era possível. Orou deste modo quando, por sua oração, Deus ressuscitou o menino chamado Napoleón ; orou na sacristia de São Sixto de Roma, e na igreja durante a celebração da missa, elevando-se do solo, como narrou a devota e santa Sóror Cecília, que se achava presente e o viu, da mesma forma que uma multidão de pessoas; como Elias, quando ressuscitou ao filho da viúva estendendo-se sobre o menino (1 Reis 17, 17-24). De modo semelhante orou quando, junto a Toulouse, livrou os peregrinos ingleses do perigo de afogar-se no rio. Deste modo orou o Senhor enquanto pendia da cruz, quer dizer, com as mãos e braços estendidos, e com grande clamor e lágrimas foi escutado por seu reverencial temor (Hb 5, 7).
Mas São Domingos não utilizava este de rezar senão quando, inspirado por Deus, sabia que ia-se operar algo grande e maravilhoso em virtude da oração. Nem proibia aos frades orar assim, nem se lhos aconselhava. Quando ressuscitou aquele menino rezando deste modo, em pé, com os braços e mãos estendidos em forma de cruz, não sabemos o que dizia. É possível que pronunciasse as mesmas palavras do profeta Elias: “Senhor, Deus meu! Que volte, vos rogo, a alma deste menino a entrar nele!” (1 Reis 17, 21). Os presentes observavam este modo de orar, porém os frades e freiras, os senhores e cardeais, e os demais que acompanhavam aquela maneira de orar desacostumada e admirável, não reconheceram as palavras que pronunciou. Depois não lhes foi permitido interrogar acerca de tudo isto ao santo e admirável Domingos, o qual neste ponto se mostrou com todos muito digno de respeito e reverência. Sem embargo, pronunciava com ponderação, gravidade e oportunamente as palavras do Saltério que fazem referência a este modo de orar, dizia atentamente: “Senhor, Deus de minha salvação, de dia vos peço auxílio, de noite grito em vossa presença”; recitava até aquele versículo: “Todo o dia vos estou invocando, Senhor, estendendo as mãos vazias!” (Salmos 87, 2-10). E também: “Escuta, Senhor, minha oração, presta atenção à minha súplica”, etc. até o versículo que diz: “Estendo minhas mãos para vós, etc.. escuta-me em seguida, Senhor”. (Salmos 142, 1-6). Por tudo isso poderá qualquer pessoa devota captar a oração deste Pai, e seu ensinamento ao rezar deste modo, quando queria ser transportado para Deus de modo admirável em virtude da oração, ou melhor, quando sentia desde o mais íntimo de seu ser que Deus o movia com especial força a uma graça singular; a pedi-la para si ou para outro, ilustrado pela doutrina da David, pelo fogo de Elias, pela caridade de Cristo e pela devoção de Deus, como aparece na figura.

Sétimo modo de orar
Sem embargo, era encontrado com freqüência orando, dirigido completamente para o céu, a modo de uma flecha apontando para cima, que se projeta diretamente ao alto por meio de um arco retesado. Orava com as mãos elevadas sobre sua cabeça, muito levantadas e unidas entre si, ou bem um pouco separadas, como para receber algo do céu. Acredita-se que então se aumentava a graça nele e era arrebatado em espírito. Pedia a Deus para a Ordem que havia fundado os dons do Espírito Santo e agradável deleite na prática das bem-aventuranças. Pedia para si e para os frades manterem-se devotos e alegres na maior e estrita pobreza, no pranto amargo, nas graves perseguições, na fome e nas grandes sedes de justiça, na ânsia de misericórdia, até ser proclamados bem-aventurados; pedia, de igual modo, manterem-se devotos e alegres na guarda dos mandamentos e em cumprimento dos conselhos evangélicos. Parecia que então o Pai São Domingos, arrebatado em espírito, entrava no lugar santo entre os santos, quer dizer, no terceiro céu. Daí que, após esta oração, tanto nas correções como nas dispensas, ou na pregação, comportava-se como um verdadeiro profeta.
Não permanecia por muito o Pai São Domingos neste modo de orar. Voltava para si mesmo como quem chegava de longe, ou como quem vinha peregrinando. Isto podia se observar facilmente em seu aspecto e no modo de se comportar. Sem embargo, quando rezava com claridade, os frades o ouviam pronunciar algumas vezes as palavras do profeta: “Escuta minha voz suplicante quando vos peço auxílio, quando levanto as mãos até vosso santuário” (Salmos 27, 2). E ensinava pela palavra e com seu exemplo santo aos frades a que orassem assim continuamente, dizendo aquela frase do salmo: “Agora bendizei ao Senhor os servos do Senhor”. E também: “Senhor, estou vos chamando, vem depressa, escuta minha voz quando vos chamo”, etc., até as seguintes palavras: “Durante a noite levantai vossas mãos para o santuário” (Salmos 133, 1-2). E também: “E o levantar de minhas mãos [como oferenda da tarde]” (Salmos 140, 1). Porém, para que se entenda melhor quando se tem dito, ilustra-se com a figura seguinte.

Oitavo modo de orarNosso Pai São Domingos tinha outro modo de orar, formoso, devoto e grato para ele, que praticava após a recitação das horas canônicas, e depois da ação de graças que se faz em comum pelos alimentos recebidos. O mesurado e piedoso Pai, impulsionado pela devoção que lhe havia transmitido a palavra de Deus cantada no coro ou no refeitório, ia-se logo ficar sozinho em algum lugar, na cela ou em outra parte, para ler ou rezar, permanecendo consigo e com Deus. Sentava-se tranqüilamente e, feito o sinal da cruz, abria ante si algum livro; lia e se enchia sua mente de doçura, como se escutasse ao Senhor que lhe falava, em conformidade com o que se diz no salmo: “Vou escutar o que diz o Senhor”, etc (Salmo 84, 9). E, como se detivesse com um acompanhante, aparecia, ora impaciente, a julgar por suas palavras e atitude, ora tranqüilo à escuta, se o via disputar e lutar, rir e chorar, fixar o olhar e baixá-lo, e de novo falar sob golpes dados no peito.
Se algum curioso quisesse observá-lo escondido, o Pai São Domingos se lhe haveria parecido a Moisés, que penetrou no deserto, chegou ao monte de Deus Horeb, contemplou a sarça ardente e rezou com o Senhor e se humilhou a si mesmo (Gen 3, 1-6). Este monte de Deus não é como uma imagem profética de piedoso costume que tinha nosso Pai, de passar facilmente da leitura á oração, da oração á meditação, e da meditação á contemplação?
Ao longo deste leitura feita em solidão, venerava o livro, inclinava-se para ele, e também o beijava, em especial se era o códice do Evangelho, ou se lia palavras que Cristo havia pronunciado com sua boca. Às vezes ocultava o rosto enrolando-se com a capa, ou escondia a face entre as mãos, velando-se um pouco com a capucha; chorava cheio de vergonha e de dor, e também, como se agradecesse a um alto personagem os benefícios recebidos, levantava-se um pouco com toda reverência e inclinava sua cabeça; plenamente refeito e tranqüilo, lia novamente o livro.

Nono modo de orarObservava este modo de orar ao se transportar de uma região a outra, especialmente quando encontrava-se em lugares solitários; passava o tempo meditando, quer dizer, em contemplação. Dizia às vezes a seu companheiro de caminho: “Está escrito no livro de Oséas: A levarei ao deserto e lhe falarei ao coração” (Os 2, 14). Em ocasiões apartava-se de seu companheiro e adiantava-se, ou então, com mais freqüência, o seguia de longe; assim caminhava só e rezava; acendia-se na meditação, ou dito de outro modo, abrasava-se no fogo. Chegava neste modo de oração a fazer gestos como para afastar de seu rosto fagulhas ou moscas; por isto protegia-se freqüentemente com o sinal da cruz. Pensavam os frades que neste modo de orar havia alcançado o Santo a plenitude de conhecimento da Sagrada Escritura, a inteligência do mais sublime da palavra de Deus, um poder audaz de pregar fervorosamente, e uma secreta familiaridade com o Espírito Santo para conhecer as coisas ocultas.
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Extraído e traduzido da página oficial da Ordem dos Pregadores:
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sábado, 7 de agosto de 2010

FESTA DELLA MADONNA DELLA NEVE OU SANTA MARIA MAGGIORE

No último dia 5 de agosto ocorreu uma das festas mais concorridas e mais tradicional na Igreja, pois data de mais de 15 séculos. No Brasil, a devoção de Nossa Senhora das Neves espalhou-se tanto no tempo da colonização que até hoje há vestígios de antigas igrejas em sua invocação, como uma existente no município de Jacobina, na Bahia, obra dos antigos exploradores de ouro da região. Transcrevemos abaixo o relato extraído das Paulinas:
A invocação de Nossa Senhora das Neves é uma das mais antigas da Igreja. Conta a tradição que vivia em Roma um fidalgo riquíssimo, sem filhos, chamado João. O casal já não sabia mais como gastar toda sua fortuna. Por isso, decidiram construir templos para a Igreja. Mas não sabiam quais escolher.
Na noite de 04 para 05 de agosto de 352, João sonhou que a Virgem Maria lhe pedia para construir uma igreja no local que estivesse coberto de neve ao amanhecer. Ele acordou, contou à esposa e ambos começaram a se questionar como seria possível nevar em pleno verão, em Roma. Nessa mesma noite a Mãe de Deus também apareceu em sonho ao Papa Libério e lhe disse que no raiar do dia a neve estaria cobrindo o monte Esquilino, e alí ele deveria erguer uma igreja em sua honra.
Pela manhã a notícia do monte coberto pela neve, apesar do verão, espalhou-se pela cidade. O Papa e João, por caminhos diferentes subiram a colina, seguidos pela multidão. No cume do Esquilino os dois se encontraram, conversaram e entenderam que estavam alí pelo mesmo motivo. O Papa então demarcou a área para a construção da igreja e João financiou todo o projeto da igreja, que passou a se chamar de Santa Maria das Neves.
Na Antiguidade as colinas do Esquilino eram o depósito de lixo da cidade. Com o tempo o lugar se tornou um cemitério de escravos. Porém na época do Império Romano as colinas eram as preferidas pelos nobres para a construção de suas ricas vilas. Mesmo assim o povo não gostava do local. A construção da igreja deu nova vida à região.
Em 431, o Concílio de Éfeso foi encerrado com a proclamação da "maternidade divina da Virgem Maria".
O Papa Xisto III para comemorar essa verdade de fé quis construir uma grande igreja, bem "maior" que as outras. Decidiu que o local seria o mesmo indicado pela Mãe de Deus, ao então Papa Libério. Por isso, a velha igreja deu lugar ao monumento que é a basílica de Santa Maria Maior, adjetivo que dá conta da sua magnitude. A basílica guarda os primeiros e mais ricos mosaicos com a imagem de Nossa Senhora. De fato, é um dos maiores e mais belo santuário mariano de toda a cristandade.
Porém, a antiga tradição propagou a invocação de Nossa Senhora das Neves celebrada em muitos lugares no dia 05 de agosto. Essa devoção também chegou ao Brasil, onde o culto é vigoroso especialmente na Bahia, em Pernambuco, no Espírito Santo e no Rio de Janeiro. Nossa Senhora das Neves é a Padroeira de João Pessoa, capital da Paraíba e de todos os alpinistas.

A Igreja de Santa Maria Maggiore - antiga Nossa Senhora das Neves





Festa de Santa Maria das Neves ou Santa Maria Maggiore

Últimas notícias sobre estrelas, asteroides e auroras boreais

Não só de catástrofes naturais vivemos nos últimos tempos: começam a se tornar freqüentes as notícias sobre o mundo sideral e suas influências sobre a terra. No último dia 3 de agosto a Nasa avisou aos exploradores cósmicos para ficarem atentos para a noite de terça para quarta-feira passadas, já que devido a uma erupção solar causada no domingo anterior seria possível ocorrer uma espetacular aurora boreal.
O laboratório solar da Nasa, chamado Solar Dinamics Observatory (SDO) detectou uma explosão no sol que fez voar toneladas de plasma (átomos ionizados) no espaço, o qual, ao se chocar com os polos norte e sul da magnetosfera terrestre, produzirá uma luz difusa e a eclosão do fenômeno conhecido como aurora boreal.
Segundo os cientistas as auroras boreais são mais vistas nas altas altitudes, havendo casos raríssimos em que se vejam tais fenômenos em latitudes mais baixas.
O fenômeno foi observado e fotogrado na Noruega e nos Estados Unidos. Abaixo, dois vídeos sobre auroras boreais ocorridas em épocas anteriores.





Mas tamhém estão ocorrendo outras notícias do mundo cósmico. Vejam esta abaixo: um asteroide, recentemente, passou bem próximo da terra. Não trata-se de algo de pouca gravidade, pois, por causa do tamanho do mesmo, poderia causar grandes catástrofes em nosso planeta.

Num plano bem mais alto (ou bem mais distante de nossas naves espaciais) foi localizada uma estrela 320 vezes maior do que o sol. A propósito, lembrei-me agora de uma informação importante para quem fala das distâncias de tais estrelas: se tal ou qual astro (seja estrela ou não) está a tantos mil anos-luz da terra, e como cada ano-luz se mede pelo "caminho" que a luz de tal astro percorre para chegar até nós, como é que temos certeza se referido corpo celeste está no mesmo lugar ou até mesmo ainda existe se observamos apenas sua luz que está vindo em nossa direção? Questão difícil, pelo menos para nós, leigos no assunto, mas que muita gente cética em tudo o que diz respeito a Deus e religião, mas crédulo em toda e qualquer ciência, responderia simplesmente que "a ciência tem resposta pra tudo..."

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Omnis enim orbis terrarum limpido illuminabatur lumine

Todo o resto do mundo estava iluminado com uma luz clara (Sab 17, 19), assim reza a tradução do texto acima, tirado do livro da Sabedoria, e parecia prenunciar o brilho da luz com que o Papado iria irradiar sobre todos os povos. De modo especial em nosso século tão conturbado, tão ateu, tão cético e materialista, época em que as densas trevas do erro procuram em vão suplantar e apagar a Luz do Vigário de Cristo na terra, é exatamente agora que parece brilhar mais ainda o esplendor dessa luz que Nosso Senhor Jesus Cristo nos legou para guiar todos os povos até o fim dos tempos. Como exemplo, basta nos determos sobre uma cerimônia comum nos dias atuais, como a saudação papal após a oração do Angelus, como esta que abaixo reproduzimos:

Angelus de 1 de agosto de 2010






Queridos irmãos e irmãs,

nos dias de hoje se comemora a festa de alguns Santos. Ontem nós mencionamos Santo Inácio de Loyola, fundador da Companhia de Jesus que viveu no século XVI, foi convertido pela leitura da vida de Jesus e de santos durante uma internação prolongada causada por um ferimento sofrido em combate. Ficou tão impressionado com as páginas que ele decidiu seguir o Senhor. Hoje nos lembramos de Santo Afonso Maria de Ligório, fundador dos Redentoristas, que viveu no século XVIII e proclamado santo patrono dos confessores pelo Venerável Papa Pio XII. Ele tinha o conhecimento do que Deus quer de todos os santos, cada um em seu próprio estado, é claro. Esta semana, a liturgia nos oferece, então, Santo Eusébio, o primeiro bispo de Piemonte, um defensor da divindade de Cristo e, finalmente, a figura de São João Maria Vianney, o Cura d'Ars, que conduziu com sua vida como o Ano do Sacerdote findo, e cuja intercessão vem novamente engrandecer todos os pastores da Igreja; compromisso comum a esses santos era salvar almas e servir a Igreja com seus dons, ajudando a renová-la e enriquecê-la. Esses homens têm comprado um "coração sábio" (Sl 89,12), acumulando o que não é desesperadamente corrupto e descartando o que está mudando ao longo do tempo: o poder, riqueza e prazeres efêmeros. A escolha de Deus possuía todo o necessário, antecipando desde a eternidade da vida terrena (cf. Eccles, 1-5).

No Evangelho de domingo, os ensinamentos do Jesus diz respeito à verdadeira sabedoria e apresenta o seu pedido para uma multidão: «Mestre," para o meu irmão repartir comigo a herança "(Lc 12:13). Jesus respondeu, e adverte os ouvintes com desejo de bens terrenos, com a parábola do rico insensato, que, tendo acumulado uma rica colheita em si, deixa de funcionar, ele usa seus ativos e se ilude divertido pensando ser capaz de afastar a morte . "Mas Deus lhe disse:" Insensato, esta noite você será solicitado para sua vida. E o que você tiver preparado, quem será? "(Lc 13:20). O homem insensato na Bíblia é aquele que não quer perceber, a partir da experiência das coisas visíveis, que nada dura para sempre, mas tudo passa: a juventude como a força física, o conforto como o papel do poder. Depender a sua vida à realidade tão fugaz, então, é bobagem. O homem que confia no Senhor, no entanto, não teme as adversidades da vida, mesmo a realidade inevitável da morte é o homem que comprou um "coração sábio", como os Santos.

Ao abordar a nossa oração a Maria, eu me lembro de outros importantes aniversários: amanhã pode ganhar uma indulgência de Porciúncula ou "Perdão de Assis, que São Francisco obteve em 1216 pelo Papa Honório III, quinta-feira, 5 de agosto comemora a dedicação da Basílica de São Maria Maggiore, em honra da Mãe de Deus com este título aclamado no Conselho de Éfeso, em 431, e na próxima sexta, dia do aniversário da morte do Papa Paulo VI para celebrar a Festa da Transfiguração do Senhor. A data de 06 de agosto, tendo em conta a altura da luz de verão, foi escolhido para significar que o esplendor da luz de Cristo, enfrentar o mundo.

Angelus Domini ... (seguem as orações latinas do Angelus, respondidas pela grande massa de católicos presentes).


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Palavras de Bento XVI depois do Angelus:

Gostaria de manifestar a minha profunda satisfação da entrada em vigor, a partir dehoje, da Convenção sobre a proibição das munições cluster que causam danos inaceitáveis aos civis. Meus primeiros pensamentos vão para as muitas vítimas que sofreram e continuam a sofrer sérios danos físicos e morais, a perda de vida por causa dessas armas insidiosas, cuja presença no terreno, muitas vezes dificulta a retomada ao longo das atividades diárias de todo da comunidade. Com a entrada em vigor da nova convenção, cuja composição seria instar todos os Estados, a comunidade internacional tem demonstrado sabedoria, visão e capacidade de exercer uma importante conquista no campo do desarmamento e direito humanitário internacional. Minha esperança e encorajamento é que continuemos com força cada vez maior nesta estrada, defendendo a dignidade e a vida humanas, para a promoção do desenvolvimento humano integral, o estabelecimento de uma ordem internacional pacífica e à realização do bem comum de todas as pessoas e povos.

(tradução do francês)

Saúdo os peregrinos de língua francesa. A liturgia deste dia, questionado sobre o significado mais profundo de nossa busca de ter, poder e conhecimento. Tomada e entendida como um fim em si, a riqueza continua a ser os meios necessários para uma vida justa e digna. Pela intercessão da Virgem Maria e Santo Afonso de Ligório, que possamos usar nossos ativos, participando positivamente nos trabalhos da criação de Deus e em total solidariedade para com cada ser humano, especialmente um que está na necessidade. Bom domingo a todos!


(tradução do inglês)

Estou muito feliz por saudar todos os peregrinos presentes de língua Inglês, especialmente aqueles de vocês que vieram de Canadá e Austrália. No Evangelho da Missa de hoje, Nosso Senhor nos ensina a ajuntar tesouros para nós mesmos, e não na terra, mas no céu. Pela graça de Deus, então, vamos procurar crescer na fé e boas obras. Nesse sentido, de bom grado invoco sobre todos vós as abundantes bênçãos de Deus!


(tradução do alemão)!

Obrigado eu tenho uma apalavra de saudação a todos os fiéis alemães, especialmente hoje, quando os peregrinos de Eschweiler Aachen. nos dá oportunidade das férias para deixar a pista e batido encontrar um bom lugar para descansar e relaxar. Nós tomamos nossa distância para dentro maus hábitos de raiva e maldade de maledicência, o "homem velho com os seus feitos", como agora também fora se ouviu na laitura de Colossenses. Nós tomamos o feriado como uma oportunidade de voltar em pessoa para a paz e nenhuma imagem de nós para melhor atender o Criador. Espírito de Deus em você, acompanhar todas as maneiras!

(espanhol)

Cordial saludo a los de lengua española Peregrinos Que han participado en el Rezo a oração do Ângelus. A liturgia convida moderado de hoy Nós Por nuestro Afan los materiales bienes, Que nenhum filho todo en la Vida, compartirlos administrarlos sabiendo bien y manera de bienes y más altos duraderos produzcan que. Pidamos Que enseñanza María nsa gozo de seguir Jesus com um sencillo corazón. Domingo Feliz.


Queridos peregrinos de língua portuguesa: saúdo cordialmente a todos vós, de modo especial aos brasileiros de Piraquara. Que Deus manifeste sobre todos vós a Sua inesgotável bondade para que sejais renovados nos vossos bons propósitos de vida cristã. Que Deus vos abençoe!

(tradução do polonês)

Bem-vindo poloneses. A vida nos ensina que tudo isso no mundo está passando. Lendo ou lembrando que a liturgia de hoje da Missa ressalta que a vida humana não é dependente. Jégo OU Mien que não houve ordem ou saber temporal, mas pela medida da eternidade. Uma necessidade de abrir o coração diante de Deus. Eu vos abençôo de coração.

(Saudações finais)

[Eu dou a minha cordial saudação para todos os pólos. A vida diária nos ensina que tudo passa neste mundo. Somos lembrados da Liturgia da Palavra da Missa de hoje. Mostra-nos que a vida humana não depende de sua propriedade e bens materiais não se destinam, mas metade do caminho para a eternidade. Então vamos abrir os nossos corações às necessidades dos outros, tornando-se rico diante de Deus abençoar o seu coração.]

Uma cordial saudação vai, finalmente, aos peregrinos italianos, especialmente das Irmãs da Imaculada, que estão celebrando nestes dias o seu Capítulo Geral, os fiéis de Moncalieri e Nicandro St. Garganico. Obrigado por sua presença. Tudo bom domingo!